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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Marcos será homenageado em filme após aposentadoria no Palmeiras

História do goleiro vai virar documentário e fazer parte de uma trilogia alviverde. Grande nome será filme sobre o centenário, em 2014

Marcos no treino do Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli / GLOBOESPORTE.COM)Marcos será tema de documentário: ídolo máximo
(Foto: Marcos Ribolli / GLOBOESPORTE.COM)
O goleiro Marcos será personagem principal de um filme a ser lançado depois de sua aposentadoria, programada para o fim do ano, mas ainda não confirmada. Em parceria com a produtora Canal Azul, o departamento de marketing do Palmeiras acertou as bases para a produção, que terá direção do cineasta Ricardo Aidar e co-direção do jornalista Mauro Beting.
O documentário pretende contar toda a carreira do ídolo, desde a chegada a São Paulo, vindo da pequena Oriente, no interior paulista, até o dia da aposentadoria. Fará parte de uma série, que inclui um filme sobre a quebra do jejum de títulos em 1993 (12 de junho de 1993), um retratando a conquista da Taça Libertadores de 1999 e, para fechar, um especial sobre o centenário do clube – a ser lançado em 2014.
- Foi uma ideia acertada em parceria com o Palmeiras, mas tudo ainda está bem cru. Ainda vamos determinar o roteiro e depois começar as gravações, mas depende também da decisão do Marcos (sobre aposentadoria) – afirmou Leandro Augusto, coordenador de web da Canal Azul.
A ideia do filme de Marcos surgiu em conjunto entre Ricardo Aidar e Mauro Beting, que conseguiram rápida aceitação dentro do Palmeiras. Além do filme, Marcos tem outros planos fora de campo: na segunda-feira, o ídolo inaugura um centro de reabilitação para atletas lesionados.
O filme “12 de junho de 1993” é o primeiro a sair do papel, e já está em fase de produção. No site oficial do Palmeiras há um espaço para torcedores enviarem histórias e curiosidades sobre o dia, em que o Verdão fez 4 a 0 no Corinthians e conquistou o Campeonato Paulista, quebrando um jejum de quase 17 anos sem levantar taças.

Em semana ‘sabática’, Valdivia se torna fonte de esperança no Verdão

Enquanto elenco e Felipão seguem em silêncio, Mago fala, brinca e dá últimos passos para voltar. Time carece de criação no meio-campo

Valdivia no treino do Palmeiras (Foto: Piervi Fonseca/Agência Estado)Valdivia trabalha para enfrentar o América-MG
(Foto: Piervi Fonseca/Agência Estado)
Nem enquanto esteve machucado o meia Valdivia fugiu de polêmicas. Mas o certo é que agora, recuperado de uma lesão muscular na coxa direita, o Mago aparece como única boa notícia em um cotidiano recheado de incertezas no Palmeiras. Trabalhando para voltar ao time no duelo contra o América-MG, sábado, no Canindé, o meia é o fio de esperança para o Verdão tentar engrenar novamente no Campeonato Brasileiro e buscar uma vaga na Taça Libertadores do ano que vem.

Com oito jogos e só um gol no Brasileirão, Valdivia fez falta mais pelo seu potencial do que pelo que efetivamente fez desde que voltou ao clube, na metade de 2010. Cada retorno é tratado como definitivo, na expectativa de o jogador se livrar de vez da sequência de lesões. Só neste ano foram três mais graves, duas na coxa esquerda e a atual na coxa direita. Para não forçar demais a região recém-lesionada, o Mago até “regrediu” seu tratamento na quarta-feira. Depois de ter treinado com bola na terça, passou o dia fazendo fisioterapia e trabalhos físicos na academia.

O Mago se envolveu em polêmicas, sim – a quase transferência para o Al-Sadd, do Qatar, recusada pelo presidente Arnaldo Tirone, e o atraso para uma reunião entre Tirone e os jogadores no CT, há pouco mais de uma semana (o deslize lhe custou R$ 2 mil). Por outro lado, está totalmente alheio às trocas de farpas entre jogadores e o técnico Luiz Felipe Scolari, principalmente depois do empate por 1 a 1 com o Atlético-GO, em Goiânia, quando o Verdão cedeu a igualdade com dois jogadores a mais em campo.

Como o Valdivia é de extrema qualidade, mesmo sem ritmo faz algo bom"
Felipão
Na semana do silêncio do Palmeiras, por exemplo, Valdivia foi o único jogador a se pronunciar, ainda que de forma jocosa – na terça-feira, sem saber que Felipão havia proibido as entrevistas dos atletas até sábado. O meia está animado e sorridente, mostrando mais confiança do que nos outros retornos de lesões. Talvez por saber que esta pode ser uma de suas últimas chances no clube: a diretoria já perdeu a paciência, enquanto o técnico espera animado pelo reforço.

- O Valdivia vai começar a treinar com bola, mas é uma incógnita. Tomara que não tenha mais problemas de lesão, mas não posso garantir que ele tenha totais condições de jogar. Geralmente, o jogador volta sem ritmo para aguentar a partida toda. Mas como o Valdivia é de extrema qualidade, mesmo sem ritmo faz algo bom – afirmou Felipão, após o empate em Goiânia.

Diretoria e treinador concordam em um ponto: ninguém no elenco foi capaz de substituir Valdivia à altura. Felipão testou Patrik e Tinga na função de meia centralizado, sem sucesso. O recém-chegado Pedro Carmona jogou poucos minutos contra o Atlético-GO e ainda não teve tempo suficiente para mostrar serviço. Até pela falta de opções, Arnaldo Tirone desistiu de negociar o jogador com o futebol do Oriente Médio. A proposta era tentadora e renderia 5,25 milhões de euros (R$ 12,9 milhões) aos cofres palmeirenses, dinheiro que ajudaria a pagar dívidas referentes ao próprio jogador, como a carta de crédito cedida pelo Banco Banif para sua contratação do Al-Ain, em agosto de 2010.

Valdivia, porém, deve dar apenas uma prévia de sua condição no sábado. Convocado para a seleção chilena que disputa jogos das Eliminatórias contra Argentina e Peru, o meia vai desfalcar o Palmeiras contra Santos e Flamengo, para revolta da comissão técnica, contrária ao chamado. Da última vez em que saiu para o Chile, voltou machucado. Desta vez, o Palmeiras espera que o desfecho seja bem diferente.

Palmeiras é multado pelo STJD por causa de laser na torcida

Clube, que corria o risco de perder até dez mandos de campo, recebeu apenas uma multa de R$ 3 mil pelos incidentes no jogo contra o Inter

Elton, do Inter, é perseguido por Gabriel Silva, do Palmeiras (Foto: Idário Café/VIPCOMM)Laser da torcida contra o Inter custou ao Verdão
punição de R$ 3 mil (Foto: Idário Café/VIPCOMM)
Depois de o empate com o Atlético-GO, no último domingo, causar mais uma crise no Palmeiras, finalmente uma boa notícia para a torcida do Verdão. O clube foi julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva na tarde desta terça-feira e apenas multado em R$ 3 mil por incidentes causados pelos seus torcedores na partida contra o Internacional, no dia 11 de setembro, no Pacaembu.
Na ocasião, o árbitro Alício Pena Júnior relatou na súmula da partida que a torcida alviverde teria direcionado ao gramado um laser na segunda etapa do duelo, que terminou com a vitória colorada por 3 a 0.
A denúncia do árbitro fez com que o Palmeiras respondesse no STJD no artigo 213 do Código Brasileiro de justiça Desportiva , por deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto.
A pena variava de multa entre R$ 100 e R$ 100 mil, e a possibilidade de perder até dez mandos de campo. Neste sábado, o Palmeiras enfrenta o América-MG, às 18h (horário de Brasília), no Canindé.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Após empate em Goiânia, Kleber é liberado e volta antes para São Paulo

Jogador alega compromissos pessoais e retorna logo após empate com Atlético-GO. Pedido foi feito ainda na noite de sábado, antes de ‘vexame’

kleber atlético-go x palmeiras (Foto: Agência Estado)Kleber volta mais cedo, alegando compromissos
pessoais em São Paulo (Foto: Agência Estado)
O atacante Kleber foi liberado da delegação do Palmeiras e voltou mais cedo para São Paulo após o empate por 1 a 1 com o Atlético-GO, neste domingo, em Goiânia. O Gladiador alegou compromissos pessoais na manhã de segunda-feira, na capital paulista, e solicitou a liberação à comissão técnica ainda na noite de sábado, na concentração. A diretoria do clube diz que, por volta das 23h, conseguiu uma nova reserva de passagem para Kleber – paga pelo próprio.
Por isso, o pedido não tem relação com o conturbado empate deste domingo. O Palmeiras vencia por 1 a 0 e tinha dois jogadores a mais em campo, mas o time sofreu o empate mesmo assim. Na saída do gramado, Kleber criticou o esquema de jogo e afirmou que hoje o time depende demais da bola parada.
Além de Kleber, outros dois jogadores não voltam a São Paulo com o elenco: os atacantes Maikon Leite e Ricardo Bueno vão aproveitar a folga em Goiânia, com familiares, e retornam na manhã de terça-feira. A reapresentação está marcada para as 15h30m da terça.

Empate em Goiânia revolta Felipão: 'Foi a maior vergonha da minha vida'

Técnico do Palmeiras reage ao 1 a 1 com o Atlético-GO, com dois a mais, neste domingo. Jogadores são alvos, e permanência no cargo é nebulosa

Luiz Felipe Scolari tem uma carreira de quase 30 anos como técnico, com conquistas regionais, nacionais, culminando no pentacampeonato mundial com a Seleção Brasileira em 2002. Neste domingo, porém, não houve glória. O empate por 1 a 1 com o Atlético-GO, neste domingo, no Serra Dourada, foi um marco negativo na carreira de Felipão – como se estivesse desistindo do Palmeiras. A igualdade, mesmo jogando com dois atletas a mais em boa parte do segundo tempo, deixou o técnico amargurado. Melancólico, falou em vergonha e alfinetou seus jogadores.
- Não tenho mais nem o pau da barraca para chutar. Já perdi de 6 a 0, já perdi campeonatos no último jogo, mas 11 contra nove? Acho que foi a maior vergonha da minha vida. Eu sinto essa vergonha, mas não sei se meus jogadores sentem isso – disparou Felipão.
O desempenho do time irritou demais, a ponto de o técnico ironizar e culpar a si próprio pela má fase da equipe. Com dois jogadores a mais, Felipão lançou nomes como Pedro Carmona e Maikon Leite, quase que exigidos pela torcida. Ninguém resolveu, e o Verdão segue em sua sina de empates – são 12 no Brasileirão, o time com mais igualdades.
- Acho que falta é um bom técnico, trabalho toda semana e não é só com bola parada. Então não adianta falar, faltou muita coisa para nós. Acho que está faltando uma química qualquer para melhorar o time. Hoje foi um vexame, e se tiver palavra pior do que isso, vai servir. Se amanhã nossa torcida ouvir gozações, vai ter de engolir seco, e bem sequinho. Porque hoje foi um vexame total, essa é a realidade – atestou o comandante.
luiz felipe scolari atlético-go x palmeiras (Foto: Agência Estado)Felipão está resignado: ele não garante futuro longo no comando do Palmeiras (Foto: Agência Estado)
Visivelmente cansado, o técnico enfrenta seu momento mais difícil no comando do Palmeiras. Com apenas duas vitórias nos últimos 13 jogos, o time deixou de ser candidato a título e vaga na Libertadores para virar mero coadjuvante no Campeonato Brasileiro. Com contrato até o fim de 2012, Luiz Felipe Scolari já abriu mão de multa rescisória para o caso de demissão. Perguntado sobre até quando aguentaria o cargo, ele desconversou.
- Aguento até amanhã (segunda-feira), quando eu voltar para São Paulo. Depois vou ver o que vai acontecer. Não penso nada. Quando resolver algo, aviso a vocês – disse.
A delegação desembarca em São Paulo na manhã desta segunda-feira, e terá semana livre até sábado, quando o Verdão enfrenta o América-MG no Canindé. O temor é por manifestações de torcedores.

sábado, 24 de setembro de 2011

Felipão mostra alívio e valoriza vitória em ‘jogo feio’ no Canindé

Técnico comemora 1 a 0 sobre o Ceará mesmo sem bom futebol, mas ainda não pensa em Libertadores. Concentração é novamente antecipada

A vitória do Palmeiras por 1 a 0 sobre o Ceará, nesta quinta-feira, no Canindé, não foi das mais bonitas de se ver. Mesmo assim, devolveu a paz ao clube depois de cinco jogos de tropeços e ainda recolocou o time na briga por vaga na Taça Libertadores do ano que vem. O resultado é o mais importante para o Verdão neste momento, fato reconhecido pelo técnico Luiz Felipe Scolari. Em outros jogos do Campeonato Brasileiro, a equipe até jogou melhor do que nesta quinta, mas não obteve as vitórias.
- Valem os três pontos, principalmente. Em determinados dias, valem mais os três pontos do que a apresentação. Em outros jogos que empatamos, jogamos dez vezes melhor do que hoje. Foi um jogo feio de ambas as partes, mas conseguimos os três pontos que nos ajudam bastante - comemorou Felipão.
Com 38 pontos, o Verdão está na sétima posição, com o mesmo número do Flamengo e a dois do Fluminense, time que abre a zona de classificação para a Taça Libertadores. A proximidade não ilude Felipão, que prefere manter os pés no chão.
- Brigamos só pelos próximos três pontos, não adianta pensar em Libertadores e título se temos 212 times na nossa frente. À medida em que formos avançando, aí veremos onde podemos chegar. Nesse momento só posso pensar em somar os três pontos, ficar naquele bolo e ver se temos alguma chance no futuro. Ainda não dá para projetar nada - avisou o técnico.
Luiz Felipe Scolari felipão palmeiras x ceará (Foto: Agência Estado)Felipão orienta o Palmeiras na vitória sobre o Ceará, nesta quinta-feira, no Canindé (Foto: Agência Estado)

- Se tivéssemos dois resultados a mais, teríamos 42 pontos e estaríamos nesse bolo. Infelizmente perdemos pontos bobos contra Atlético-PR, Cruzeiro, Bahia... Pontos que nos distanciaram e nos fizeram correr atrás. Se ganharmos duas ou três seguidas, aí dá para pensar em alguma coisa a mais - emendou.
Mesmo sem colocar o Palmeiras na briga pela competição internacional, Felipão mostra concentração total para o jogo contra o Atlético-GO, domingo, às 18h ( horário de Brasília), no Serra Dourada. Por isso, o técnico resolveu antecipar a concentração dos jogadores pelo segundo jogo seguido. O elenco viaja para Goiânia na noite de sexta-feira, logo depois do treino regenerativo na Academia de Futebol.

De bem com a torcida, Luan festeja presente de aniversário

Atacante, que completou 23 anos na última quarta-feira, teve seu nome gritado pelos torcedores ao fim da partida

Uma das principais armas ofensivas do Palmeiras no jogo contra o Ceará, nesta quinta-feira, o atacante Luan teve uma noite quase perfeita no Canindé. Depois de completar 23 anos de vida na última quarta-feira e se livrar da tradicional ovada dos companheiros na Academia de Futebol, o jogador teve ao menos duas oportunidades para marcar e participou diretamente do lance do gol do Palmeiras.
- Era o que eu queria (o gol). Infelizmente o árbitro não deu gol para mim, mas a vitória está de bom tamanho. Foi um presente maravilhoso - disse o jogador.
Apesar da torcida de Luan, o árbitro Wagner do Nascimento Magalhães acabou assinalando gol contra de Thiago Matias no lance que deu a vitória ao Verdão.
Muito questionado por parte da torcida do Palmeiras na temporada, a boa atuação contra o Ceará pode ter selado a paz entre o atacante e os torcedores. Na saída do gramado, Luan foi ovacionado pelos palmeirenses, que pediram a convocação do jogador para a Seleção Brasileira.
- Ão, ão, ão, Luan é Seleção!
Luan comemora gol do Palmeiras sobre o Ceará (Foto: Piervi FonsecaAgência Estado)   Luan comemora o gol da vitória do Verdão sobre o Ceará, no Canindé (Foto: Piervi FonsecaAgência Estado)

Kleber vibra com vitória e avisa: ‘Ainda temos grandes chances’

Atacante acredita na recuperação do Palmeiras e pede apoio da torcida nesta reta final do Campeonato Brasileiro

Finalmente o Palmeiras conseguiu sua primeira vitória no segundo turno do Campeonato Brasileiro. Cientes da dificuldades que o time passou nas últimas semanas, os jogadores do Verdão comemoraram bastante o triunfo contra o Ceará, na noite desta quinta-feira.
Para o atacante Kleber, os três pontos conquistados no Canindé recolocaram o Verdão na briga por uma das vagas para a Libertadores e também pelo título nacional.
- Nós temos 38 pontos, estamos sete atrás do vice-líder e dois pontos da Libertadores. Nosso torcedor tem de entender e nos apoiar. O Palmeiras tem grandes chances ainda - disse o Gladiador ainda no gramado.
Nas últimas onze rodadas do Brasileirão, o Palmeiras havia conquistado apenas uma vitória a partida de hoje. Após bater o Ceará, Kleber brincou com a fase da equipe.
- Vai ser sofrido todos os jogos. Quando a fase não é boa até o gol é contra. O momento está tão ruim que se é outro time no lance do Maikon Leite a bola entra. A equipe jogou bem, como já vinha jogando, só que hoje conseguiu vencer - disse o camisa 30.
kleber palmeiras x ceará (Foto: Agência Estado)Kleber afirma que o Palmeiras ainda pode brigar pelo título brasileiro  (Foto: Agência Estado)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Realista, Felipão diz que Verdão tem condição de brigar pela Libertadores

Para treinador, é preciso corrigir os erros para sonhar com crescimento no segundo turno. Time voltará a campo na quinta, contra o Ceará, no Canindé

Apesar de os jogadores do Palmeiras terem mostrado desânimo após o empate por 1 a 1 com o Avaí, o técnico Luiz Felipe Scolari mantém o otimismo e deixa claro: se acabar com os deslizes cometidos em algumas partidas, o time vai brigar até o fim do campeonato por uma das vagas na Taça Libertadores da América. (Reveja no vídeo ao lado os melhores momentos do empate na partida realizada em Florianópolis)
- Estamos no bolo. Hoje, estamos três ou quatro pontos atrás do grupo da Libertadores. É uma ou outra situação que tem nos atrapalhado. Vamos continuar trabalhando para corrigir os erros, e acredito que vamos brigar com os adversários até o final – ressaltou o treinador palmeirense, que se enganou na matemática.
Luiz Felipe Scolari felipão palmeiras (Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com)Treinador vai preparar o time para o jogo de quinta, contra o Ceará (Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com)
Com o empate no estádio da Ressacada, o sétimo em jogos disputados longe de São Paulo, o Palmeiras fechou a quinta rodada do returno na oitava colocação, com 35 pontos, dois a menos que o Fluminense, que hoje seria o último clube a entrar na competição sul-americana em 2012.
Para sonhar com voos mais altos na competição, o Verdão precisa primeiro voltar a vencer, o que ainda não aconteceu no segundo turno do Campeonato Brasileiro. Até agora, foram registrados três empates (Cruzeiro, Atlético-PR e Avaí) e duas derrotas (Internacional e Botafogo). O time voltará a campo nesta quinta-feira, para enfrentar o Ceará, no Canindé.
Para essa partida, o treinador ganhará os reforços do lateral-esquerdo Gabriel Silva e do meia Patrik, que cumpriram suspensão diante do Avaí. Em compensação, Rivaldo e Gerley, expulsos, não terão condições de jogo, assim como Valdivia, Cicinho e Dinei, entregues ao departamento médico.

Após novo empate, Marcos desanima e diz que Verdão não briga pelo título

Goleiro lembra que, com a fraca campanha alviverde como visitante no Brasileirão, o máximo que o time pode alcançar é uma vaga na Libertadores

Os jogadores do Palmeiras deixaram o gramado do estádio da Ressacada, em Florianópolis, lamentando o empate por 1 a 1 com o Avaí. Apesar de reconhecer as dificuldades de jogar com dois homens a menos em alguns momentos da partida após as expulsões de Rivaldo e Gerley, o goleiro e capitão Marcos lembrou que o time precisava ter saído de campo com a vitória neste domingo. (Reveja ao lado os melhores momentos do empate)
- Com esse resultado, a gente praticamente deu adeus ao título hoje. Agora precisamos trabalhar pra chegar na Libertadores e não perder mais pontos como esses que fizeram a diferença – lamentou o camisa 12, que não teve trabalho na partida.
Segundo o goleiro, a fraca campanha fora de casa é a razão para o Palmeiras não conseguir engrenar no Campeonato Brasileiro. Com o duelo deste domingo, o time disputou 12 partidas longe da capital paulista, conquistou uma vitória, sete empates e perdeu quatro vezes, o que dá um aproveitamento de 27,7% dos pontos disputados.
- Ganhamos pouco fora e isso foi a pior coisa que a gente fez no campeonato. Hoje tínhamos condições. Só que com dois expulsos tivemos que correr demais e ficamos sem poder de ataque – lembrou.
Para o atacante Kleber, a partida deste domingo mostrou que a fase enfrentada pelo Verdão realmente não é das melhores.
- Está cada vez mais difícil, deixamos escapar. Sofremos um gol bobo, a nossa fase não é boa. Falta muita coisa pro nosso time, mas a sorte não tem estado do nosso lado – ressaltou.

Em jogo de três expulsões, Avaí e Verdão maltratam a bola e empatam

Dois times pecam pela falta de qualidade e não merecem nada melhor do que o 1 a 1 registrado na tarde deste domingo, no estádio da Ressacada

Qualidade. Foi o que faltou a Avaí e Palmeiras na tarde deste domingo. O empate por 1 a 1 reflete a dificuldade das duas equipes de subirem na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. O time catarinense, que desde os 23 minutos de partida atuou com mais jogadores do que o adversário, mostrou que terá muita dificuldade para fugir da zona do rebaixamento. Já o paulista, que perdeu nova chance de se aproximar do grupo da Taça Libertadores, segue em oitavo na tabela e sem ganhar no segundo turno da competição.
Rivaldo e Gerley foram expulsos no Palmeiras, deixando o time com dois jogadores a menos durante 15 minutos. A situação ficou um pouco menos desfavorável quando Rafael Coelho recebeu cartão vermelho quatro minutos após substituir Batista, autor do gol dos donos da casa. Chico marcou para os visitantes.
As duas equipes voltarão a campo no meio da próxima semana. O Avaí irá ao Rio de Janeiro para enfrentar o Fluminense na quarta-feira, no Engenhão. Já o Palmeiras tentará fazer as pazes com a vitória no duelo com o Ceará, marcado para quinta-feira, no Canindé.
Empate justo no primeiro tempo
Mesmo com a situação dramática na tabela de classificação, o técnico Toninho Cecílio escalou o Avaí com apenas um atacante, William. No Palmeiras, sem Cicinho, machucado, Felipão improvisou Márcio Araújo no setor, deu uma chance a Chico no meio-campo e manteve os três homens mais ofensivos (Luan, Kleber e Fernandão).
Mal a bola havia rolado na Ressacada, o Avaí abriu o marcador. Batista desceu pela esquerda e bateu cruzado. A bola desviou em Henrique e encobriu Marcos, que só pôde olhar: 1 a 0. O Palmeiras não esboçou reação, muito pela falta de criatividade da equipe. Kleber, bem vigiado, pouco produzia, assim como Fernandão.
Fernandão, Avaí x Palmeiras (Foto: Antônio Carlos Mafalda/Agência Estado)Fernandão foi sacrificado com a expulsão de Rivaldo (Foto:Antônio Carlos Mafalda/Agência Estado)
O que já estava difícil ficou ainda mais complicado aos 23, quando Rivaldo - que já tinha cartão amarelo - foi expulso por Evandro Roman por fazer falta em Cleverson. Para recompor a marcação, Felipão substituiu Fernandão por Gerley. Como já virou rotina, o time passou a depender da bola parada de Marcos Assunção para levar perigo.
Evandro Roman, que havia acertado na expulsão de Rivaldo, errou ao não aplicar o mesmo critério com Pedro Ken, que já tinha cartão amarelo e fez falta feia em Luan. Na cobrança, Marcos Assunção, sempre ele, colocou na cabeça de Chico, que desviou no canto esquerdo de Felipe: 1 a 1 justo no marcador, já que o Avaí, após ficar com um homem a mais em campo, não criou absolutamente mais nada.
Duas expulsões e raros momentos de emoção no segundo tempo
Quando a partida reiniciou no segundo tempo, as coisas novamente se complicaram para o Verdão, que teve mais um expulso: Gerley, por falta violenta no zagueiro Dirceu. Com nove homens em campo, Felipão deslocou Luan para fazer a lateral esquerda e passou a se preocupar claramente em não tomar gol. Só que o Avaí, por sua vez, além de seguir omisso no ataque, passou a cometer inúmeras faltas na intermediária, o que permitia os cruzamentos perigosos de Marcos Assunção.
Aos 16, foi a vez de o time da casa perder um atleta: Rafael Coelho, que havia acabado de entrar para dar mais força ofensiva, recebeu cartão vermelho por acertar Kleber por trás. Com dez, os catarinenses finalmente levaram perigo ao gol defendido por Marcos: William, em dois lances, foi travado pela defesa palmeirense na hora do chute quando se aprontava para concluir ao gol defendido por Marcos. Aos 33, na melhor oportunidade, Cleverson invadiu a área e, cara a cara com o goleiro rival, tentou bater por cobertura, mas não teve qualidade para tanto.
O Palmeiras, que até então não havia levado perigo, chegou em cobrança de escanteio de Marcos Assunção, que exigiu grande defesa de Felipe. Foi o último momento de emoção de uma partida que se arrastou até o final e não mereceu ter um vencedor.

domingo, 18 de setembro de 2011

Após criticar a base do clube, Felipão observa dois jovens nos profissionais

Edgar, da equipe B do Palmeiras, e Holneiker, de apenas 16 anos, já treinaram com a equipe adulta nesta semana e podem ser aproveitados

Vinícius Palmeiras (Foto: Agência Estado)Vinícius é um dos poucos jovens da base a serem
aproveitados no clube (Foto: Agência Estado)
Na última sexta-feira, Felipão criticou as categorias de base do Palmeiras e disse que não fazia milagre. Mais do que isso: afirmou que não há um único bom jogador em condições de ser lançado no time de cima.

No dia seguinte, porém, por meio do site oficial, o clube comunicou que dois jovens jogadores foram alçados para o elenco profissional nesta semana e que serão observados pela comissão técnica.

O primeiro é o lateral-direito Edgar, de 20 anos, que atua no Palmeiras B. Já o segundo é o zagueiro Holneiker, 16, que ainda faz parte do time juvenil. A explicação para o aproveitamento dos garotos é dada, de forma breve, por Jair Jussio, diretor das categorias de base do clube.

- Aqui tem jogadores a custo zero.
A opção do técnico de apostar pouco nos jovens valores do clube desagrada uma parte da diretoria. A queixa maior é que, em vez de apostar na base, Scolari prefere contratar reofrços desconhecidos.

Com ataques em baixa, Avaí e Palmeiras lutam por recuperação

Time catarinense luta contra o rebaixamento; já o Verdão, que venceu apenas um dos últimos dez jogos, tenta voltar ao grupo dos líderes

kleber palmeiras (Foto: Agência Estado)Após três jogos fora, Kleber volta ao time do
Palmeiras  (Foto: Agência Estado)
Avaí e Palmeiras se enfrentam neste domingo, às 16h, no estádio da Ressacada, em Florianópolis, buscando a reabilitação no Brasileiro. O Verdão venceu apenas um jogo nos últimos dez que disputou e despencou da quarta para a oitava colocação. Já o Avaí, que ganhou apenas duas partidas em casa, tenta se livrar da penúltima posição.
O ataque é um dos maiores problemas das duas equipes. Apesar de o Palmeiras ser o time que mais finaliza a gol (355 chutes em 23 jogos), o time não tem uma pontaria certeira e fez apenas 29 gols. Dois a mais que o Avaí, que tem o terceiro pior ataque do campeonato ao lado do Grêmio.
O jogo terá arbitragem do paranaense Evandro Roman. A partida será transmitida ao vivo pela Rede Globo para para os estados do RS, PR, SP (exceto Baixada Santista), MS, MT, CE e as cidades de Salvador-BA, Caruaru-PE, Uberlândia-MG e Ituiutaba-MG. O canal Premiere, pelo sistema pay-per-view, exibe o jogo para todo o Brasil e o GLOBOESPORTE.COM, em Tempo Real, acompanha todos os lances, com vídeos exclusivos.
header o que esta em jogo (Foto: arte esporte)
Avaí: para o Leão da Ilha, uma vitória é crucial. A equipe de Toninho Cecílio não vence há três jogos (desde os 3 a 2 sobre o Flamengo, perdeu para o Atlético-MG por 2 a 0, para o Santos por 2 a 1 e empatou com o América-MG, em 2 a 2). Na 19ª posição com 21 pontos, se não vencer ou empatar, ficará com o mesmo número de pontos do lanterna, o América-MG, que tem 18, em caso de vitória dos mineiros na rodada. Os três pontos mantêm o Leão da Ilha vivo na briga contra o descenso.
Palmeiras: com apenas uma vitória em dez jogos, o time despencou na tabela e precisa se recuperar urgentemente, sob risco de perder ainda mais o contato com os líderes. Durante a semana, diretoria e elenco fizeram um pacto pela classificação para a Libertadores. Daí a importância de vencer o vice-lanterna, mesmo que fora de casa.
header as escalações 2
Avaí: o técnico Toninho Cecílio ainda não divulgou quem será o substituto do meia Lincoln, que não pode atuar por ainda manter vínculo contratual com o Palmeiras. Cleverson e Estrada estão cotados. No treinamento desta quinta-feira, o comandante acenou com mudanças no time: Pará, Batista e Gian foram as novidades entre os titulares. Romano, que ficou fora do último jogo, foi para a reserva. A escalação provável é: Felipe, Arlan, Gian e Welton Felipe; Bruno, Batista, Pedro Ken e Estrada (Cleverson); Robinho e William.
Palmeiras: o técnico Luiz Felipe Scolari tem um time remendado. O lateral-direito titular (Cicinho) se machucou e o reserva imediato (Paulo Henrique) não inspira confiança. Por isso, Felipão optou por improvisar o volante Márcio Araújo no setor. No meio-de-campo, sem seu principal armador (Valdivia, machucado) e o reserva que vinha substituindo o chileno (Patrik), suspenso, Felipão aposta em Tinga. Em compensação, o técnico tem o retorno do atacante Kleber, que ficou fora de três jogos (dois por lesão e um por suspensão). O time: Marcos, Márcio Araújo, Henrique, Thiago Heleno e Gerley; Chico, Marcos Assunção, Tinga e Luan; Kleber e Fernandão.
quem esta fora
Avaí: Diogo Orlando (suspenso); Lincoln (que pertence ao Palmeiras) e Cláudio Caçapa (lesionado).
Palmeiras: Patrik e Gabriel Silva (suspensos), Valdivia, Cicinho e Dinei (machucados).
header pendurados
Avaí: Arlan, Cleverson, Fabiano, Gustavo Bastos, Marcos Paulo, Pedro Ken e Robinho.
Palmeiras: Chico, Cicinho, Henrique, Rivaldo e Tinga.
header fique de olho 2
Avaí: autor de nove gols em 18 jogos no Brasileiro 2011, o atacante William está perto de igualar a marca que estabeleceu durante toda a edição de 2009, a primeira Série A dele pelo Avaí. Há dois anos, ele colocou 11 bolas nas redes em 26 partidas. O jogador também é o principal ídolo do atual elenco do Leão da Ilha.
Palmeiras: depois de três jogos sem atuar, o atacante Kleber volta ao Palmeiras falando em "mudança de postura". Segundo ele, é preciso que todos "se doem mais em campo."
header o que eles disseram (Foto: arte esporte)
William, atacante do Avaí: "A gente sabe que vai ser um jogo complicado. O Palmeiras vem de derrota para o Internacional (por 3 a 0, em casa) e o ambiente deles está meio conturbado. Não vivem um bom momento, mas tem um elenco forte. O favoritismo é sempre dos grandes, principalmente pela tradição. Temos de fazer nosso papel, assim como o fizemos contra Flamengo e Corinthians. Só sei que vamos impor um ritmo forte."
Felipão, técnico do Palmeiras: "Todas as equipes do Toninho são aguerridas e têm um espírito de luta muito forte. Ele sempre faz bons trabalhos."
header números e curiosidades
* Veja detalhes do confronto entre Avaí e Palmeiras pela Série A. Confira o histórico do confronto na Futpédia.
* O Avaí tem a defesa mais vazada do campeonato com 48 gols sofridos em 23 jogos. O time levou três das maiores goleadas do Brasileirão 2011, perdendo por 5 a 0 para o próprio Palmeiras e para o Cruzeiro e por 4 a 0 para o Flamengo.

* Jogar em casa não tem sido uma vantagem para o Avaí em 2011. Levando em consideração os jogos do Campeonato Catarinense, da Copa do Brasil e do Brasileiro, o Avaí disputou 24 partidas na Ressacada este ano, obtendo 9 vitórias, 5 empates e 10 derrotas, com 40 gols a favor e 37 contra.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Felipão: 'Ciúmes de homem é dose. Esse é o maior problema do clube'

Galeano, coordenador técnico do Palmeiras, gera crise entre treinador e conselheiros, que criticam o trabalho do ex-jogador no Verdão

galeano felipão palmeiras amistoso xv de piracicaba (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Felipão defendeu o trabalho de Galeano no Verdão
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
O ex-jogador Galeano voltou ao Palmeiras depois de dez anos. Chegou no ano passado quando o treinador era Antônio Carlos para exercer a função de coordenador técnico, mas não tem autonomia necessária para exercer suas funções. Segundo o Felipão, isso acontece pelo ciúmes que há dentro do clube.
- Ciúmes de homem é dose, acho que esse é o maior problema do clube. Daqui a pouco um vai querer dar unhada no outro. É difícil aturar e é por isso que o Galeano não vai aparecer aqui nunca. Ele avança até um determinado ponto e depois não avança mais. Se trabalham com ele, tem que dar uma prioridade a ele, se não mandem embora - disse o técnico Felipão.
Apesar de ter marcado o gol da vitória contra o Corinthians na semifinal da Libertadores de 2000 e ter levado a decisão para os pênaltis, quando o Verdão eliminou seu maior rival, Galeano ainda é visto como cabeça-de-bagre.
- Ele marcou um gol importante, mas sempre dizem que ele era brucutu, que só dava de bico, tem todas essa picuinhas - reclamou Felipão.
Como coordenador técnico, Galeano poderia ser uma espécie de filtro e não deixar que tantos problemas fosse levados à cúpula palmeirense.
- Gostaria que o Galeano tivesse mais poderes no Palmeiras, porque ele faria que algumas coisas chegassem ao presidente no final e não no início, como acontece hoje. O Galeano não tem os poderes como outros que tinham antes - afirmou Felipão. Antes de Galeano, quem exercia essa função era Toninho Cecílio, atualmente técnico do Avaí.
Galeano foi um dos responsáveis pela contratação de Felipão, logo após a Copa do Mundo da África do Sul, em 2010.

Felipão aprova discurso do Gladiador e pede espírito vencedor

Treinador espera que conversa entre diretoria e elenco surta efeito

vasco x palmeiras luiz felipe scolari  felipão (Foto: Agência Estado)Felipão pediu espírito vencedor aos jogadores
(Foto: Agência Estado)
Faltando 15 rodadas para o término do Brasileirão, o Palmeiras precisa reagir na competição para tentar almejar ao menos uma vaga na Libertadores e para que isso aconteça o time precisa mudar de postura, como já havia dito o atacante Kleber.
- Se quisermos que os resultados positivos aconteçam temos que mudar nossa postura. Alguma mudança tem que acontecer, mas não com os jogadores dentro de campo e sim no nosso espírito. É importante que o Kléber, que é um dos meus capitães tenha dito isso. Fora o que ele tem feito em campo, ele vai pedir para os companheiros fazerem um pouco mais - disse Felipão.
No início desta semana, o presidente Arnaldo Tirone se reuniu com o elenco para cobrar os jogadores e ao mesmo tempo motivá-los. Felipão não esteve presente, mas achou benéfico esse encontro.
- É bom que os jogadores tenham refletido e conversado com a direção, porque todos estão realizado um trabalho em prol do Palmeiras - comentou Scolari.
Nesta temporada, o treinador vem sofrendo para resolver os problemas do time e sofre com o ditado do cobertor curto: quando cobre um lado, descobre outro.
- Tenho solucionado um problema e depois aparece outro. Em 13 jogos tínhamos levado sete ou oito gols, agora em 10 jogos levamos 12 ou 13 gols. Ás vezes eu penso que solucionei um problema e leva a outro problema em outra área. Nos treinamentos tentamos buscar uma ou outra alternativa de grupo para ver se acertarmos melhor - afirmou o treinador.

Felipão critica categorias de base do Palmeiras: 'Não faço milagre!'

Técnico relata caso de jogador 'que não sabia chutar com pé direito'. Outros treinadores, como Luxa e Muricy, já haviam se queixado do departamento

O Palmeiras tem tradição em formar bons goleiros, mas há tempos não revela um bom jogador de linha. Técnicos como Vanderlei Luxemburgo e Muricy Ramalho passaram pelo clube e se queixaram da falta de qualidade dos jogadores da base do Verdão. Mas foi Luiz Felipe Scolari quem resolveu, nesta sexta-feira, expor de maneira mais veemente sua insatisfação. Segundo o técnico, não há um único bom jogador em condições de ser lançado no time de cima.
- Os bons da base estão aqui comigo, não tem jogadores bons (...) Ter alguém que pode ser igual a um reserva, isso não muda nada para mim – afirmou Felipão, ao ser questionado se não poderia suprir as carências do elenco com garotos dos juniores.
Ao reclamar da base, Felipão pode estar mexendo num vespeiro perigoso. Muricy e Luxa nunca escancararam a insatisfação com o departamento justamente para que não sofressem retaliações políticas - a base é comandada por conselheiros influentes. Felipão parece não ter esse melindre.
- Lá na base vão ficar bravos comigo. Que fiquem! Se não tem jogadores bons da base, eu não faço milagre!
Luiz Felipe Scolari, o Felipão, técnico do Palmeiras (Foto: Marcos Guerra, Globoesporte.com)Luiz Felipe Scolari reprova as equipes de base do Palmeiras (Foto: Marcos Guerra, Globoesporte.com)
No clube, há muita expectativa em torno do meia Patrick Vieira. Felipão, porém, parece não se empolgar com o jogador.
Lá na base vão ficar bravos comigo. Que fiquem! Se não tem jogadores bons da base, eu não faço milagre"
Felipão
- Ele chegou aqui e não sabia chutar com o pé direito. Tive de passar seis meses com ele e só agora que ele começou a chutar com o pé direito. Como é que eu vou colocar um jogador para enfrentar um Santos, um Corinthians, sem saber chutar com o pé direito?! Tem de colocar esses meninos com responsabilidade. Eles não são a solução – argumentou Felipão.
Dos oito jogadores da base que estão no elenco profissional, apenas o lateral-esquerdo Gabriel Silva é titular - e Deola reveza com Marcos no gol do Verdão. O meia Patrik tem sido aproveitado com frequência e o atacante Vinícius, aos poucos, ganha seu espaço na equipe. Já os goleiros Fábio e Raphael, o lateral Bruno e o meia Patrick Vieira ainda não estrearam.
- Se o jogador é bom, eu coloco ele com 10 anos de idade. Mas sempre tem de mesclar, como fiz na época do Grêmio – recordou.
O outro lado
Procurado pela reportagem, o diretor das equipes de base do Palmeiras, Jair Jussio, disse que não entende o motivo das críticas de Felipão.
- Não entendi essa declaração dele porque essa semana mesmo foram dois jogadores dos juvenis para lá. Não sei por que ele disse isso. O que posso falar que ele conhece o profissional e eu conheço a base.
Jussio admitiu, no entanto, que não há hoje, na base, ninguém preparado para assumir uma condição de destaque no time principal do Palmeiras. Ele comentou também o caso citado por Felipão do meia Patrick Vieira, "que não sabia chutar de pé direito."
- Ainda não tem um jogador que está pronto, estamos fazendo um trabalho para preparar esse jogadores. Em relação ao Patrick Vieira, cada um tem uma caracterísitica de jogar, talvez não seja a característica que ele goste.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Torcida confirma previsão de Felipão e picha muros do Palestra Itália

Após derrota por 3 a 0 para o Internacional, no Pacaembu, técnico já esperava manifestações. Frases são contra Felipão, diretoria e jogadores

O técnico Luiz Felipe Scolari já previa os protestos da torcida do Palmeiras após a derrota por 3 a 0 para o Internacional, no Pacaembu, que derrubou o time para a oitava colocação do Campeonato Brasileiro. Ainda na noite de domingo, tal previsão se confirmou: os muros do Palestra Itália foram pichados e quase ninguém foi poupado. As frases “Fora Felipão”, “Fora diretoria” e “Time medíocre” estamparam os muros e a porta de aço da loja oficial do clube, na Rua Turiassu, zona oeste de São Paulo.
muros pichados palmeiras (Foto: Divulgação Twitter)Pichações no Palestra Itália foram feitas na madrugada desta segunda-feira  (Foto: Divulgação Twitter)
Diretoria e comissão técnica já esperavam manifestações da torcida e não mostraram oposição aos protestos em meio à atual fase do time. Das últimas dez partidas no Brasileirão, o time só venceu uma, contra o Corinthians, empatou outras seis e perdeu três.
- É certeza que teremos boatos. Vamos ter mais quatro, cinco, seis faixas, muro pintado, o que é normal em todos os clubes. Temos de conviver com isso, mas também ter personalidade suficiente para modificar essa situação com nosso trabalho – avisou Felipão, logo depois da derrota.
O time folga nesta segunda-feira e volta aos trabalhos na manhã de terça. O próximo jogo é só no domingo, contra o Avaí, às 16h (de Brasília), na Ressacada. O meia Patrik e o lateral-esquerdo Gabriel Silva levaram o terceiro cartão amarelo e ficam fora. O atacante Kleber, que cumpriu suspensão contra o Inter, volta ao time.

muros pichados palmeiras (Foto: Divulgação Twitter)Nem o técnico Felipão saiu ileso dos protestos da torcida palmeirense (Foto: Divulgação Twitter)

Melhor, mas nem tanto: defesa derruba Verdão no segundo turno

Menos vazada do torneio ao lado do Corinthians, zaga alviverde sofre nove gols em quatro jogos e vê time cair para oitavo. Título ficou mais distante

Oscar, do Inter, disputa com Henrique, do Palmeiras (Foto: Idário Café/VIPCOMM)Oscar, do Inter, disputa com Henrique, do Palmeiras
(Foto: Idário Café/VIPCOMM)
Boa parte da recente fase positiva do Palmeiras pode ser creditada à sua sólida defesa, que tinha dois pilares confiáveis em Henrique e Thiago Heleno, mais reservas de nível razoável como Maurício Ramos e Leandro Amaro. Mas nos quatro jogos do segundo turno do Campeonato Brasileiro, o eficiente sistema de marcação da equipe de Luiz Felipe Scolari azedou: após a derrota por 3 a 0 para o Inter, neste domingo, no Pacaembu, o Verdão chegou a nove gols sofridos nessa nova fase da competição – média de 2,25 por jogo. Após a vitória por 2 a 1 sobre o Corinthians, que fechou o primeiro turno, o time empatou duas vezes e perdeu outras duas.
A queda de rendimento no setor é assombrosa. Em 19 jogos realizados no turno inicial, o Palmeiras só foi vazado 14 vezes, média de 0,73 por confronto. Mesmo depois dos três gols de Leandro Damião, o Verdão ainda sustenta o posto de melhor defesa do Brasileirão, com 23 sofridos, ao lado do Corinthians.
Não que isso vá tirar meu sono, mas tenho de pensar se preciso modificar um pouco a forma de jogo para voltar a ter consistência"
Felipão
O desempenho preocupa, e Felipão já sinaliza com mudanças no setor. Pode promover a entrada de mais um volante no meio-campo, ou até mesmo trocar os nomes da defesa. Henrique, convocado para a Seleção Brasileira, vem tendo atuações abaixo da média e foi presa fácil para Damião em dois dos três gols. No meio-campo, nomes como Luan e Marcos Assunção vêm colaborando menos do que o normal na marcação. Pequenas mudanças de comportamento que derrubaram a performance defensiva da equipe.
- Não que isso vá tirar meu sono, mas tenho de pensar se preciso modificar um pouco a forma de jogo para voltar a ter consistência, para que eu tenha de novo a solidez defensiva como base para ganhar os jogos – analisou Felipão.
Ao menos em um quesito a defesa não falhou. Dos três gols de Damião, nenhum foi de bola aérea, problema crônico apresentado durante toda a temporada. Contra o Inter, o Palmeiras conseguiu neutralizar bem esse tipo de jogada. Mesmo assim, Henrique desabafou no fim do jogo.
- Hoje não defendemos, não jogamos, não fizemos nada.
Ataque também vai mal
Apenas o Ceará fez menos gols do que o Palmeiras no returno do Brasileirão: três. Com quatro, o Verdão divide o posto de segundo pior ataque dessa parte final do campeonato com Cruzeiro, Bahia e Atlético-PR. As chances vêm sendo criadas e satisfazem Felipão, mas o técnico sente que falta “algo mais” para a bola voltar a entrar. No total, o Palmeiras marcou 29 vezes em 23 jogos.
- Em alguns jogos estamos criando, e bem. Ainda não tenho os dados, mas até os 20 minutos do segundo tempo criamos umas dez oportunidades, sendo cinco vivas de gol. Não acertamos. Pelo menos estamos criando algumas chances que antes não criávamos. Não tenho motivo para ficar apavorado, se meu time continuar jogando assim teremos alguma coisa no futuro. Já disse outras vezes que falta algo, um “plus”.
O Palmeiras volta a campo no próximo domingo, contra o Avaí, às 16h (de Brasília), na Ressacada. O rival do Verdão está na zona de rebaixamento, com 21 pontos na tabela.

Palmeiras tenta, mas Damião decide: Inter goleia Palmeiras no Pacaembu

Verdão joga bem, martela e perde gols incríveis. Em três chances, camisa 9 do Colorado faz 3 a 0, alavanca time na tabela e estoura crise no rival

Difícil encontrar adjetivos que classifiquem a atual fase de Leandro Damião. Talvez simplicidade defina. Em apenas três aparições no jogo deste domingo contra o Palmeiras, no Pacaembu, o centroavante do Internacional fez três gols com extrema facilidade, definiu o placar de 3 a 0, colocou o Colorado em boa condição na briga e ainda deflagrou a crise no Verdão. Acha pouco? Pois Damião chegou à espantosa marca de 40 gols na temporada 2011 – 39 pelo Inter e um pela Seleção Brasileira. O craque foi o diferencial entre um time que cresce no Campeonato Brasileiro e outro que está em queda livre - a torcida alviverde protestou, dando as costas para o gramado.
O resultado leva o Colorado aos 35 pontos, ultrapassando o próprio Palmeiras na tabela. Em franca ascensão, os comandados de Dorival Júnior entram de vez na briga por Libertadores e podem até começar a sonhar com título - a diferença para o líder Corinthians é de oito pontos. E Damião vai com moral ainda mais elevado para a Seleção, que enfrenta a Argentina na próxima quarta-feira, em Córdoba, pelo Superclássico das Américas.
O Verdão segue com 34 pontos e cai para a oitava posição na tabela, sua pior em 23 rodadas de competição. Com apenas nove pontos conquistados nos últimos dez jogos, o time de Luiz Felipe Scolari vê a crise cada vez mais de perto. Revoltada, a torcida saiu do Pacaembu vaiando e xingando o time e seus dirigentes, principalmente o vice-presidente Roberto Frizzo.
Na próxima rodada, o Palmeiras vai a Florianópolis enfrentar o Avaí, domingo, às 16h. Já o Inter recebe o Coritiba no Beira-Rio também no domingo, mas às 18h.
Três arcos e uma flecha certeira
Andrezinho, do Internacional, disputa a bola com Márcio Araújo e Luan, do Palmeiras (Foto: Idário Café/VIPCOMM)Andrezinho é perseguido por Márcio Araújo e Luan no Pacaembu (Foto: Idário Café/VIPCOMM)
Dorival Júnior escalou o Inter no ataque, querendo aproveitar a boa fase do setor para o time deslanchar no Brasileirão. Mas Felipão sabia bem das intenções de seu colega e armou um forte esquema de marcação para conter os “arcos” que lançam a flecha Leandro Damião, artilheiro nato. Márcio Araújo não desgrudou de D’Alessandro, Cicinho ficou responsável por Oscar, e Gabriel Silva seguiu todos os passos de Andrezinho. Scolari usou a metáfora do arco e flecha durante a semana para ilustrar a situação diante de seu elenco.
Enquanto os meias do Inter estavam bem vigiados, o Verdão sobrou em campo. Com atuações inteligentes de Patrik e Márcio Araújo, o time abusou das tabelas e confundiu a zaga colorada. Fernandão, autor de dois gols em quatro jogos com a camisa alviverde, prendeu a atenção de Juan e Rodrigo Moledo. Assim, Vinícius teve espaço, arriscou a gol, mas parou em Muriel. As bolas paradas de Marcos Assunção tiveram o mesmo destino. No total de finalizações do primeiro tempo, deu 10 a 5 para o Palmeiras.
A torcida, longe de lotar o Pacaembu, alternava-se entre a empolgação e a preocupação. O segundo sentimento era justificável: o Verdão tem jogado melhor que os adversários nas últimas partidas, mas vacilado em momentos de decisão. E não é que o temor se confirmou? Aos 24 minutos, no primeiro descuido de marcação sobre os “arcos” colorados, Andrezinho apareceu sozinho na entrada da área e deu uma cavadinha para a flechada certeira de Leandro Damião. Com a frieza dos grandes, o camisa 9 fez o que se esperava dele: girou com rara simplicidade em cima de Henrique e deu um toquinho para as redes: 1 a 0 Inter.
Um gol que detonou o otimismo do Palmeiras. O torcedor passou a reclamar de cada passe errado ou finalização torta, e dentro de campo os mais vulneráveis sentiram isso. Patrik desapareceu, Luan perdeu um gol incrível em que atuou mais como zagueiro do que como atacante. Coube ao experiente Marcos Assunção colocar a bola no chão e acalmar os ânimos. A partir de uma bela falta que exigiu ótima defesa de Muriel, o volante conseguiu devolver o Verdão ao jogo. O time seguiu em cima, mas outro gol incrível perdido no minuto final do primeiro tempo, desta vez por Gabriel Silva, deu a noção exata do que faltava a esse time: concentração.
Hat-trick do artilheiro
Leandro Damião gol Internacional (Foto: Jefferson Bernardes / VIPCOMM)Leandro Damião comemora com os companheiros mais um gol (Foto: Jefferson Bernardes / VIPCOMM)
O choque de Felipão no vestiário surtiu resultado, e o Palmeiras começou sufocando o rival nos primeiros dez minutos. O time voltou, trocando passes rápidos como já havia feito no primeiro tempo, mas algum detalhe ainda impede o passo seguinte, o gol, a vitória. Até na jogada que parecia perfeita, com Cicinho cruzando milimetricamente na cabeça de Vinícius, a bola faz questão de explodir no travessão e sobrar para algum jogador de vermelho. Para os de verde, não sobrava nada.
A postura mais defensiva do Inter ajudou a construir o panorama do jogo, praticamente um ataque contra defesa. Mas Dorival Júnior não fez isso por acaso. Mesmo resguardado lá atrás, o técnico colorado manteve seu quarteto ofensivo armado e sacou o organizador D’Alessandro para lançar o arisco Ilsinho, e apostar em uma bola de contra-ataque para definir o placar. Em uma dessas esporádicas escapadas, Damião estava sozinho para fazer o segundo gol, mas Rodrigo Moledo foi fominha e perdeu a bola.
Ricardo Bueno entrou na vaga de Vinícius, Tinga substituiu Patrik, mas na prática nada mudou. O Verdão parou em Muriel, na trave, na falta de criatividade, menos nas redes. A partir dos 30 minutos, o Inter já não queria mais jogo e colocou todo mundo em câmera lenta. Segundos preciosos para cobrar um lateral renderam cartão amarelo para Andrezinho, e outros tantos segundos renderam nova advertência ao goleiro Muriel.
Pode não ser o jeito mais bonito de se segurar o resultado, mas fato é que o Colorado cozinhou o jogo e impediu um sufoco final do rival. Fez mais: aos 37, Damião marcou mais um, fechou o placar e chegou a 12 no Brasileirão. Suficiente para a torcida ir embora do Pacaembu, praticamente vazio no apito final de Alício Pena Júnior. No último lance, o artilheiro fez seu terceiro na partida, entrando com facilidade na zaga e driblando Marcos, entrando com bola e tudo.
Resultado péssimo para o Verdão, em queda livre na tabela. Bom para os arcos e a flecha do Inter, que veem seus próximos alvos cada vez mais próximos.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Irritado com erros, Felipão perde a paciência: ‘Não sei mais o que fazer’

Após empate com o Atlético-PR, técnico lamenta nova falha em bola aérea e admite que, pela primeira vez na carreira, não consegue arrumar um time

O técnico Luiz Felipe Scolari não sabe mais o que fazer para arrumar a defesa do Palmeiras. Apesar de ainda ser a melhor do Campeonato Brasileiro, com 20 gols sofridos (ao lado do Botafogo), a zaga sofreu boa parte desses gols em bolas aéreas, problema crônico da equipe desde o ano passado. Felipão já tentou várias alternativas: colocou jogadores mais altos, encheu o time de volantes, nada disso com sucesso. Nesta quarta-feira, o Verdão empatou em 2 a 2 com o Atlético-PR, na Arena da Baixada, e levou mais um gol em bobeada na bola aérea. Felipão perdeu a paciência.
- Nossos erros são os mais absurdos do futebol mundial. De 20 gols, tomamos uns 15 de bola parada. Quanto mais se organiza e mais se imagina que não vamos levar gol, levamos. Levamos um gol absurdo hoje, mais um. Fizemos um pênalti ridículo. Não sei mais o que fazer, desse jeito não vamos chegar ao lugar que almejamos – lamentou o técnico.
É o segundo jogo seguido em que o Palmeiras tem a vitória nas mãos e deixa escapá-la. No domingo, contra o Cruzeiro, Marcos Assunção perdeu um pênalti nos acréscimos, e o jogo terminou em 1 a 1. Contra o Furacão, o time teve um jogador a mais durante todo o segundo tempo, controlou boa parte das ações, mas sofreu o empate após pênalti de Marcos em Guerrón.
- Desperdiçamos, no mínimo, o oitavo ponto. Sempre falta algo. Eu vou fazer o quê? Vamos continuar trabalhando. Um dia pode ser que não falte alguma coisa – disse o técnico.
Felipão Scolari Palmeiras x Atlético-PR  (Foto: Ag. Estado)Felipão não esconde irritação (Foto: Ag. Estado)
Os erros nas bolas aéreas ficaram mais frequentes desde a reta final do Campeonato Paulista, quando o Verdão sofreu gols quase idênticos em jogos contra Mirassol e Corinthians, e também no duelo contra o Coritiba, pela Copa do Brasil.
Tantos erros fizeram Felipão admitir, pela primeira vez, que não tem mais alternativas para tentar corrigir as falhas.
- Estou perdendo a paciência. Tenho trabalhado exaustivamente há um ano. Pela primeira vez na minha carreira, não consigo corrigir a equipe. Mas tenho de continuar trabalhando. Eles podem errar antes do jogo, depois do jogo, mas durante, não – avisou o comandante.
Sem Kleber e João Vitor, suspensos, o Verdão terá mais um desafio no próximo domingo, às 16h (de Brasília), contra o Internacional, no Pacaembu. O elenco deixa Curitiba na manhã desta quinta-feira e treina à tarde, já na preparação para o duelo contra os colorados.

Valdivia desabafa: 'Esse negócio de custo-benefício está ficando chato'

Meia usa o Twitter para se defender, acaba cutucando diretoria do Verdão e compara sua situação com a dos rivais Ganso, Adriano e Luis Fabiano

Valdivia está cansado. Cansado de ouvir comentários sobre as inúmeras lesões que vem sofrendo desde que voltou ao Palmeiras - a última foi na coxa direita -, cansado das especulações sobre uma possível transferência para o Al-Sadd, do Qatar, e, principalmente, cansado de análises sobre o custo-benefício de sua contratação para o clube.

Nesta quinta-feira de manhã, ele usou o Twitter para desabafar. E citou os rivais Paulo Henrique Ganso, do Santos, Adriano, do Corinthians, e Luis Fabiano, do São Paulo, que também estão em seus respectivos departamentos médicos, para se justificar.

- Esse negócio de custo-benefício está ficando chato, viu! Tem mais três anos de contrato e querem falar de custo-benefício. Agora sou só eu que me machuco? Todo mundo se machuca, gente. Os feras Ganso, Adriano e Luis Fabiano também estão machucados. Vocês acham que é por que eles querem?
reprodução twitter valdivia palmeiras (Foto: Divulgação Twitter)Valdivia não se conteve e contestou as críticas que vêm recebendo da torcida (Foto: Divulgação Twitter)
Ao fim de cada mensagem, o Mago prometia abandonar sua conta na rede social, pois, segundo ele, seus seguidores estão dizendo que ele passa muito tempo no Twitter. Antes de se despedir, porém, ele ainda dá uma cutucada na diretoria e pede aos torcedores que não sejam enganados pelo que estão falando. Segundo Valdivia, ele abriu mão de um bom dinheiro para permanecer no Palmeiras

- Deixei de receber três milhões de euros para ficar aqui. Não deixem que os outros enganem vocês. Não sou o melhor, mas também não sou o pior. Custo-benefício? Que p...é essa! Vocês são Verdão e apoiam o time até a morte. Não sejam que nem a política do clube.

Dia de bobeiras: Furacão e Verdão só empatam e estacionam no Brasileiro

Atlético-PR perde chance de vencer em casa. Palmeiras, com um a mais desde o primeiro tempo, lamenta mais os 2 a 2 desta quarta, na Arena

O Palmeiras bobeou, e o Atlético-PR reagiu, mas o fato é que nenhum dos times gostou do empate por 2 a 2 da noite desta quarta-feira, na Arena da Baixada. Em jogo muito truncado, o Verdão dominou e esteve duas vezes à frente do placar. Só que deixou novamente a vitória escapar - faltou um daqueles "detalhes" que o técnico Luiz Felipe Scolari diz não ter em sua equipe. Do outro lado, Antônio Lopes retornou à Arena, mudou a escalação, mas não conseguiu dar a vitória ao Furacão.
A arbitragem de Marcelo de Lima Henrique colaborou para que o jogo ficasse feio e travado. Foram nada menos que dez cartões amarelos e um vermelho, para Cléber Santana, ainda no primeiro tempo. As duas equipes saíram de campo reclamando, e o dirigente Alfredo Ibiapina, do Atlético-PR, foi expulso na metade da etapa final por protestar no gramado da Arena.
A igualdade mantém o time rubro-negro na zona de rebaixamento, com 19 pontos, à frente só do América-MG. Já o Verdão poderia terminar a noite no grupo dos classificados para a Libertadores em caso de vitória, mas o empate fez com que o time perdesse uma posição na tabela, para o Fluminense. Os dois têm 34 pontos, mas os cariocas levam vantagem no número de vitórias. É o terceiro jogo sem vitória do Palmeiras.
Quanto nervosismo...
Antônio Lopes e Luiz Felipe Scolari tiveram ideias parecidas nas escalações, priorizando o ataque: o Furacão entrou com os rápidos Adaílton e Guerrón na frente, enquanto o Verdão teve um quarteto ofensivo com Patrik, Luan, Fernandão e Kleber - que voltou depois de dois jogos fora, em recuperação de dores no joelho. No papel, os times pareciam ofensivos. Na prática, porém, a realidade foi outra. O duelo ficou quase todo concentrado no meio-campo, com muitas faltas e bolas alçadas.
E quando o assunto é bola alçada, o Palmeiras é especialista. Marcos Assunção teve um primeiro tempo discreto, mas dele partiram as chances mais perigosas. A defesa do Atlético-PR, uma “mãe” no quesito, colaborou demais. Logo aos 14 minutos, não foi Assunção, mas sim Kleber quem cruzou para Henrique desviar sozinho na pequena área: 1 a 0 com gol do zagueiro, convocado pela Seleção Brasileira para a disputa do clássico contra a Argentina, em Córdoba.
O cenário ficou favorável para os visitantes: torcida do Furacão pressionando e vaiando, time da casa sem imaginação no ataque... Mas o problema do Palmeiras é que o time sempre costuma provar do próprio veneno. Forte na bola aérea ofensiva, o Verdão peca defensivamente com frequência nesse tipo de jogada. Após duas cobranças seguidas de escanteio, a zaga não resistiu. Aos 34, Marcos Assunção tentou cortar, mas desviou para trás o cruzamento de Edílson e a bola sobrou limpa para o equatoriano Guerrón empurrar para as redes: 1 a 1, explosão na Arena.
adailton gabriel silva palmeiras x atlético-pr (Foto: Agência Estado)Adailton, do Atlético-PR, e Gabriel Silva, do Palmeiras, em disputa de bola (Foto: Agência Estado)
Um minuto depois, o árbitro Marcelo de Lima Henrique tratou de, involuntariamente, devolver a união entre time e torcida do Atlético-PR. Após uma falta boba no meio-campo, Cléber Santana levou cartão amarelo e aplaudiu ironicamente a decisão do árbitro. Furioso, Marcelo de Lima Henrique não hesitou: aplicou o vermelho e deixou o Furacão com um a menos, para revolta de boa parte da Arena da Baixada.
A expulsão de Cléber foi um reflexo do primeiro tempo truncado, com 32 faltas (18 do Atlético e 14 do Palmeiras). Ao apito final do árbitro, a torcida formou um caldeirão e entoou gritos de insulto a Marcelo de Lima Henrique. O dirigente Alfredo Ibiapina, do Furacão, chegou a invadir o campo e não economizou nos palavrões.
Domínio e apagão
Com um jogador a mais, não demorou para o Palmeiras tomar conta do jogo no segundo tempo. A ordem era não dar chances ao rival, marcar acima do meio-campo, tirar o Atlético do conforto que tinha com o empate. E o Verdão jogava bem, tocava a bola com consciência, tinha Kleber e Fernandão querendo jogo... O time já teve isso em várias partidas, mas não tinha alguém capaz de colocar a bola na rede. Agora tem. Aos nove minutos, foi Fernandão quem aproveitou rebote de Renan Rocha em um cabeceio e só deu de biquinho para fazer 2 a 1.
Até aí, tudo tranquilo para o Verdão. Do outro lado, o Furacão já parecia conformado, sem se esforçar muito no ataque. O baixinho Madson até entrou para tentar incendiar o jogo, sem sucesso. A torcida cantava também em tom mais ameno. Tranquilo com a posse de bola, o Palmeiras só deixou o tempo passar.
Mas esse time de Felipão tem apagões, às vezes complica até os jogos mais tranquilos. E foi numa dessas panes, protagonizada pelo ídolo Marcos, que o Atlético chegou ao empate mesmo sem tanto esforço. Guerrón disparou após lançamento de Marcinho e encontrou o “Santo” saindo do gol de forma estabanada. O equatoriano só deu um tapa na bola para o lado e deixou Marcos completar a infração: pênalti. Na cobrança, Marcinho fez 2 a 2.
O Verdão sentiu muito o gol sofrido com um jogador a mais. Impaciente, errou passes demais e quase não levou perigo a Renan Rocha. Do banco, Felipão tentou fazer das suas: lançou Ricardo Bueno e Tinga em busca de um algo mais no ataque, mas viu a tática fazer água. O Furacão quase marcou o terceiro, mas a inoperância do ataque não permitiu. No fim, resultado péssimo para os dois times, que bobearam e estão mais longe de seus objetivos.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Palmeiras perde Valdivia por um mês

Meia voltou da seleção chilena com um estiramento na coxa direita

xabi alonso valdivia chile x espanha (Foto: AFP)Valdivia (à dir) enfrentou a Espanha de Xabi Alonso
em amistoso na semana passada (Foto: AFP)
O técnico Luiz Felipe Scolari ficará um bom tempo sem Valdivia à sua disposição. O atleta retornou do amistoso da seleção chilena na Europa com um estiramento no músculo posterior da coxa direita e deve parar por até 30 dias. A lesão foi confirmada depois que o jogador fez um exame na tarde desta segunda-feira, em São Paulo.
Valdivia se juntou à seleção chilena logo depois do clássico com o Corinthians, disputado no dia 28 de agosto. O atleta enfrentou a Espanha, mas não atuou no jogo de domingo passado, contra o México, pois já estava com a volta para o Brasil programada – no sábado ele treinou separado do elenco por já sentir dores. A informação de que o meia tinha uma lesão chegou ao Palmeiras pela delegação chilena, mas sem detalhes da gravidade.
No domingo, depois do empate em 1 a 1 com o Cruzeiro, Felipão já havia reclamado do fato de sempre receber Valdivia de volta da seleção com algum problema. A ideia do treinador era de que a diretoria alviverde conversasse com a comissão chilena para evitar algumas convocações do atleta. Roberto Frizzo, vice de futebol do Palmeiras, porém, acredita que não há o que fazer.
- Isso não existe. É a seleção de um país e não uma brincadeira de roda. Quando o jogador tem qualidade tem isso. O único jeito era ter um time com cabeças de bagre, mas não é isso que a gente quer – comentou o dirigente.
Valdivia fez somente oito partidas nesta edição do Campeonato Brasileiro. Na quarta-feira, contra o Atlético-PR, ele desfalca a equipe novamente, na Arena da Baixada.

Lesão de Valdivia na seleção chilena deixa Scolari bastante preocupado

Treinador ainda não sabe a gravidade da contusão. Atleta voltou antes de completar amistosos e passará por exames nesta segunda-feira

xabi alonso valdivia chile x espanha (Foto: AFP)Valdivia tenta passar por Xabi Alonso  (Foto: AFP)
Luiz Felipe Scolari está preocupado com o estado de seu camisa 10. Integrando a seleção chilena para os amistosos contra Espanha e México, o meia Valdivia está com uma lesão na coxa direita. A informação foi passada pelo departamento médico do Chile ao Palmeiras neste fim de semana, que já providenciou o retorno do atleta ao Brasil.
O Mago não pode enfrentar o último adversário por causa das dores. O departamento médico palmeirense ainda não tem noção da gravidade da lesão e espera a chegada do jogador para realizar exames médicos. Um diagnóstico deve ser conhecido na tarde desta segunda-feira.
- Esperamos que não tenha uma lesão como nos avisaram, pois vamos perdê-lo por mais tempo do que desejamos. Não podemos fazer nada porque são jogos da data Fifa. Mas esperamos que, se tiver de se recuperar, que o treinador do Chile pense um pouco quando o jogador voltar da lesão, pois ele sempre é convocado. Vamos esperar os exames, mas tomara que não seja nada – disse Felipão.
Mesmo estando com a seleção chilena, Valdivia foi assunto no Palmeiras por causa do interesse do Al Sadd, do Qatar. Comenta-se que o clube fez uma oferta de em torno de € 8 milhões (aproximadamente R$19 milhões) pelo chileno, mas a diretoria palmeirense já se manifestou e disse que não pretende se desfazer do jogador.

- Intenção de sair ele não tem, mas está sabendo da proposta e gostou. A decisão, porém, tem de ser do Palmeiras - disse Rodolfo Fortes, empresário do Mago.
Ainda na coletiva de imprensa, depois do empate em 1 a 1 com o Cruzeiro, no Pacaembu, Felipão disse que não havia sido procurado pelos dirigentes para comentar sobre a proposta. No entanto, o treinador alviverde fez questão de ressaltar que o chileno é uma peça importante para sua equipe.
- Dentro de campo ele tem feito bons jogos. Nos últimos sete, progrediu e tem sido eficaz. Esse é o Valdivia que desejo.

Marcos Assunção assume culpa por empate, mas é poupado por Felipão

Treinador afirma que mantém confiança no volante: ‘Ele estava arrasado’

Apesar de ter perdido um pênalti aos 46 minutos do segundo tempo (veja o lance no vídeo ao lado), Marcos Assunção não fugiu dos microfones depois do empate em 1 a 1 entre Palmeiras e Cruzeiro. Ainda no gramado do Pacaembu, o atleta de 35 anos não escondeu a frustração, disse que assumia a culpa pelo resultado e pediu desculpas aos torcedores e companheiros.
- A culpa é minha. Errei quando tinha de fazer o gol. Contava com o deslocamento do goleiro (Rafael), mas ele ficou parado e deixou a perna. Assumo a responsabilidade do empate. Vida que segue. Peço desculpas aos meus companheiros e aos torcedores por este resultado – disse o volante palmeirense.
Luiz Felipe Scolari, porém, procurou poupar um de seus homens de confiança no elenco. O treinador mencionou que, depois de Kleber, Assunção é o batedor oficial da equipe e que o jogador ainda tem o seu apoio.
- Fico chateado e triste porque esta é uma jogada treinada. Ele é um atleta de qualidade que já nos deu 20 vitórias e, neste momento, errou um pênalti, o que não é comum. Mas ele é aplicado e dedicado. Todo mundo está sujeito a um erro. Ele estava arrasado, mas não é motivo porque muitas vezes nos deu a vitória. Tem de aceitar e continuar trabalhando para em outra oportunidade isso não acontecer.
Sobre o jogo, Felipão ainda comentou que por muito tempo conseguiu manter uma marcação eficiente em Montillo, autor do gol cruzeirense. No entanto, a habilidade do craque argentino acabou prevalecendo em um instante.
- Ele fez um bom jogo, mas não foi brilhante. Mas, em um lance de craque, fez a diferença. Ele é craque porque em um momento decidiu.
Com o resultado, o Palmeiras fica na sexta colocação, com 33 pontos. Na próxima rodada, a equipe alviverde enfrenta o Atlético-PR, às 21h50 de quarta-feira, na Arena da Baixada.

Jovem goleiro brilha no fim e impede vitória do Palmeiras sobre o Cruzeiro

Rafael defende cobrança de pênalti de Marcos Assunção no fim, e times ficam no 1 a 1 no Pacaembu. Gilberto anuncia fim de sua carreira

Não era o que desejavam Palmeiras e Cruzeiro. No encontro de gerações de técnicos, deu empate por 1 a 1, no Pacaembu, neste domingo, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. O técnico Luiz Felipe Scolari, de 62 anos e com uma carreira vitoriosa, não conseguiu superar o estreante Emerson Ávila, treinador de 44 anos que substituiu o demitido Joel Santana. Luan abriu o placar para os donos da casa, já no segundo tempo, e Montillo garantiu a igualdade.
Revoltado com o árbitro Leandro Vuaden por ter marcado pênalti em uma falta sua em Luan, o meia Gilberto anunciou que encerraria sua carreira. O lance, no entanto, garantiu o status de herói da partida ao goleiro Rafael, que pegou o chute de Marcos Assunção aos 46 minutos do segundo tempo. Aos 22 anos, ele substituiu Fábio, que está na Seleção Brasileira para o amistoso contra Gana.
O Palmeiras também tinha desfalques, como Kleber, vetado pelo departamento médico, e Valdivia, que está com a seleção do Chile. O time mineiro, além de Fábio, não contou com Vítor e Diego Renan, machucados, e Fabrício, suspenso. A partida marcou a estreia de Keirrison pelo Cruzeiro, substituindo Roger no segundo tempo. Ele teve atuação discreta.
O empate mantém o Palmeiras na sexta posição pela sexta rodada consecutiva. Com 33 pontos, está três atrás do Flamengo, que hoje seria o último classificado para a Taça Libertadores de 2012. Na próxima rodada, enfrenta o Atlético-PR às 21h50m de quarta-feira, na Arena da Baixada. O Cruzeiro, que continua em 11º lugar, agora com 28 pontos, recebe o Fluminense no Parque do Sabiá, no mesmo horário.
Equilíbrio e pouca eficiência
Nos primeiros minutos, o Palmeiras teve muitas dificuldades diante do bem postado setor defensivo do Cruzeiro. Sem Valdivia, na seleção chilena, e Kleber, vetado no vestiário do Pacaembu, o Verdão chegava à intermediária de ataque, mas esbarrava na boa marcação celeste.
O Cruzeiro, por sua vez, contava no sistema ofensivo com os habilidosos Gilberto, Roger e Montillo, que tocavam bem a bola, mas encontravam dificuldade para finalizar. O time da casa chegou a acertar uma bola na rede do Cruzeiro, mas Fernandão estava em posição de impedimento, e a finalização de Vinícius foi invalidada.
O jogo era brigado, mas apenas entre as intermediárias. Os goleiros Marcos e Rafael pouco tocaram na bola, e a primeira grande chance de gol foi apenas aos 32 minutos, com Anselmo Ramon. Montillo chegou à linha de fundo e cruzou, mas o atacante tocou para a linha de fundo. O placar em branco refletiu o que os times fizeram em campo.
patrik palmeiras marquinhos paraná cruzeiro (Foto: Miguel Schincariol / Agência Estado)Patrik disputa lance com o cruzeirense Marquinhos Paraná (Foto: Miguel Schincariol / Agência Estado)
Confronto movimentado na segunda etapa
O Palmeiras voltou do intervalo com uma postura muito mais ofensiva. Marcos Assunção, em chutes de longa distância, Luan e Fernandão tiveram grandes chances de abrir o marcador. Porém, Rafael mostrou serviço e evitou que a equipe mineira ficasse em desvantagem.
Emerson Ávila, então, agiu rapidamente. Tirou Roger, que pouco rendeu, e colocou Keirrison em campo. O atacante estreou e deu mais força ofensiva ao Cruzeiro. Montillo, agora um pouco mais recuado, começou a armar as jogadas no meio-campo. E foi dos pés do argentino que a Raposa chegou com muito perigo. Após ótimo lançamento, ele encontrou Anselmo Ramon, que chutou cruzado, mas para fora.
Quando o Cruzeiro começava a se animar, o Palmeiras tratou de colocar ordem na casa. Aos 23 minutos, Luan avançou pela intermediária, passou facilmente por Marquinhos Paraná e tabelou com Vinícius. Luan ainda chutou duas vezes contra o goleiro Rafael para marcar o gol.
O Cruzeiro se desestabilizou por um tempo, e o time da casa teve chance para aumentar a vantagem. Emerson Ávila colocou em campo dois atacantes, Sebá e Bobô, e a Raposa conseguiu o empate. Aos 39 minutos, após jogada individual, Montillo girou sobre a marcação e bateu cruzado, na saída de Marcos: 1 a 1.
Aos 45 minutos, o árbitro assinalou pênalti de Gilberto sobre Luan. Marcos Assunção cobrou no centro do gol, e Rafael fez defesa decisiva com os pés.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Suspenso, Felipão vai ao vestiário, e fotógrafo o acusa de agressão

Técnico do Palmeiras, que já é investigado pela mesma atitude no clássico contra o Corinthians, foi flagrado após orientar time no intervalo no Engenhão

Como se não bastasse a derrota, mais confusão no Palmeiras. Fora do banco de reservas por estar suspenso pela expulsão na partida contra o Atlético-MG, Luiz Felipe Scolari esteve no vestiário do Engenhão, nesta quarta-feira, no intervalo da derrota por 3 a 1 para o Botafogo, pela 20ª rodada do Brasileirão, para orientar a equipe. A presença do treinador causou polêmica, pois haveria o entendimento de que ele, por estar suspenso, não poderia ir ao vestiário e ter contato com o time. O Palmeiras, porém, garante que a ida de Scolari não desrespeita o Código Brasileiro de Justiça Desportiva.
Mas a polêmica não para aí. Para piorar, o fotógrafo Fernando Soutello, da agência Agif, acusa o comandante do Verdão de agressão. Soutello diz que Felipão demonstrou irritação ao perceber que sua ida ao vestiário estava sendo documentada. Segundo Soutello, Felipão deu um tapa na câmera e o atingiu. O fotógrafo promete registrar queixa formal de agressão contra o comandante alviverde.
Felipão no vestiário do Palmeiras (Foto: Fernando Soutello / Divulgação AGIF)Felipão tenta impedir clique de fotógrafo no Engenhão (Foto: Fernando Soutello / Divulgação AGIF)
- Estava posicionado e fiz fotos do Felipão até o elevador. Quando ele entrou, o ângulo ficou melhor, mas o segurança pediu para não fotografar. A porta do elevador abriu nesse movimento e o Felipão veio com a mão na câmera, que me atingiu - disse Fernando, que relatou sentir dor de cabeça após o episódio.

O auxiliar técnico do Verdão, Murtosa, acredita que não há impedimento legal para a presença de Felipão no local. O entendimento é compartilhado pela diretoria do clube.
- Há um erro de jurisdição. O Felipão está suspenso de trabalhar na beira do campo, mas não de assistir o jogo e ir ao vestiário. Ele não está suspenso por dia e, sim, por jogos.
A questão não é tão clara. O artigo 172 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) prevê proibição se a punição for em prazo e não cita qualquer impedimento quando o gancho ocorre por jogos - caso de Felipão. Neste caso, a omissão parece beneficiar o treinador e ratificar a interpretação adotada pelo Palmeiras. Confira o parágrafo do artigo que trata sobre suspensão por dias:
"A suspensão por prazo priva o punido de participar de quaisquer competições promovidas pelas entidades de administração na respectiva modalidade desportiva, de ter acesso a recintos reservados de praças de desportos durante a realização das partidas, provas ou equivalentes, de praticar atos oficiais referentes à respectiva modalidade desportiva e de exercer qualquer cargo ou função em poderes de entidades de administração do desporto da modalidade e na Justiça Desportiva".

O artigo 171, que trata da suspensão por jogos, caso de Felipão, não cita se o punido pode ter acesso ao vestiário ou outras áreas das praças esportivas.

"Art. 171. A suspensão por partida, prova ou equivalente será cumprida na mesma competição, torneio ou campeonato em que se verificou a infração."
Durante os 90 minutos de bola rolando, Scolari assistiu ao jogo em uma das cabines de imprensa do estádio, sempre acompanhado por seguranças. O treinador foi julgado em três artigos pelo comportamento diante do Galo: absolvido no 243-D (incitar publicamente o ódio ou a violência) e no 243-F (ofender alguém em sua honra, por fato relacionado diretamente ao desporto), foi condenado no artigo 258, que prevê suspensão de um a seis jogos por “assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas regras”.
Com a derrota desta quarta-feira, o Palmeiras permaneceu com 32 pontos, na sexta colocação no Brasileirão. No próximo domingo, encara o Cruzeiro, às 16h (de Brasília), no Pacaembu, pela 21ª rodada.

Correção

Ao contrário do que noticiava a primeira versão do texto, o árbitro criticado por Felipão não foi Paulo César Oliveira. Sandro Meira Ricci foi o árbitro em questão.

Eficiência a toda prova: Botafogo passa fácil pelo burocrático Palmeiras

Com gols de Herrera, Gustavo e Maicosuel, Alvinegro faz 3 a 1, no Engenhão, e sobe para terceiro, na frente do Fla e atrás apenas de Vasco e Corinthians

O Botafogo não tomou conhecimento do Palmeiras nesta quarta-feira, no Engenhão, vencendo por 3 a 1, com gols de Herrera, Gustavo e Maicosuel - Marcos Assunção descontou -, em partida válida pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro. Organizado, veloz e muito eficiente nas finalizações, o time de Caio Júnior emplacou a terceira vitória seguida contra um Palmeiras que vinha animado com o triunfo no clássico contra o Corinthians, mas, com o desfalque de Kléber, mostrou muito pouco no Rio.
Com o resultado diante de 8.352 pagantes (renda de R$ 123.860,00), o alvinegro chega aos 37 pontos e sobe para a terceira colocação, na frente do Flamengo, enquanto o alviverde permanece com 32, em 6º.
Na próxima rodada, o Palmeiras tem pela frente o Cruzeiro, domingo, no Pacaembu. O Botafogo enfrentaria o Santos no final de semana, mas o jogo foi adiado. Por isso, volta a campo apenas na quarta-feira da semana que vem, contra o Ceará, no Engenhão.
Gustavo comemora gol do Botafogo contra o Palmeiras (Foto: Jorge Wiliam / Agência O Globo)Gustavo comemora o segundo gol do Botafogo contra o Palmeiras (Foto: Jorge Wiliam / Agência O Globo)
O primeiro tempo foi a comprovação da boa fase do Botafogo. Com os dois meias - Elkeson e Maicosuel - jogando abertos, e trocas de posição sucessivas, o time de Caio Júnior confundia o Palmeiras, que pecou ao atuar muito recuado. O gol não demorou a sair. Logo aos três minutos, Renato cobrou escanteio, a defesa paulista não se entendeu e Herrera apareceu livre para abrir o placar: 1 a 0.
Liderado por Elkeson, que jogava em velocidade, o Botafogo deixava o Palmeiras acuado. O time de Felipão sentia a falta de criatividade no meio de campo e ameaçava muito pouco. As poucas chances aconteciam em chutes de longa distância, todas para fora. Numa das tentativas, Marcos Assunção bateu muito forte e a bola explodiu no rosto de Gustavo.
Tonto, o zagueiro voltou ao jogo e a ‘carimbada’ deu sorte. Aos 22 minutos, Renato cruzou da direita, a zaga do Palmeiras voltou a falhar e Gustavo, na pequena área, só teve o trabalho de completar para o gol: 2 a 0. Talvez pelo efeito da bolada recebida, o zagueiro primeiramente hesitou, parecia ter decidido não comemorar; mas logo saiu em disparada festejando com os companheiros. Cena inusitada.
Herrera comemora gol do Botafogo contra o Palmeiras (Foto: Jorge Wiliam / Agência O Globo)Abraçado pelos companheiros, Herrera comemora o primeiro gol (Foto: Jorge Wiliam / Agência O Globo)
O Palmeiras voltou para o segundo tempo decido a atacar mais, mas a falta de qualidade no meio era nítida. Satisfeito com o resultado, o Botafogo diminuiu o ritmo, recuou um pouco e passou a explorar os contra-ataques. A estratégia deu muito certo aos 17 minutos. O hiperativo Elkeson desarmou Cicinho na lateral da defesa alvinegra e lançou Maicosuel, que entortou Leandro Amaro e bateu firme na saída de Deola: 3 a 0.
Em grande desvantagem no placar, o Palmeiras ainda reclamou de um pênalti não marcado em João Vitor, travado por Cortês aos 38 minutos. Nesta altura, o desânimo já tomava conta da equipe paulista, contrastando com o relaxamento alvinegro. A torcida aproveitou para gritar 'olé' a cada troca de passes para comemorar, mas ainda deu tempo para Marcos Assunção cobrar falta de muito longe, a bola desviar na defesa e enganar Jefferson. Final: 3 a 1.