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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Camisa 'limpa': Palmeiras deve começar 2012 sem patrocínio master

Sem a Fiat, de saída, Verdão corre para achar novo parceiro, mas não tem sucesso. Vice revela problemas de relacionamento entre empresa e clube

Willian, Corinthians x Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli)Camisa do Palmeiras deverá começar 'limpa' em
2012: clube busca parceiro (Foto: Marcos Ribolli)
O Palmeiras deve começar 2012 com a camisa limpa, sem patrocínio master. A confirmação da saída da Fiat apressou o departamento de marketing do clube na busca por um novo parceiro. No entanto, a diretoria já admite que será difícil fechar com um patrocinador até o fim desta temporada – o contrato com a montadora italiana termina em 31 de dezembro. Outras montadoras, como a chinesa Jac Motors e a coreana Hyundai, estavam cotadas, mas nenhuma negociação avançou.
A demora irrita o presidente Arnaldo Tirone, que prometeu reforços de peso para o técnico Luiz Felipe Scolari em 2012. Sem o dinheiro do patrocínio, porém, aumenta a dificuldade na busca por nomes mais consagrados, perfil pedido pelo comandante.
Vale lembrar que o departamento de marketing sofreu reformulação recente, e Tirone não descarta contratar outros profissionais para o setor. Diretor de marketing, Rubens Reis mostra cautela ao falar sobre o novo patrocínio.
– Estamos resolvendo isso, quando tiver algo concreto eu vou falar. Pouca coisa mudou desde a semana passada, está tudo meio estagnado. Mas vamos fechar por um valor que o Palmeiras merece, não importa se agora ou no ano que vem – afirmou Rubens Reis.
A saída da Fiat foi uma pena, mas acho que ficaram melindrados com algumas coisas"
Walter Munhoz. vice financeiro do Palmeiras
A Fiat pagou R$ 26 milhões em um contrato de 18 meses. Agora, o Verdão quer pelo menos R$ 30 milhões e um vínculo de duração semelhante (ou mais curta). Isso porque o centenário palmeirense é em 2014, e o clube quer acertar com um parceiro mais poderoso por conta do ano comemorativo.
Os motivos da saída da montadora italiana ainda não são esclarecidos pela diretoria. Tirone alega que a crise europeia e ordens vindas da Itália fizeram a Fiat anunciar o fim da parceria. O vice-presidente financeiro Walter Munhoz acredita nessa tese, mas também fala em problemas internos que atrapalharam a relação entre clube e patrocinador.
– A saída da Fiat foi uma pena, dizem que é por causa da crise europeia, mas também acho que ficaram melindrados com algumas coisas, houve alguns problemas. Até agora não tem nada, o marketing está cuidando disso, mas não chegou nada para mim – disse Walter Munhoz, que não quis revelar quais eram os ruídos na comunicação entre as partes.
O Palmeiras também se preocupa com outros patrocínios menores que estão prestes a vencer. A Unimed Seguros, por exemplo, estampa sua marca na parte traseira da camisa e também no uniforme do técnico Luiz Felipe Scolari. O vínculo vence em janeiro, e a diretoria admite que não deve haver renovação.
– Creio que não renovaremos. A Unimed é uma parceira, mas não sei se tem interesse em continuar – explicou Munhoz.
As outras marcas na camisa do Palmeiras são da Skill, Tim e BMG. As duas primeiras rendem, juntas, cerca de R$ 5 milhões anuais aos cofres palmeirenses. A terceira é parte de um acordo que o clube tem com o banco para abater uma dívida que bate na casa dos R$ 30 milhões.

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