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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Assunção torce por permanência de Marcos no Verdão: 'Todos respeitam'

Capitão da equipe aguarda decisão do 'Santo' sobre aposentadoria, mas espera contar com ele no Paulista. Goleiro se reapresenta em janeiro

marcos treino palmeiras (Foto: Agência Estado)Marcos ainda não sabe se para, mas vê campanha
por sua permanência (Foto: Agência Estado)
Capitão e principal voz do Palmeiras dentro de campo, o volante Marcos Assunção é um dos que mais torce pela permanência do goleiro Marcos em 2012, mesmo que por poucos meses. Aos 38 anos e com dores crônicas no joelho, o goleiro pensa seriamente na aposentadoria e vai tomar sua decisão depois da reapresentação do elenco alviverde, no dia 4 de janeiro. Mesmo que opte por seguir jogando, deve apenas fazer algumas partidas pelo Campeonato Paulista e uma festa de despedida.
Assunção quer que o “Santo” continue, não só pela qualidade técnica debaixo das traves, mas também pela rica história construída dentro do Palmeiras – o auge foi a conquista da Taça Libertadores de 1999. Para o volante, ter Marcos por perto será importante para motivar os mais jovens e fazer o Verdão ter temporada melhor do que a atual.
– A presença dele é importantíssima junto ao grupo, principalmente os mais jovens. O Marcos é um ídolo, ganhou a Libertadores pelo Palmeiras, foi campeão do mundo com a Seleção Brasileira e é uma pessoa que todos respeitam. Com ele vivendo o dia a dia do vestiário, as coisas só melhoram – reconheceu Assunção, em entrevista ao site oficial do Palmeiras.
O volante, porém, sabe das dificuldades enfrentadas por Marcos. O goleiro não entra em campo desde o dia 18 de setembro, em duelo contra o Avaí, e vem sofrendo com a falta de condições físicas para jogar. Por isso, Assunção espera que o amigo reflita bem antes de anunciar seu futuro.
– Não é uma decisão fácil, ainda mais para quem ama o que faz e que tem forte identificação com o clube. Nas conversas que eu tive com o Marcos no final do Campeonato Brasileiro, ele mesmo disse que iria tomar a decisão somente quando voltasse. Vamos esperar, mas por tudo o que ele representa, é claro que a nossa torcida é para que ele fique pelo menos mais um tempo do nosso lado – disse o volante.

Marcos se reapresenta com todo o elenco palmeirense, e na primeira semana de janeiro deve ter novas conversas com o presidente Arnaldo Tirone e o técnico Luiz Felipe Scolari. A expectativa é de que o goleiro fale sobre seu futuro logo nas primeiras semanas de 2012.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Camisa 'limpa': Palmeiras deve começar 2012 sem patrocínio master

Sem a Fiat, de saída, Verdão corre para achar novo parceiro, mas não tem sucesso. Vice revela problemas de relacionamento entre empresa e clube

Willian, Corinthians x Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli)Camisa do Palmeiras deverá começar 'limpa' em
2012: clube busca parceiro (Foto: Marcos Ribolli)
O Palmeiras deve começar 2012 com a camisa limpa, sem patrocínio master. A confirmação da saída da Fiat apressou o departamento de marketing do clube na busca por um novo parceiro. No entanto, a diretoria já admite que será difícil fechar com um patrocinador até o fim desta temporada – o contrato com a montadora italiana termina em 31 de dezembro. Outras montadoras, como a chinesa Jac Motors e a coreana Hyundai, estavam cotadas, mas nenhuma negociação avançou.
A demora irrita o presidente Arnaldo Tirone, que prometeu reforços de peso para o técnico Luiz Felipe Scolari em 2012. Sem o dinheiro do patrocínio, porém, aumenta a dificuldade na busca por nomes mais consagrados, perfil pedido pelo comandante.
Vale lembrar que o departamento de marketing sofreu reformulação recente, e Tirone não descarta contratar outros profissionais para o setor. Diretor de marketing, Rubens Reis mostra cautela ao falar sobre o novo patrocínio.
– Estamos resolvendo isso, quando tiver algo concreto eu vou falar. Pouca coisa mudou desde a semana passada, está tudo meio estagnado. Mas vamos fechar por um valor que o Palmeiras merece, não importa se agora ou no ano que vem – afirmou Rubens Reis.
A saída da Fiat foi uma pena, mas acho que ficaram melindrados com algumas coisas"
Walter Munhoz. vice financeiro do Palmeiras
A Fiat pagou R$ 26 milhões em um contrato de 18 meses. Agora, o Verdão quer pelo menos R$ 30 milhões e um vínculo de duração semelhante (ou mais curta). Isso porque o centenário palmeirense é em 2014, e o clube quer acertar com um parceiro mais poderoso por conta do ano comemorativo.
Os motivos da saída da montadora italiana ainda não são esclarecidos pela diretoria. Tirone alega que a crise europeia e ordens vindas da Itália fizeram a Fiat anunciar o fim da parceria. O vice-presidente financeiro Walter Munhoz acredita nessa tese, mas também fala em problemas internos que atrapalharam a relação entre clube e patrocinador.
– A saída da Fiat foi uma pena, dizem que é por causa da crise europeia, mas também acho que ficaram melindrados com algumas coisas, houve alguns problemas. Até agora não tem nada, o marketing está cuidando disso, mas não chegou nada para mim – disse Walter Munhoz, que não quis revelar quais eram os ruídos na comunicação entre as partes.
O Palmeiras também se preocupa com outros patrocínios menores que estão prestes a vencer. A Unimed Seguros, por exemplo, estampa sua marca na parte traseira da camisa e também no uniforme do técnico Luiz Felipe Scolari. O vínculo vence em janeiro, e a diretoria admite que não deve haver renovação.
– Creio que não renovaremos. A Unimed é uma parceira, mas não sei se tem interesse em continuar – explicou Munhoz.
As outras marcas na camisa do Palmeiras são da Skill, Tim e BMG. As duas primeiras rendem, juntas, cerca de R$ 5 milhões anuais aos cofres palmeirenses. A terceira é parte de um acordo que o clube tem com o banco para abater uma dívida que bate na casa dos R$ 30 milhões.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Construtora divulga novas fotos da Arena Palestra

magens mostram as armações e os pilares do futuro estádio do Palmeiras

Arena Palestra (Foto: Divulgação)Novas imagens mostram os pilares da Arena Palestra (Foto: Divulgação)
A WTorre, construtora responsável pela obra da Arena Palestra, divulgou, nesta terça-feira, novas fotos da futura casa do Palmeiras. As fotos mostram as armações e os pilares do estádio. A expectativa da WTorre e da diretoria do Verdão é que a nova casa palmeirense seja inaugurada em abril de 2013.
Nova Arena Palmeiras (Foto: Divulgação)Vista aérea mostra armações da Arena Palestra (Foto: Divulgação)

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Patrocinador deixa Palmeiras, e clube quer anunciar substituto até janeiro

Fiat oficializa saída do clube, mas Verdão ainda não recebeu comunicado. Mesmo assim, diretoria já costura acerto por valor maior até o início de 2012


Willian, Corinthians x Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com)Clássico contra o Corinthians foi último jogo da Fiat
na camisa (Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte.com)
A marca da Fiat não será mais estampada na camisa do Palmeiras a partir de 2012. A montadora italiana de automóveis anunciou que não vai permanecer como patrocinadora máster do clube na próxima temporada. Por conta da crise financeira na Europa, a Fiat vai se afastar gradativamente do futebol, pelo menos por enquanto. O contrato de patrocínio vence em 31 de dezembro e não será renovado – a parceria de um ano e meio rendeu cerca de R$ 26 milhões aos cofres alviverdes.
Apesar da decisão, o Palmeiras ainda não recebeu um comunicado oficial sobre o fim da parceria. Mas a diretoria já sabe informalmente sobre as intenções da patrocinadora, e por isso busca alternativas. O próximo patrocinador máster também deve ser do setor automotivo: a chinesa Jac Motors e a coreana Hyundai já foram cotadas. Quem conduz o assunto é o diretor de marketing Rubens Reis, que mostra tranquilidade com o assunto.
– Não chegou nada oficial da Fiat ainda, mas já imaginamos a decisão deles. Temos alternativas – afirmou Reis.
O diretor de marketing pretende acertar um novo parceiro até o fim do ano, para que o Palmeiras inicie o Campeonato Paulista já com os novos patrocinadores. O clube espera faturar pelo menos R$ 30 milhões anuais em 2012 e 2013, e fechar um pacote mais graúdo para 2014, ano do centenário alviverde.
Os patrocínios do Banco BMG e Skill Idiomas seguem na camisa do Verdão, além da Unimed Seguros no calção.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Palmeiras inicia 2012 com amistoso ‘de gala’ contra o Ajax, da Holanda

Clube fechou jogo há algumas semanas, e diretoria já fala abertamente sobre duelo. Intenção é apresentar reforços no Pacaembu

Roberto Frizzo em visita à AACD (Foto: Marcos Guerra/Globoesporte.com)Roberto Frizzo confirmou amistoso para janeiro
(Foto: Marcos Guerra/Globoesporte.com)
O Palmeiras vai iniciar a próxima temporada com um adversário de peso, antes mesmo do começo do Campeonato Paulista. Depois do encerramento de 2011 com um empate sem gols contra o Corinthians, no Pacaembu, que valeu o título brasileiro ao rival, a diretoria do Verdão confirmou que fará um amistoso contra o Ajax, da Holanda, no próximo dia 14 de janeiro. O presidente Arnaldo Tirone já havia dado declarações sobre o assunto, reiteradas neste domingo pelo vice-presidente Roberto Frizzo.
– Teremos esse amistoso de gala, contra um grande adversário. Será interessante começar a temporada dessa forma – afirmou o dirigente.
O confronto contra os holandeses tem dois propósitos: lucrar com um jogo festivo antes da temporada oficial, e apresentar os reforços que devem ser contratados para reforçar o time de Luiz Felipe Scolari. A diretoria já tem situações encaminhadas, mas ainda não anuncia qualquer nome para não perder jogadores para outras equipes.
– É uma ideia, mas vamos trabalhar muito em dezembro e depois anunciar nomes. Não comento sobre reforços por enquanto – disse Frizzo.
A Kentaro será a responsável por organizar a partida. A empresa inglesa também é parceira da CBF e tem direitos sobre os amistosos da Seleção Brasileira. A realização da partida foi fechada após uma viagem do presidente Arnaldo Tirone à Europa, há três semanas. Na mesma viagem, Tirone começou a costurar uma parceria maior com a empresa, incluindo contratações e participação nos direitos de jovens jogadores. No entanto, ainda não há definição sobre o assunto.
O elenco do Palmeiras terá um mês de férias e se reapresenta no dia 4 de janeiro. Depois do amistoso, o Verdão tem estreia no Campeonato Paulista marcada para o dia 22 do mesmo mês, contra o Bragantino.

Confusão marca saída do Verdão do estádio; Deola é acusado de agressão

Goleiro teria agredido um torcedor na saída do estádio. Valdivia é acusado de cuspir em rivais que provocavam delegação alviverde no estacionamento

A confusão envolvendo Jorge Henrique e João Vitor que marcou o fim do clássico deste domingo entre Corinthians e Palmeiras não terminou ao apito final do árbitro Wilson Luiz Seneme. Pelos menos nos lados do Verdão, alguns incidentes na saída da delegação alviverde do estádio mancharam a última rodada do Campeonato Brasileiro.
Nos vestiários do Pacaembu, o goleiro Deola foi provocado por um torcedor do Timão e partiu para cima do rival. Um fiscal da Federação Paulista de Futebol que trabalhava nas dependências do estádio confirmou a confusão ao término da partida e disse que viu o jogador palmeirense agredindo uma pessoa. Seguranças do Verdão tiveram trabalho, mas controlaram a situação.
Briga generalizada no final do jogo entre Corinthians e Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli / globoesporte.com)Briga generalizada no final do jogo entre Corinthians e Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli / globoesporte.com)
E os problemas na saída do elenco alviverde do estádio não pararam por aí. Alguns corintianos invadiram a área destinada ao Palmeiras, no estacionamento do Pacaembu, e provocaram os rivais. Após troca de xingamentos, um atleta do Verdão teria cuspido em um rival.
Corintianos presentes no local reclamaram do incidente e acusaram Valdivia de ter aberto a janela do ônibus da delegação palmeirense para responder as provocações e cuspir nos torcedores.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Para Emerson, 'tirar' o Brasileiro do Timão seria um título para o Palmeiras

Atacante pode tornar-se o primeiro jogador tricampeão nacional consecutivo (09/10/11), por três times diferentes: Flamengo, Fluminense e Corinthians

O Campeonato Brasileiro 2011 chegou ao seu último capítulo, e apenas dois times tem a chance de soltar o grito de campeão: Corinthians ou Vasco. E, nos últimos anos, um atacante sabe muito bem o que é isso. Emerson pode tornar-se o primeiro jogador a vencer a competição nacional por três anos consecutivos, com três times diferentes: Flamengo (2009), Fluminense (2010) e, quem sabe, Timão (2011).
Mas para isso, a equipe do Parque São Jorge precisa pelo menos de um empate contra o arquirrival Palmeiras. Para o Sheik, que, suspenso, não entra em campo neste domingo, a vitória para o Verdão vale tanto quanto um título, já que o resultado pode tirar a possibilidade do Corinthians conquistar o pentacampeonato brasileiro.
O narrador e apresentador Cléber Machado entrevistou Emerson para o Esporte Espetacular. O jogador falou sobre a equipe corintiana, os títulos e o clima em 2009 e 2010, problemas com o artilherio Fred, do Fluminense, início de carreira, sonhos, apelido e se vai ficar no Corinthians em 2012.
Confira a entrevista completa com o jogador:
O Corinthians é um time muito bem montado, armado, definido, sabe o que quer. Mesmo se ele não tiver brilho coletivo e individual?
O Corinthians não é "o time", "a sensação". O Corinthians é um time limitado, mas que sabe muito bem o que quer. A gente não tem um Neymar, e conseguimos fazer o que os outros clubes não conseguem. Pegar o Ralf que marca muito bem: 'Ralf, você vai marcar. Liedson, você é o cara que vai fazer o gol'. Então eu acho que cada um dentro do Corinthians sabe muito bem o que pode fazer para a equipe e isso ajuda muito.
Mas não tem jogadores que podem decidir o jogo? Quais são, além de você?
Tem o Adriano, não tão bem como aquele Adriano que a gente conhece, que consegue decidir uma partida, como foi contra o Atlético-MG. Tem o Alex que consegue bater uma falta, como foi contra o Inter, e decidir. Tem o Liedson que é goleador e se sobrar ele vai fazer o gol. Mas a prioridade é a marcação forte, esse é o Tite falando, que lá na frente vai sair o gol. Essa é a filosofia do Corinthians.
Emerson, Liedson e Willian comemoram gol do Corinthians (Foto: Ag. Estado)Emerson, Liedson e Willian comemoram gol do Corinthians (Foto: Ag. Estado)
E a filosofia do Palmeiras?
Não deixar o Corinthians ser campeão Brasileiro. Eles não fizeram um bom ano e está aí um bom jogo que o Palmeiras pode mostrar para o torcedor palmeirense que 'opa, a gente está vivo e 2011 ainda não acabou para a gente'. Tirar um título do Corinthians é como se eles tivessem ganhando um título.
Qual o tamanho da frustração de ser suspenso e não poder jogar contra o Palmeiras?
A sensação de não poder ajudar acaba com o coração de qualquer atleta em um momento desse.
Independentemente do resultado do Brasileirão, o ano que vem é no Corinthians?
Eu quero muito, tenho mais dois anos de Corinthians. Fiz um campeonato legal e vou ter mais um título, se acontecer. Então as propostas aparecem e, inclusive, já tenho algumas. Mas a minha ideia hoje é permanecer no Corinthians.
emerson montagem flamengo fluminense corinthians (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)Flamengo em 2009; Fluminense em 2010; e agora
no Timão (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)
Você é bom de bola ou é sortudo?
Acho que sou mais sortudo do que bom de bola, né. Mas eu trabalho um pouquinho, e quem trabalha certinho alcança o sucesso.
O que um time precisa ter para ser campeão?
Ter um treinador, como nós temos, muito correto em tudo que faz. E é difícil para ele porque são jogadores de alto nível, de Seleção Brasileira, mas que não tem nenhum tipo de vaidade.
Em 2009, foi assim no Flamengo?
O Flamengo em 2009 não tinha o objetivo de ser campeão brasileiro. Acho que não era esse o pensamento. O estalo foi exatamento quando o Andrade assumiu, porque ele tinha o carinho e o respeito de todos os atletas. Então a galera abraçou com ele a ideia de brigar pelo título. Em 2009 nós jogamos pelo Andrade.
E o Fluminense em 2010?
A gente tinha um grupo competitivo, não era o melhor time do Brasil, mas com o Muricy, ele fez com que a gente acreditasse no título.
E o Fred, você teve algum problema com ele?
Em nenhum momento eu falei que existia dois grupos. Eu não falo com o Fred mais. Falava com ele na época que eu jogava lá. E no dia que houve essa confusão toda, todos os atletas foram ao meu quarto, pedindo para eu não viajar, dizendo que não jogariam, e o único que não foi foi o Fred. Eu fiquei triste porque era um cara que eu respeitava, que eu gostava e admirava como profissional - como profissional continuo admirando. Fiquei muito triste e tenho a consciência que não fiz nada.
Você é do Rio, mas começou no futebol em São Paulo. Por que o São Paulo?
Eu sou de Nova Iguaçu, que é um município do Rio de Janeiro, da Baixada Fluminense, e no bairro que eu morava eu conheci o Cláudio, que foi lateral do São Paulo e do Palmeiras. Ele era meu vizinho, eu tinha muita amizade com os irmãos dele, e ele me via jogando nos campos de várzea e me convidou para vir para o São Paulo. Eu fiz o teste com 436 crianças, com 14 anos, e só eu passei.
Vinte anos depois, o sonho se realizou? Sonho de garoto de ter uma vida mais legal e poder oferecer para sua família uma vida mais legal?
Se realizou. Eu não consigo sair daquela realidade lá de trás, lá de Nova Iguaçu. Eu não consigo esquecer Nova Iguaçu, do barraquinho onde eu morava. Eu gosto, porque eu valorizo, curto muito e faço meus filhos valorizarem tudo isso porque não veio de graça. Já levei eles lá e o Emerson não queria descer no lugar que eu morei.
Quando você veio do Qatar te chamarm de Sheik. Você gosta do apelido?
Não, eu gosto de Emerson. Recebi o apelido, carinhosamente, de um grande amigo, aqui no Brasil. Lá era brincadeira, aqui virou apelido.
O que o Emerson tem mais a conquistar?
Ser o primeiro tricampeão brasileir por três clubes diferentes, por três anos seguidos, isso é uma coisa que o garoto de Nova Iguaçu não sonhou e hoje vê que isso é real e pode acontecer. Então seria bacana para a minha carreira, ótimo contar isso para os meus filhos daqui a dez, 15 anos. Que eu sou o único ou fui o primeiro. Hoje eu só penso nisso.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Em boa fase, Valdivia diz: 'Vencer o Corinthians é questão de honra'

Mago comemora 'virada antecipada' de pior ano de sua carreira e quer brindar reviravolta com vitória sobre o Timão

Valdivia no treino do Palmeiras (Foto: Cesar Greco / Fotoarena / AE)Depois de sofrer com lesões e polêmicas, Valdivia
está em alta (Foto: Cesar Greco / Fotoarena / AE)
A temporada de Valdivia não foi das melhores. Prejudicado por lesões e envolvido em polêmicas, o Mago chegou a afirmar que este é o pior ano de sua carreira. Dois mil e onze ainda não acabou, mas o meia chileno parece já celebrar a virada. Depois de ficar fora de três jogos por conta de uma suspensão, ele voltou para a reta final de ânimo renovado e foi o pilar do Palmeiras nas vitórias sobre o Bahia e sobre o rival São Paulo. As boas atuações renderam elogios do técnico Luiz Felipe Scolari.
- Esse é o Valdivia que todos querem ver. Tomara que ele continue assim no ano que vem - disse Felipão.
O Palmeiras não tem mais nada a conquistar neste Brasileirão. O time do Palestra Itália não tem mais chances de se classificar para a Libertadores nem corre risco de rebaixamento, além de já ter garantido uma vaga na Copa Sul-Americana. No entanto, o Valdivia já traçou seu objetivo: ser o estraga-prazeres na festa dos rivais. Ele já ajudou a deixar o Tricolor em maus lençóis na disputa por uma lugar na Libertadores e, agora, quer aproveitar a boa fase para ser uma pedra no caminho do Timão, no próximo domingo, às 17h (horário de Brasília), no Pacaembu.
- Agora é questão de honra. A gente precisa ganhar do Corinthians de qualquer maneira - disse Valdivia.
Vencer o Corinthians é questão de honra"
Valdivia
O chileno ainda não balançou a rede, mas voltou a aprontar. Diante do São Paulo, Valdivia organizou o meio-campo alviverde e ainda deu um passe na medida para Fernandão, que carimbou a trave de Rogério Ceni. De tanto chamar o jogo para si, o meia foi caçado nas duas últimas partidas - sofreu 11 faltas.
A “virada de ano antecipada” do Mago tem um dedo de Felipão. Ele, junto com a comissão técnica alviverde, vem tendo um cuidado extra com a condição física do chileno. Valdivia foi poupado de dois treinos só na última semana para fazer reforço muscular.
- Agora ele não tem mais lesão e está muito bem cuidado. Aliás, deixamos de trabalhar alguns dias da semana para que ele chegasse nessa condição - disse Felipão.

Sem polemizar, treinador do Verdão levanta bandeira branca para rival

Felipão não guarda nenhuma mágoa de Tite e não vê problema em cumprimentá-lo no clássico do próximo domingo, no Pacaembu

Montagem Felipão e Tite, Palmeiras x Corinthians (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com) Felipão e Tite têm uma rixa que vem desde o
Paulista (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)
Desde o Campeonato Paulista deste ano a relação entre Felipão e Tite foi rompida. Na ocasião, o técnico do Corinthians ficou irritado com as reclamações do palmeirense e, de sua área técnica, gesticulou contra o rival. Depois desse episódio, os dois nunca mais se falaram. No próximo domingo, eles voltarão a se encontrar em outro momento decisivo da temporada, já que Corinthians e Palmeiras se enfrentam na última rodada do Brasileiro em partida que pode dar ao Timão o título da competição. Sem demonstrar qualquer tipo de mágoa, Felipão não vê problema em cumprimentar o adversário, mas à sua maneira.
– Posso cumprimentá-lo à medida que aconteça uma situação normal. Por que eu tenho de me dirigir a ele e ele tem de se dirigir a mim? A minha amizade com ele permanece a mesma, independentemente do que ele pensa – disse Felipão.
Discípulo de Felipão, Tite seguiu os passos do comandante alviverde no início de carreira e sempre procurou orientações no antigo tutor. Porém, polêmicas entre os dois nas últimas temporadas colocaram fim a um relacionamento amistoso.
No futebol, os dois têm trajetórias parecidas. São gaúchos, passaram por equipes pequenas no Rio Grande do Sul e se projetaram no futebol nacional depois de conquistarem títulos pelo Grêmio. Porém, a coleção de títulos do treinador do Palmeiras é superior à do técnico corintiano.
Enquanto Tite luta para conquistar seu primeiro Campeonato Brasileiro, Felipão tem um título nacional (com o Grêmio, em 1996), duas Taças Libertadores da América (com o Grêmio, em 1995, e com o Palmeiras, em 1999) e o mais importante de todos: o pentacampeonato mundial com a Seleção Brasileira, na Copa do Mundo do Japão e Coreia do Sul, em 2002.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Pela internet, corintianos esgotam ingressos do clássico contra Verdão

Timão informa que alguns dos 34 mil bilhetes ainda poderão retornar ao sistema caso torcedores não confirmem a compra nas próximas horas

torcida corinthians pacaembu (Foto: Marcos Ribolli/ GLOBOESPORTE.COM)Torcida do Timão vai lotar o Pacaembu na última
rodada (Foto: Marcos Ribolli/ GLOBOESPORTE.COM)
Não há mais ingressos para o clássico entre Corinthians e Palmeiras, dia 4 de dezembro, às 17h (de Brasília), no Pacaembu, pela última rodada do Campeonato Brasileiro. A comercialização das 34 mil entradas foi realizada apenas pela internet.

Os membros do plano Fiel Torcedor adquiriram 27 mil bilhetes antecipadamente, restando apenas sete mil, que foram colocados à disposição, também pela rede de computadores, a partir de 0h desta quarta-feira (o Palmeiras tem direito a dois mil). Eles acabaram por volta das 9h.

O Corinthians informa que alguns bilhetes ainda poderão retornar ao sistema, já que os torcedores precisarão confirmar a compra nas próximas horas. Quem não fizer isso, perderá o ingresso, que voltará a ficar disponível a outros interessados.
O clássico poderá ser de festa para os corintianos. O Timão será campeão brasileiro com uma rodada de antecedência se vencer o Figueirense, neste domingo, às 17h, em Florianópolis, e o Vasco tropeçar diante do Fluminense, no mesmo horário, no Engenhão.

domingo, 20 de novembro de 2011

Bahia e Palmeiras duelam em Pituaçu para exorcizar chances de degola

As duas equipes precisam do triunfo para garantir a permanência na Série A. Confronto será realizado às 19h (horário de Brasília), em Pituaçu

Próximos na tabela, Bahia e Palmeiras duelam neste domingo, às 19h (horário de Brasília), no estádio de Pituaçu, dispostos a colocar um ponto final em qualquer possibilidade de rebaixamento. De quebra, o vencedor do confronto fica mais perto de uma vaga na Copa Sul-Americana de 2012.
Com 43 pontos, o Verdão só precisa de mais um para se livrar de vez do risco de degola. Os empates contra Grêmio e Vasco, porém, já trouxeram a sensação de alívio ao time, que começa a planejar um 2012 mais “gordo” para Felipão, com reforços conhecidos e um time mais competitivo.
Já o Bahia de Joel Santana, que precisa de mais dois pontos, quer a vitória de qualquer maneira para chegar nas duas rodadas finais pensando apenas na vaga na Copa Sul-Americana - o que, no Tricolor, é encarado como uma grande conquista. Desde 1989, quando foi eliminado da Taça Libertadores da América nas quartas de final pelo Inter, o Bahia não sabe o que é disputar um torneio continental.
O Palmeiras não vence uma partida pela Série A desde a 24ª rodada, no dia 22 de setembro. Já o Bahia, antes de ser derrotado para o Internacional, no meio de semana, havia conquistado dois importantes triunfos contra São Paulo e Atletico-GO.
Além das atrações dentro de campo, a partida marcará o encontro de dois dos maiores treinadores do futebol brasileiro, e com passagens pelo futebol internacional: Joel Santana e Luiz Felipe Scolari. Amigos de loga data, Joel e Felipão já protagonizaram bonitas cenas fora das quatro linhas. Um destes episódios aconteceu no ano passado, na partida entre Botafogo e Palmeiras, no Pacaembu: o treinador do Bahia, que comandava a equipe carioca, recebeu Felipão com beijos no rosto. Outro atrativo deve ser a torcida: mais de 23 mil ingressos foram vendidos de forma antecipada, e a expectativa é que o estádio de Pituaçu receba um grande público.
O GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os lances da partida em Tempo Real, com vídeos exclusivos.


header as escalações 2
Bahia: Joel Santana tem problemas nas duas laterais e no meio-campo. Sem o lateral-direito Marcos e o volante Fabinho, suspensos pelo terceiro cartão amarelo, mais o lateral-esquerdo Dodô, que está fora do campeonato devido a uma grave lesão no joelho, 'Papai' Joel ainda não sabe que tive vai mandar a campo. A expectativa é de que o treinador escale o jovem atacante Gabriel na lateral direita, o volante Helder na esquerda e Marcone no meio. No entanto, existem outras possibilidades. Joel pode escalar o time com três zagueiros, e manter Danny Morais na equipe, ao lado de Titi e Paulo Miranda, que retornam de suspensão, ou colocar o time mais ofensivo, mantendo Júnior ao lado de Souza, que também retorna de suspensão.
Palmeiras: com o retorno de Valdívia, o Palmeiras volta a ter um meia clássico de armação. Assim, Luan permanece no ataque ao lado de Ricardo Bueno. Depois de um campeonato cheio de mudanças, Felipão quer alterar o mínimo possível o time, que entra em campo com Deola; Cicinho, Leandro Amaro, Thiago Heleno e Gerley; Márcio Araújo, Marcos Assunção, Patrik e Valdivia; Luan e Ricardo Bueno.

quem esta fora (Foto: arte esporte)
Bahia: Marcos e Fabinho, suspensos pelo terceiro cartão amarelo; Dodô, com uma lesão no joelho; Ávine, em recondicionamento fisíco.
Palmeiras: Maurício Ramos e Maikon Leite, recuperando-se de lesões musculares, e o goleiro Marcos, que treina com o elenco mas não reúne condições físicas ideais para jogar.
header pendurados (Foto: ArteEsporte)
Bahia: Ávine, Diones, Maranhão, Souza, Ricardinho, Tiago e Maranhão.
Palmeiras: Henrique, Márcio Araújo, Pedro Carmona, Thiago Heleno e Valdivia.
header o árbitro (Foto: ArteEsporte)
Cláudio Francisco Lima e Silva (SE) apita a partida, auxiliado por Dibert Pedrosa Moisés (Fifa/RJ) e Cleriston Clay Barreto Rios (SE). Este será o primeiro jogo que Cláudio Francisco participará pela Série A deste ano.

header fique de olho 2
Bahia:
o atacante Souza está de volta ao time depois de cumprir suspensão. Artilheiro do time com dez gols, Souza vive o seu melhor momento no Tricolor desde sua contratação pelo clube. Após a chegada de Joel Santana, o jogador voltou a ser titular absoluto e é a grande esperança de vitórias para a torcida do Bahia.
Palmeiras: de volta após três jogos de suspensão, Valdivia quer um fim de temporada satisfatório para entrar mais tranquilo nas férias e começar 2012 com outro espírito. Livre das lesões há alguns meses, o Mago precisa agora de uma sequência para voltar a mostrar o bom futebol que o fez ser respeitado no clube.header o que eles disseram

Joel Santana, técnico do Bahia:Vamos passar dificuldades, mas vamos jogar o jogo do ano. Eu olhei para eles e disse: 'Esse é o jogo do povo. O jogo de uma torcida'. Temos que resolver esse problema e quem resolve é jogador”.
Luiz Felipe Scolari, técnico do Palmeiras :Nossa equipe está frustrada com essa temporada ruim, mas já fizemos dois bons jogos e vamos terminar bem. Tudo o que fizemos em 2011 serve para mostrar que tem coisa errada precisando melhorar”.
header números e curiosidades

* Quem tem vantagem? Confira o histórico do confronto na Futpédia
* O Bahia não vence o Palmeiras em Salvador 1988, quando derrotou o time paulista por 1 a 0 com gol de Pereira.
* Essa será a primeira vez que as duas equipes vão se enfrentar no estádio de Pituaçu. Todos os 14 confrontos em Salvador foram realizados na Fonte Nova.
* A última vez que as duas equipes entraram em campo na capital baiana foi pelo Brasileiro de 2000. Na Fonte Nova, o Palmeiras venceu por 2 a 1, gols de Juninho e Tuta. Jorge Wagner marcou para o time baiano.

Sem Marcos há 11 jogos, Verdão se prepara para aposentadoria de ídolo

Com dores crônicas, goleiro tem retorno considerado muito difícil e pode até não jogar mais. Felipão e diretoria o querem contribuindo fora de campo


A aposentadoria de Marcos já era esperada para o fim desta temporada, mas ela se torna mais próxima a cada jogo em que as dores superam as vontades do goleiro de estar em campo ajudando o Palmeiras. Tem sido assim há 11 rodadas, desde o último jogo do “Santo” na meta alviverde, contra o Avaí, em 18 de setembro. A três jogos do fim do Campeonato Brasileiro, Marcos continua sentindo dores e não deve mais entrar em campo em 2011. Nem em 2012. No clube, diretoria e comissão técnica já preparam a despedida do goleiro dos gramados.
O contrato de Marcos vence em 31 de dezembro e não deve ser renovado. Ao menos com ele dentro de campo. O presidente Arnaldo Tirone e o técnico Luiz Felipe Scolari estudam uma forma de manter o “Santo” no clube, mesmo que ele não possa mais contribuir com suas defesas. Conversas quase diárias com o preparador de goleiros Carlos Pracidelli fazem Felipão ter a certeza de que dificilmente Marcos voltará a jogar profissionalmente.
marcos treino palmeiras (Foto: Agência Estado)O goleiro Marcos, durante treino do Palmeiras na Academia de Futebol (Foto: Agência Estado)
– Não tem previsão de volta, é o Marcos quem vai me dizer. Sempre que eu faço convocação para os jogos, peço primeiro a opinião do Pracidelli, aí vejo a reação do Marcos no trabalho e converso com ele. Se um dia da semana que vem ele disser que pode jogar, ele volta. Mas acho difícil – afirmou Felipão, com semblante desanimado.
– Jogar no ano que vem também é muito difícil. Se ele não consegue jogar agora, para o ano que vem é quase impossível. Como pessoa, membro de uma equipe, imagem de nossa equipe, deve continuar – completou o técnico.
A aposentadoria do goleiro faz Felipão dar confiança aos sucessores de Marcos no elenco. Deola vai iniciar a temporada 2012 como titular e já ganha atenção especial do técnico e de Carlos Pracidelli. Tratado como um dos pilares da equipe, Deola tem moral com o técnico e a diretoria, e é tido como exemplo oposto ao atacante Kleber, que deixou o clube após briga com Luiz Felipe Scolari.
Os outros goleiros do elenco, Fábio e Raphael, são vistos como opções para o futuro. Os dois são crias da casa e já foram muito elogiados por Luiz Felipe Scolari. Com a iminência do adeus de Marcos, a dupla pode sonhar com mais espaço nos próximos campeonatos.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Entrega? Palmeiras busca empate com o Vasco e ajuda rival Corinthians

Precisando de pontos para fugir da degola, Verdão busca o 1 a 1 e fica praticamente livre. Cariocas veem Timão abrir dois pontos na liderança

Por Diego Ribeiro e Leandro Canônico São Paulo
O atual Palmeiras pode não ser um primor de técnica ou jogo bonito, mas dignidade não falta aos comandados de Luiz Felipe Scolari. Nesta quarta-feira, ainda precisando de pontos para fugir do rebaixamento, o Verdão somou mais um e ajudou o rival Corinthians ao empatar por 1 a 1 com o Vasco, no Pacaembu. Muito abaixo da média, o time carioca até saiu na frente, com Dedé, mas não segurou a pressão alviverde no segundo tempo e deixou o Timão abrir dois pontos de vantagem na ponta do Campeonato Brasileiro.
Nos primeiros dez minutos, a equipe de Cristóvão Borges manteve o nível das atuações anteriores e encurralou os donos da casa. Depois, porém, se perdeu e chegou a lembrar o Palmeiras de seus piores dias da temporada. O empate leva o Vasco aos 62 pontos, ainda na vice-liderança, mas vendo o Corinthians com 64 após bater o Ceará por 1 a 0, em Fortaleza.
Jogando sua vida para evitar o risco de rebaixamento, o Palmeiras chega aos 43, ultrapassa Bahia e Atlético-GO, e mantém uma distância de seis pontos para a zona da degola, a três rodadas do fim do Brasileirão. Dentro de suas limitações, o Verdão atuou bem pelo segundo jogo seguido. No entanto, já são dez jogos sem vitórias.
Na próxima rodada, o Vasco terá a chance de assumir a liderança de maneira provisória: recebe o Avaí em São Januário, às 19h de sábado. No dia seguinte, o Palmeiras visita o Bahia em Pituaçu, às 19h.
Iluminado, de novo...
Não deu tempo nem de os palmeirenses se ajeitarem na gelada arquibancada do Pacaembu. O Vasco mostrou que queria logo resolver a partida e encurralou o time da casa em seu campo de defesa, adiantando a marcação e apostando na fase iluminada daquele que é, hoje, o melhor jogador da equipe. Logo aos três minutos, foi o zagueiro Dedé quem subiu sozinho na pequena área, contou com uma saída errada de Deola e aproveitou sem problemas o escanteio cobrado por Felipe: 1 a 0 rápido, eficiente e preciso - no melhor estilo Dedé. Quarto gol nos últimos três jogos.
Com a vida resolvida lá na frente, Dedé voltou à sua função inicial e não perdeu uma bola aérea sequer, justamente na principal arma do Palmeiras. Marcos Assunção, sempre de falta, exigiu duas belas defesas de Fernando Prass. Com a bola no chão, tem faltado inspiração, mas ao menos se manteve a disposição do empate por 2 a 2 com o Grêmio - foi o suficiente para uma pequena pressão sobre o rival.
O problema é que o domínio aéreo de Dedé forçou o Verdão a jogar com tabelas e jogadas rápidas de seus atacantes. Isso, o time de Luiz Felipe Scolari não tem. Para variar, o Palmeiras martelou demais e não conseguiu nada. E para variar novamente, o Vasco apostou na rapidez de seus jogadores ofensivos e quase marcou o segundo. Diego Souza, pelo lado esquerdo, puxou pelo menos duas situações de perigo à defesa alviverde. Deola precisou intervir.
Na arquibancada, a torcida vascaína se inflamou a cada toque na bola de Dedé. A torcida palmeirense, em maior número, limitou-se a reclamar de cada erro bobo de passe no meio-campo, ainda assim sem muito entusiasmo. O público presente no Pacaembu representou bem o atual estado de espírito de cada equipe.
Cicinho e Felipe, Palmeiras x Vasco (Foto: Sergio Neves/Agência Estado)O palmeirense Cicinho e o vascaíno Felipe disputam lance (Foto: Sergio Neves/Agência Estado)
Entrega? Só no bom sentido
Meio desligado, o Vasco deu campo para o rival no início da segunda etapa. E o Palmeiras avançava, aos trancos e barrancos, e levava mais perigo a Fernando Prass. Felipão percebeu o bom momento e resolveu inovar nas alterações, algo que não fazia há algum tempo: lançou os esquecidos Pedro Carmona e Dinei, que deram nova dinâmica ao ataque palmeirense.
Logo no primeiro lance com os dois em campo, saiu o empate que já era justo. Aos 18, após cobrança de escanteio de Assunção e confusão na área, Dinei atrapalhou Prass e a bola sobrou limpa para Luan, ilha de lucidez no ataque alviverde. De frente para o gol, o atacante teve tranquilidade para dar um leve toque para o fundo da rede: 1 a 1.
Aí a equipe da casa finalmente cresceu e provou que ainda tem valor. A torcida vascaína, já mais apreensiva, clamava pela entrada de Elton - o time passou quase 70 minutos sem centroavante de referência na área. Cristóvão Borges atendeu ao pedido, e o Vasco tentou se reorganizar, até o placar eletrônico entrar em ação: em Fortaleza, Ceará 0 x 1 Corinthians. Pressão extra para os cariocas, que gritaram da arquibancada: “Entrega, entrega”. O Palmeiras se entregou, no sentido positivo, correndo ainda mais e buscando o gol da virada.
Os papéis se inverteram. O Palmeiras mostrou a organização que foi marca do Vasco no campeonato inteiro, enquanto o time cruz-maltino, ao contrário, apresentou um desespero típico do Verdão em seus dias mais difíceis da temporada. Felipe perdeu chance incrível dentro da área, Dedé levou mais perigo na bola aérea, e Bernardo, que entrou na vaga de Éder Luis, pouco fez. O empate prevaleceu, com mais um passo alviverde rumo à salvação e uma ajuda involuntária ao rival histórico.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Felipão vê Palmeiras inseguro com série negativa no Brasileirão

Técnico admite que jogadores estão ansiosos por não conseguirem vencer há oito jogos no campeonato. Próximo desafio é contra o Grêmio, no Sul

felipão palmeiras palmeiras (Foto: Mauro Pimentel / Agência Estado)Felipão admite que os atletas do Palmeiras estão
ansiosos (Foto: Mauro Pimentel / Agência Estado)
O técnico Luiz Felipe Scolari reconhece que a série negativa do Palmeiras tem deixado os jogadores inseguros. Há oito jogos sem vitória, o time ocupa a 13ª colocação, com 41 pontos – sete a mais que o Cruzeiro, primeiro time na linha de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.
– Nós todos temos ansiedade pela dificuldade de conseguirmos resultados. Temos conversado e notamos que eles estão preocupados com o mau momento, apesar de se esforçarem para superar – avaliou o treinador palmeirense.
A última vitória do Alviverde no campeonato foi em setembro - 1 a 0 sobre o Ceará, no Canindé. Depois disso, o time perdeu cinco jogos e empatou três, despencando na tabela de classificação.
– Notamos que alguns jogadores estão tendo dificuldades, pois nunca viveram isso e a cobrança tem de ser diferente. Se aparecesse um ou dois resultados, tudo modificaria. Mas como não aparece, aumentam as dificuldades, o gol parece pequeno e tudo dá errado. Um balão vira um contra-ataque. Agora é sair deste ambiente com um resultado para dar uma melhorada na equipe.
O Palmeiras volta a jogar pelo Brasileiro neste domingo, contra o Grêmio, no Olímpico. Para a partida, Felipão não poderá contar com Rivaldo, Valdivia, Chico, João Vitor e Maurício Ramos, todos suspensos.
 

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

‘Loucademia’ de Futebol: erros que derrubaram o Verdão no Brasileirão

Briga por contratações duvidosas, problemas no time e dirigentes batendo cabeça: em campo: Palmeiras sente desorganização e já teme rebaixamento

Felipão na partida do Palmeiras (Foto: Cesar Greco / Ag. Estado)Felipão grita à beira do gramado: dificuldades para
arrumar o time (Foto: Cesar Greco / Ag. Estado)
O Palmeiras do segundo semestre de 2011 prima pela falta de sintonia entre seus principais nomes. Uma série de erros de planejamento dentro e fora de campo culminou na fraca campanha da equipe no segundo turno do Campeonato Brasileiro. Com 41 pontos, a sete da zona de rebaixamento, o Verdão paga pelos equívocos, picuinhas e contratações que não deram certo. A cinco jogos do fim do Brasileirão, a intenção é se livrar logo do risco de degola e planejar a próxima temporada para evitar a repetição dos problemas.
De longe, a diretoria tenta buscar alternativas para melhorar o ambiente. Todos os problemas estouraram justamente após o início do segundo turno. Em 14 jogos, o Verdão só venceu um, contra o Ceará, no Canindé.
Briga por jogadores de “baixo escalão”
O técnico Luiz Felipe Scolari brigou com a diretoria para ter jogadores que hoje, curiosamente, não aproveita. O principal caso é o do meia Pedro Carmona, que chegou a abandonar a concentração do Criciúma para acertar sua transferência para o Verdão – ele estava emprestado ao clube catarinense e pertencia ao São José-RS. Depois que chegou ao Palestra, porém, fez apenas dois jogos e hoje sequer é relacionado.
Outro caso é o do lateral-esquerdo Gerley, que custou R$ 1,3 milhão aos cofres do Palmeiras. Observado e aprovado pelo supervisor de futebol Galeano, o jogador denotou um grande esforço da diretoria para contratá-lo. Com o aval de Galeano, seu homem de confiança, Felipão deu chances ao lateral, mas o colocou na geladeira depois de uma expulsão contra o Avaí.
A posição de centroavante também já deu dor de cabeça no Palmeiras. Desde o início do ano, Felipão pedia um autêntico camisa 9 para ficar fixo na área, e a diretoria atendeu com Wellington Paulista, ex-Cruzeiro. Nas poucas oportunidades que teve, porém, foi escalado para jogar pelas pontas, função que tem dificuldades de exercer. Sentindo-se “queimado” pelo técnico, o centroavante pediu para sair e acabou retornando ao Cruzeiro. Hoje, Fernandão e Ricardo Bueno tentam exercer essa função – ambos foram indicados pelo treinador, que inclusive brigou com a diretoria para trazer Bueno.
Caso Kleber une, mas também racha
Em um primeiro momento, o afastamento do atacante Kleber deixou o elenco mais unido e fechado, o que resultou no empate por 1 a 1 com o Flamengo, um dia depois da briga do jogador com Felipão. Ao mesmo tempo, porém, o técnico perdeu o comando do time e não conseguiu mais retomá-lo. Com exceção de jogadores mais próximos, como Luan e Marcos Assunção, Luiz Felipe Scolari não tem mais a simpatia geral do elenco, principalmente dos mais jovens.
O “racha” entre técnico e elenco se acentuou em uma reunião fechada dos jogadores com o gerente de futebol César Sampaio. Alguns questionaram os métodos de Felipão e reclamaram do fato de o comandante expor demais seus jogadores após resultados negativos – mesma reclamação feita por Kleber no ato de seu afastamento.
Rivalidade dentro da cúpula do clube
A contratação do gerente de futebol César Sampaio serve para tentar organizar o clube, mas o novo funcionário do Palmeiras precisa fazer sua atuação não coincidir com a do supervisor de futebol Galeano e do gerente administrativo Sergio do Prado. César, aliás, vem para ser conciliador entre os dois lados – Galeano é próximo de Felipão, e Sergio tem apoio do vice-presidente Roberto Frizzo.
Técnico e dirigente não se bicam há algum tempo, mas a negociação de Kleber com o Grêmio serve para promover uma reaproximação. No elenco, os desentendimentos entre direção e comissão técnica são vistos como perigosos, já que os jogadores se sentem “desamparados” pelos dois lados.
Falta de padrão de jogo
Ainda unanimidade para a torcida, Felipão tem insistido em jogadores que colecionam atuações abaixo da média, casos de Rivaldo, Tinga e Ricardo Bueno. Parte dos palmeirenses já começa a perder a paciência com o técnico, que não consegue armar uma equipe competitiva nessa reta final de Brasileirão. Com poucos recursos, o técnico costuma escalar uma linha de três meias – Luan pela esquerda, Valdivia ou Tinga pelo meio, e Maikon Leite pela direita. No comando do ataque, Ricardo Bueno ou Fernandão. O esquema engessado é facilmente neutralizado pelos adversários.
Quando tentou inovar, o técnico também não obteve sucesso. Contra o Santos, na Vila Belmiro, escalou três zagueiros altos (Maurício Ramos, Henrique e Thiago Heleno) e mesmo assim perdeu com um gol de cabeça de Borges, bem mais baixo do que o trio. Diante do Coritiba, em Barueri, a escolha foi por três volantes: Chico, Marcos Assunção e João Vitor não conseguiram conter o rápido ataque da equipe paranaense. O próprio Felipão admitiu que falta padrão de jogo ao Palmeiras, que não conseguiu repetir a escalação por dois jogos consecutivos em 33 rodadas de Brasileirão.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Técnico diz que Palmeiras precisa de uma vitória para se livrar do risco de degola. Papo já faz parte do cotidiano há quatro jogos – com quatro derrotas Por Diego Ribeiro São Paulo Felipão durante coletiva do Palmeiras (Foto: Ayrton Vignola / Agência Estado)Felipão admite que situação é complicada (Foto: Ayrton Vignola / Agência Estado) O Palmeiras sabe que os 41 pontos somados na tabela do Campeonato Brasileiro são insuficientes para o time respirar aliviado com a fuga do rebaixamento. O técnico Luiz Felipe Scolari já definiu, há quatro rodadas, que 44 é o número ideal para o time se livrar de vez do perigo, mas está difícil chegar nessa marca. Desde que tirou essa conclusão, Felipão viu o Verdão perder os quatro jogos que disputou. Por isso, a preocupação aumenta a cada novo revés – o último foi contra o Coritiba, neste domingo, por 2 a 0. Na parte de baixo, os rivais vão subindo aos poucos. No fim de semana, Ceará, Atlético-PR, Bahia e Atlético-MG venceram seus jogos e se aproximaram do Palmeiras. Sem jogar bem no segundo turno do Brasileirão, a situação do Verdão é mais preocupante pelo futebol jogado do que propriamente pela pontuação. Por isso, Luiz Felipe Scolari espera que os três pontos necessários sejam conquistados rapidamente, de preferência já no próximo domingo, contra o Grêmio, no Olímpico. – Nós estamos jogando a vida há três, quatro, cinco jogos... Tento mostrar isso em todos os jogos, e na palestra digo que nossa vida, hoje, são três pontos. Estamos mostrando isso há alguns jogos, que nossa vida é salva com três pontos. Mas não estamos fazendo nada para que dê certo – afirmou Felipão. A preocupação que vem do campo se transfere para a torcida, que começa a fazer contas e analisar os últimos jogos do campeonato. Após a derrota para o Coxa, elenco e comissão técnica voltaram a falar em “vergonha” pelas más atuações. – É legal que o jogador sinta que é um momento horrível do nosso time. Só temos de fazer o trabalho de casa, que é somar os três pontos rapidamente – avisou o técnico. No segundo turno, o Palmeiras conquistou apenas nove pontos em 14 jogos e tem a segunda pior campanha dessa parte do Brasileirão, acima do Cruzeiro. O momento é de queda, e por isso a preocupação é válida. Até o fim da competição, o time pega, além do Grêmio, Vasco, Bahia, São Paulo e Corinthians.

Técnico diz que Palmeiras precisa de uma vitória para se livrar do risco de degola. Papo já faz parte do cotidiano há quatro jogos – com quatro derrotas

Felipão durante coletiva do Palmeiras (Foto: Ayrton Vignola / Agência Estado)Felipão admite que situação é complicada
(Foto: Ayrton Vignola / Agência Estado)
O Palmeiras sabe que os 41 pontos somados na tabela do Campeonato Brasileiro são insuficientes para o time respirar aliviado com a fuga do rebaixamento. O técnico Luiz Felipe Scolari já definiu, há quatro rodadas, que 44 é o número ideal para o time se livrar de vez do perigo, mas está difícil chegar nessa marca. Desde que tirou essa conclusão, Felipão viu o Verdão perder os quatro jogos que disputou. Por isso, a preocupação aumenta a cada novo revés – o último foi contra o Coritiba, neste domingo, por 2 a 0.
Na parte de baixo, os rivais vão subindo aos poucos. No fim de semana, Ceará, Atlético-PR, Bahia e Atlético-MG venceram seus jogos e se aproximaram do Palmeiras. Sem jogar bem no segundo turno do Brasileirão, a situação do Verdão é mais preocupante pelo futebol jogado do que propriamente pela pontuação. Por isso, Luiz Felipe Scolari espera que os três pontos necessários sejam conquistados rapidamente, de preferência já no próximo domingo, contra o Grêmio, no Olímpico.
– Nós estamos jogando a vida há três, quatro, cinco jogos... Tento mostrar isso em todos os jogos, e na palestra digo que nossa vida, hoje, são três pontos. Estamos mostrando isso há alguns jogos, que nossa vida é salva com três pontos. Mas não estamos fazendo nada para que dê certo – afirmou Felipão.
A preocupação que vem do campo se transfere para a torcida, que começa a fazer contas e analisar os últimos jogos do campeonato. Após a derrota para o Coxa, elenco e comissão técnica voltaram a falar em “vergonha” pelas más atuações.
– É legal que o jogador sinta que é um momento horrível do nosso time. Só temos de fazer o trabalho de casa, que é somar os três pontos rapidamente – avisou o técnico.
No segundo turno, o Palmeiras conquistou apenas nove pontos em 14 jogos e tem a segunda pior campanha dessa parte do Brasileirão, acima do Cruzeiro. O momento é de queda, e por isso a preocupação é válida. Até o fim da competição, o time pega, além do Grêmio, Vasco, Bahia, São Paulo e Corinthians.

Derrota para o Coxa deixa Felipão sem justificativas: ‘Tudo dá errado’

Técnico repete explicações de tropeços anteriores e admite que ansiedade tem atrapalhado. Atacantes perderam gols e time sofreu contra-ataques

O técnico Luiz Felipe Scolari não sabe mais como explicar as seguidas derrotas do Palmeiras no Campeonato Brasileiro. Por isso, as entrevistas depois dos jogos ficaram até repetitivas por conta das tentativas de justificar mais um resultado negativo na competição. A derrota por 2 a 0 para o Coritiba, neste domingo, na Arena Barueri (veja os melhores momentos do jogo no vídeo ao lado), não fugiu à regra. Sem saber o que dizer depois de mais uma atuação ruim da equipe, o técnico foi breve ao analisar o resultado.
– Na soma geral o Coritiba foi melhor e mereceu nos vencer – resumiu.
Os dois gols do Coxa saíram em contra-ataques produzidos pelo Palmeiras após erros bobos no setor ofensivo. Bastante irritado na beira do gramado, Felipão reconheceu que os pequenos deslizes têm custado caro ao time, que se perde em campo após sofrer gols.
– Tem de continuar trabalhando como temos feito, nada vai fazer com que mude, a não ser a sequência do trabalho. Nesse momento estamos em uma situação em que tudo dá errado, por isso temos de ter mais cuidado em determinados lances e pronto. É seguir em frente – afirmou.
O técnico também reconheceu que o Palmeiras é um time sem padrão de jogo. Os desfalques corriqueiros contribuíram, já que Felipão jamais conseguiu repetir a escalação por dois jogos seguidos em 33 rodadas de Brasileirão. Neste domingo, faltou criatividade em todos os setores, principalmente no meio-campo – sem Valdivia, foi Tinga quem teve de armar as jogadas, sem sucesso.
– Se eu dissesse que tem um padrão de jogo, teria de ter resultados melhores. O padrão está totalmente errado, de alguma forma tudo o que se planeja não tem dado certo. Mas falta padrão de jogo – disse Felipão.
Com 41 pontos e risco (pequeno) de rebaixamento, o Palmeiras volta a campo no próximo domingo para enfrentar o Grêmio, às 17h (de Brasília), no Olímpico.
Felipão Scolari Palmeiras (Foto: Ag. Estado)Felipão se desespera com erros do Palmeiras contra o Coritiba em Barueri (Foto: Ag. Estado)

Após nova derrota, Deola é o único a descartar rebaixamento no Verdão

Jogadores saem de Barueri dizendo que situação é preocupante no Brasileirão. Mas goleiro discorda e passa mensagem positiva à torcida

Sem poder de reação, o Palmeiras perdeu seu quarto jogo seguido no Brasileiro e mostra cada vez mais preocupação com a parte de baixo da tabela. A derrota por 2 a 0 para o Coritiba, neste domingo, na Arena Barueri, manteve a equipe com 41 pontos, agora a sete de Cruzeiro e Atlético-PR, que abrem a zona de rebaixamento. O desânimo no elenco foi quase geral após o novo tropeço – entre lamentações, apenas o goleiro Deola tentou passar uma mensagem positiva.
– Não temos de pensar em rebaixamento, temos é de pensar em jogar e conseguir as vitórias – avisou o goleiro.
– O Palmeiras é time grande e não pode estar passando por isso. Eu quero dar a volta por cima, quero vencer e terminar bem o ano. É o mínimo que podemos fazer – completou.
Deola foi a voz contrária à da maioria do elenco. Preocupados, muitos jogadores nem quiseram falar na saída do gramado após a derrota para o Coxa. Até o capitão Marcos Assunção foi breve ao falar sobre a situação do time.
– Temos de ter vergonha na cara, só isso – resumiu.
O volante Márcio Araújo alertou para a sequência negativa do Palmeiras no Brasileirão. São quatro derrotas seguidas e apenas uma vitória no segundo turno da competição – contra o Ceará, no Canindé.
– Estamos há várias rodadas só perdendo, então é hora de reorganizar tudo. Sabemos que a situação é difícil e precisamos tentar reverter – afirmou Araújo.
O Verdão volta a campo no próximo domingo, contra o Grêmio, às 17h (de Brasília), no Olímpico. O Palmeiras não terá João Vitor, Chico e Rivaldo, suspensos, nem Valdivia, com a seleção chilena.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Cansado de apostas, Felipão espera ter jogadores experientes em 2012

Contratação de atletas desconhecidos nesta temporada não deu certo

Com dificuldades financeiras para fazer contratações neste ano, o Palmeiras teve que se reforçar com atletas que ainda buscam espaço no cenário do futebol nacional e estão longe de ser realidade. Com o aval do técnico Felipão, alguns desconhecidos chegaram ao clube, não renderam o esperado e agora o time tem que se contentar em conseguir uma vaga na Sul-Americana e ficar atento para não entrar na zona de rebaixamento.
Para o próximo ano, o treinador Felipão pretende fazer uma reformulação geral e quer contar com atletas que já rodaram pelo futebol, tenham currículo e possam contribuir para que o Palmeiras volte a conquistar títulos
- Não podemos ter jogadores para compor o grupo aqui no Palmeiras, não vamos fazer apostas novamente. Temos que ter jogadores que já jogaram em alguns times e tenham experiência – declarou Felipão.
fernandão ricardo bueno palmeiras apresentação (Foto: Diego Ribeiro / Globoesporte.com)Fernandão e Ricardo Bueno não deram certo (Foto: Diego Ribeiro / Globoesporte.com)
O treinador que trouxe Ricardo Bueno, Pedro Carmona, Rivaldo, Luan, Fernandão, Gerley, entre outros, parece estar arrependido e não quer correr riscos novamente. Por isso já passou uma lista de reforços para diretoria com nomes conhecidos e que possam ajudar o Verdão em 2012.
Os dirigentes do Palmeiras também estão com o mesmo pensamento de Felipão e já declararam que terão dinheiro em caixa para as contratações. Resta saber se terão capacidade para realizá-las e se conseguirão seduzir os jogadores experientes com suas propostas.

Verdão passa outubro sem vitórias, e rebaixamento volta a preocupar

Nos últimos 21 pontos disputados pelo Palmeiras no Campeonato Brasileiro, a equipe de Felipão ganhou apenas três

Com a derrota para o Atlético-MG, neste domingo, em Sete Lagoas, o Palmeiras somou sua sétima partida sem vencer, sendo o terceiro resultado negativo consecutivo. Além de perder para o Galo por 2 a 1, o time de Felipão já havia sofrido derrotas para Figueirense e Fluminense pelo mesmo placar. O Verdão também fechou o mês de outubro sem sentir o sabor da vitória.
Apesar da distância para a zona de rebaixamento ser de nove pontos, os jogadores do Verdão já começam a ficar preocupados com essa possibilidade. O atacante Luan, autor do único gol na partida com o Atlético-MG, reconheceu o fraco desempenho da equipe e fez um alerta para o decorrer do campeonato.
- Deixamos a desejar de novo, mas vamos trabalhar porque nosso time é de guerreiros. A maioria dos jogos que perdemos não foi merecida. Mas agora temos que nos preocupar sim com a zona de rebaixamento, porque as vitórias não estão acontecendo e os pontos também não – avisou o atacante Luan.
O Palmeiras continua com 41 pontos, na 13ª posição na classificação geral, enquanto o Ceará, o primeiro na zona da degola, tem 32 pontos. A rodada beneficiou o Verdão porque todas as equipes que estavam na parte inferior da tabela perderam seus jogos.
O técnico Luiz Felipe Scolari é mais otimista em relação a escapar do rebaixamento e, de acordo com sua matemática, mais um ponto acaba com qualquer possibilidade do Verdão cair outra vez para a Série B.
- Com 42 pontos ninguém desce e, se não fizermos dois ou três pontos em seis jogos, será um absurdo. Quem sabe já não fazemos na próxima rodada. Vamos jogar em casa e podemos conseguir os pontos para ficarmos tranquilos – disse Felipão.
O Palmeiras volta a campo no dia 6 de novembro para enfrentar o Coritiba, às 19h, na Arena Barueri. Depois ainda terá pela frente Grêmio, Vasco, Bahia, São Paulo e encerra a participação no Brasileirão contra o Corinthians.

Felipão fica na bronca com a arbitragem em Sete Lagoas

Treinador reclama da atuação de Marcelo de Lima Henrique: 'Estão ganhando do Palmeiras muitos jogos fora de campo', diz

Apesar de afirmar que as expulsões de Maurício Ramos e Valdivia terem sido justas, o técnico Luiz Felipe Scolari criticou o desempenho do árbitro Marcelo de Lima Henrique (Fifa/RJ) na derrota do Verdão diante do Atlético-MG, neste domingo, em Sete Lagoas.
Ainda nos vestiários da Arena do Jacaré, o treinador do Verdão criticou a falta de critério do trio de arbitragem.
- O que nós vemos nas últimas atuações é absurdo. É o terceiro ou quarto jogo que esse árbitro apita aqui do Atlético. Só tem ele? Pesquisem os jogos dos mandantes. E o lance do Daniel Carvalho? E o pênalti do Maikon Leite? Ninguém viu - criticou Felipão.
O treinador afirmou que o cartão amarelo de Valdivia, logo no início da partida em Sete Lagoas, poderia ter sido evitado pelo árbitro.
- Cartão amarelo porque olha para o árbitro e levanta o braço? Isso é mostrar autoridade? Autoridade se mostra com competência e qualidade. Se ele tem essa autoridade ele não precisaria ter feito nada com o Valdivia no primeiro lance. Seria apenas no segundo lance, quando ele fez uma falta comum - comentou.
Insatisfeito com a arbitragem em todo o Campeonato Brasileiro, Felipão aproveitou para cobrar um posicionamento da diretoria alviverde. Segundo o treinador, o Palmeiras está sendo superado nos bastidores nesta temporada.
- São erros principalmente contra nós. O clube não tem feito absolutamente nada porque eu acho que o Palmeiras pensa que só jogando dentro de campo vai ganhar. E estão ganhando muitos jogos do Palmeiras fora de campo - comentou.

Galo se impõe na Arena do Jacaré, faz 2 a 1 no Palmeiras e sobe na tabela

Vitória deixa o Atlético-MG na 14ª colocação, na zona de classificação
para a Copa Sul-Americana. Palmeiras segue em má fase e ainda pode cair

Uma vitória que parecia tranquila, mas que teve momentos dramáticos no fim, fez o Atlético-MG respirar no Campeonato Brasileiro. Os 2 a 1 sobre o Palmeiras, neste domingo, na Arena do Jacaré, deixaram o Galo quatro pontos à frente do Z-4. Empurrado pelos gritos dos mais de 17 mil torcedores que lotaram as arquibancadas, o time mineiro partiu para cima, em busca da vitória. E ela veio, importante como nunca, com gols de Neto Berola, no primeiro tempo, e Fillipe Soutto, no segundo. Luan ainda descontou no fim da partida.
Neto Berola comemora gol do Atlético-MG (Foto: Bruno Cantini / Site Oficial do Atlético-MG)Neto Berola comemora gol do Atlético-MG (Foto: Bruno Cantini / Site Oficial do Atlético-MG)
Além da apreensão do torcedor atleticano, a partida teve outros motivos para ser dramática e polêmica. No primeiro gol do Galo, comissão técnica e jogadores do Verdão não se conformaram e reclamaram bastante de uma possível posição de impedimento de Neto Berola. Mas o auxiliar acertou no lance. No decorrer do jogo, Maurício Ramos e Valdívia, ambos por faltas violentas, foram expulsos pelo árbitro Marcelo de Lima Henrique. No fim, mesmo com dois a menos, o Palmeiras fez uma pressão incrível e quase empatou.
Com o resultado, o Galo chegou aos 36 pontos, se aproveitou de uma rodada perfeita - já que Bahia, Cruzeiro, Ceará, Atlético-PR, Avaí e América-MG perderam - e deu um salto na tabela de classificação. O time mineiro chegou à 14ª posição, já na zona de classificação à Copa Sul-Americana. Já o Palmeiras, com mais uma derrota, permaneceu com 41 e ainda corre um risco, mesmo que pequeno, de ser rebaixado.
Os dois times voltarão a campo no próximo fim de semana. No sábado, às 19h (de Brasília), o Atlético-MG receberá o Grêmio na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. No domingo, também às 19h, o Palmeiras terá seu algoz na Copa do Brasil, o Coritiba, pela frente. O jogo será realizado na Arena Barueri.
Galo melhor e mais efetivo
O primeiro momento interessante do jogo se deu logo após a saída de bola. Uma interferência no sistema de som da Arena do Jacaré fez com que uma emissora de rádio fosse retransmitida pelos alto-falantes. A arbitragem paralisou a partida por cerca de dois minutos.
Depois que a bola rolou, o jogo se desenvolveu em um roteiro que já era esperado. O Atlético-MG, pressionado pela posição dramática na tabela, demonstrava mais interesse e buscava o gol com maior constância. A dupla de meias Bernard e Daniel Carvalho estava inspirada, buscava espaços e construía boas jogadas para Neto Berola. O problema é que André não estava no mesmo ritmo.
Por outro lado, o Palmeiras, mesmo sem grandes objetivos no Brasileirão, não estava morto. Ainda que não fosse tão efetivo no ataque, levava perigo a Renan Ribeiro. O goleiro atleticano, aliás, evitou gol certo do Verdão, quando Fernandão, da entrada da pequena área, bateu forte. Renan fez uma defesa salvadora.
Mas o futebol não perdoa. E no primeiro ataque do Galo após o erro de Fernandão, Neto Berola abriu o placar, aos 36 minutos, aproveitando lindo passe do jovem Bernard. Os palmeirenses reclamaram bastante de impedimento.
Após o gol, o Palmeiras se encolheu e, nos minutos finais do primeiro tempo, foi dominado pelo time mineiro, que tentou ampliar o placar, mas não conseguiu. A vitória parcial foi justa e premiou o time que mais jogou bola nos primeiros 45 minutos.
Vitória no sufoco
O segundo tempo começou com o Palmeiras mais ligado na partida e o Atlético-MG passivo em campo. O problema do time paulista continuava com a lentidão de Fernandão. O jogador, que tem no cabeceio sua principal característica, era refém de um esquema de jogo que não privilegiava a bola aérea.
Porém, o Galo equilibrou o jogo. E bastou deixar as ações parelhas para ampliar o placar. Aos 17 minutos, Fillipe Soutto arrancou com a bola, de cabeça erguida, tabelou com André, e recebeu livre na área. Com muita frieza, tocou no canto de Deola, para dar tranquilidade ainda maior ao Atlético-MG.
O Palmeiras sentiu o golpe. Felipão mandou Maikon Leite e João Vitor para o jogo mas, logo depois, Maurício Ramos foi expulso. O Atlético-MG, senhor da partida, tocava a bola tranquilamente, colocando o adversário na roda. Até que Valdívia perdeu a cabeça, recebeu o segundo cartão amarelo, após um carrinho por trás em Pierre, e também foi expulso.
Quando parecia que o jogo caminharia tranquilo para uma vitória do Galo, foi o Palmeiras quem marcou, com Luan, aos 38 minutos, após boa jogada de Maikon Leite. O Verdão ainda esboçou um sufoco para cima do Galo. Teve uma sequência de escanteios, pressionou e quase empatou. Mas os torcedores atleticanos puderam comemorar uma importante vitória.

sábado, 29 de outubro de 2011

Após reunião com diretoria, Felipão sai otimista e quer reforços 'prontos'

Fortalecido após saída de Kleber, técnico do Palmeiras recebe cúpula do clube e tem garantia: elenco será bem mais qualificado em 2012


Felipão Scolari Palmeiras (Foto: Ag. Estado)Felipão mostra otimismo para 2012: diretoria vai
contratar nomes de peso (Foto: Ag. Estado)
A sala do técnico Luiz Felipe Scolari ficou cheia na última semana. Uma reunião com o auxiliar Flávio Murtosa, o presidente Arnaldo Tirone, o vice-presidente Roberto Frizzo e outros membros da cúpula do Palmeiras definiu planos importantes para a próxima temporada. Fortalecido no clube após o afastamento do atacante Kleber, Felipão acredita que seus pedidos de reforços serão atendidos, e o time será bem mais competitivo em 2012.
A lista de 12 reforços está nas mãos de Tirone, com opções para cada posição. Na reunião, Felipão falou sobre suas expectativas e insatisfações, e também ouviu dos diretores palmeirenses palpites e opiniões sobre o trabalho realizado pela comissão técnica. O técnico saiu com a certeza de que teria uma equipe mais qualificada - o clube já corre atrás dos nomes pedidos para tentar fechar o elenco até o início de janeiro.
- Foi uma ótima reunião, espero que proporcionem esses encontros pelo menos uma vez por mês, é ótimo para a explicação de algumas coisas e solicitação de outras. Expliquei à direção aquilo que achava necessário, fiquei muito contente. Se fizermos assim, tudo tem solução – comemorou o técnico.
Depois da derrota por 2 a 1 para o Figueirense, sábado passado, no Canindé, Felipão assumiu a culpa pela maioria das contratações realizadas nesta temporada. Poucas deram certo, e por isso uma lista de dispensa também já é preparada. O técnico tem todo o respaldo da diretoria para a montagem do novo elenco - a segurança de que Luiz Felipe Scolari precisava para descartar a possibilidade de deixar o Palmeiras antes do término de seu contrato, em dezembro de 2012.
- As possibilidades de um bom cenário são grandes. Alguns jogadores estão saindo de determinados clubes, vamos acertando detalhes e no ano que vem poderemos ter uma equipe qualificada em todos os setores. Não sei quantos vão chegar, vamos discutir à medida que sai um ou outro, porque teremos saídas - reconheceu Felipão.
Desta vez, porém, o técnico tem a promessa de que a reposição será bem mais qualificada. Em 2011, as restrições financeiras impostas pela administração de Arnaldo Tirone fizeram o clube apostar em nomes desconhecidos e de poucas passagens por clubes grandes. Resultado: após bom início, o time é hoje o 13º colocado no Campeonato Brasileiro, com 41 pontos e chances remotas de classificação para a Taça Libertadores.
- O que eu quero explicar à torcida do Palmeiras é que a reposição não será da mesma forma que foi nesse ano, em apostas, mas sim em nomes que são prontos, que em outros clubes deram resultados – avisou o comandante.

Felipão relaciona 19 jogadores para duelo contra o Atlético-MG

Ricardo Bueno, emprestado pelo Galo, não enfrenta o ex-time neste domingo. Em fase final de recuperação, Marcos Assunção segue fora

jogadores palmeiras treino (Foto: Diego Ribeiro / Globoesporte.com)Palmeiras treinou antes de viajar para Minas Gerais
(Foto: Diego Ribeiro / Globoesporte.com)
O técnico Luiz Felipe Scolari definiu os relacionados para a partida contra o Atlético-MG, neste domingo, às 18h (horário de Brasília), em Sete Lagoas (MG). As únicas ausências da lista são o atacante Ricardo Bueno, o goleiro Marcos e o volante Marcos Assunção.
Uma cláusula no contrato de empréstimo de Ricardo Bueno impossibilita o atleta de enfrentar seu ex-clube. Já Marcos Assunção está em fase final de recuperação de uma luxação no ombro direito, sofrida na partida contra o Flamengo, no último dia 12 de outubro.
Apesar de não ter definido a equipe titular que enfrenta o Atlético, a única dúvida de Felipão para a partida em Sete Lagoas está na lateral-esquerda. Rivaldo disputa a posição com Gabriel Silva. O Verdão deve entrar em campo com Deola, Cicinho, Maurício Ramos, Henrique e Rivaldo (Gabriel Silva); Chico, Márcio Araújo, Valdivia e Luan; Maikon Leite e Fernandão.
Os relacionados do Palmeiras
Goleiros: Deola e Raphael
Laterais: Cicinho e Gabriel Silva
Zagueiros: Maurício Ramos, Thiago Heleno e Henrique
Volantes: Márcio Araújo, João Vitor, Chico e Rivaldo
Meias: Tinga, Pedro Carmona, Valdivia, Patrik e Luan
Atacantes: Vinícius, Maikon Leite e Fernandão

domingo, 23 de outubro de 2011

'Começamos a nos preocupar com o rebaixamento', diz goleiro Marcos

Lesionado, ídolo palmeirense vai ao Canindé e lamenta nova derrota do time

Mesmo sem poder jogar, por causa de dores no joelho esquerdo, Marcos foi até o Canindé e participou da preleção do técnico Luiz Felipe Scolari para os jogadores do Palmeiras. O “Santo” não deu sorte. O time perdeu por 2 a 1 para o Figueirense e se manteve estacionado na 13ª posição com 41 pontos.
A distância para a zona do rebaixamento ainda é enorme – dez pontos separam o Verdão do Cruzeiro, 17º colocado. Mas a fase é tão ruim que fez com que Marcos se recordasse de um antigo pesadelo palmeirense: o do rebaixamento, drama vivido em 2002.
– Você tem quatro coisas para fazer na competição: ser campeão, chegar à Copa Libertadores da América, à Sul-americana ou lutar contra o rebaixamento. Libertadores e título ficaram difícil. Começamos a nos preocupar com a zona de rebaixamento – disse o goleiro, em entrevista às emissoras de rádio no Canindé, logo após a derrota para o Figueirense.
– Falta confiança. O time não ganha há muito tempo e fica sem confiança. Isso só arruma com trabalho. Sabemos que todo time entra em fase ruim, mas temos de sair – emendou.
Marcos tratou de minimizar as vaias das torcidas organizadas aos jogadores do Palmeiras. Durante todo o segundo tempo, atletas como Valdivia foram hostilizados por parte do Canindé, enquanto a outra parte tentava apoiar o time.
– O torcedor apoiou o time o tempo inteiro. A organizada xingou o Valdivia e o restante do estádio vaiou, apoiando o Valdivia. A organizada vaiou, mas a maioria não é da torcida organizada. A torcida é o espelho daquilo que acontece no campo – disse Marcos.
 

Atacante palmeirense lamenta: 'Está tudo difícil demais pra gente'

Ricardo Bueno, autor do gol de honra do Palmeiras na derrota para o Figueirense, foi o único a dar entrevistas após o jogo no Canindé

Após mais um vexame palmeirense – derrota para o Figueirense por 2 a 1 no Canindé, neste sábado –, só um jogador se sentiu confortável para parar diante dos jornalistas e tentar explicar mais uma péssima atuação da equipe: o atacante Ricardo Bueno.
Escalado como titular, o jogador teve um primeiro tempo apático, mas conseguiu fazer o gol de honra do Palmeiras já nos acréscimos, de cabeça, desviando cruzamento de Tinga.
– Estou feliz pelo gol, mas o trocaria pela vitória. Está tudo difícil demais pra gente – disse Ricardo Bueno.
– O time está lutando, está brigando, mas falta mais concentração. Está difícil. A gente estava bem e aí eles vieram e fizeram o gol – emendou o atacante.
A fase é tão ruim que Ricardo Bueno protagonizou um lance bizarro, ao ficar preso numa placa de publicidade após lance no primeiro tempo.
A torcida, que compareceu em pequeno número (só 3.897 pagantes), não perdoou. Todos os jogadores foram vaiados. Alguns, mais que os outros, como Valdivia, Maurício Ramos, Chico, Marcos Assunção, Rivaldo e Tinga. Uma pequena parte da torcida, porém, tentou calar a voz da maioria, quando as vaias foram direcionadas ao meia chileno. Esses torcedores entenderam que Valdivia, apesar da derrota, mostrou empenho diante do Figueirense.
ricardo bueno edson silva PALMEIRAS X FIGUEIRENSE (Foto: Agência Estado)Edson Silva, do Figueirense, e Ricardo Bueno, do Palmeiras, em disputa de bola  (Foto: Agência Estado)

Com facilidade, Figueirense bate Palmeiras e sonha com Libertadores

Figueira domina, faz 2 a 1 e se aproxima do G-5 no Brasileirão. Apático em campo e na arquibancada, Verdão já olha para parte de baixo da tabela

Uma constatação: o Figueirense, mesmo jogando no Canindé, entrou como favorito contra o Palmeiras e, com bela atuação, confirmou esse favoritismo, garantindo uma vitória tranquila, sem sustos. Feliz momento da equipe catarinense. Triste rotina alviverde no Campeonato Brasileiro.
Neste sábado, o Figueira manteve sua ótima fase na competição e, com enorme facilidade, fez 2 a 1 no Verdão. Há dez jogos sem perder, o time treinado por Jorginho vê cada vez mais vivo o sonho por uma vaga na Taça Libertadores. E até o palmeirense admite: deu a lógica.
O Figueira chegou aos 47 pontos, mesmo número do Internacional, e vai chegando nos ponteiros. Na rodada passada, o time comemorava o fim do risco de rebaixamento. Uma semana depois, a conversa já é outra, e bem mais animada. Os artilheiros Wellington Nem e Júlio César jogaram muito e deixaram um gol cada. Ricardo Bueno diminuiu nos acréscimos para o Palmeiras.
O time de Luiz Felipe Scolari segue com 41 pontos. A sete rodadas do fim, até a vaga na Copa Sul-Americana já está em perigo. Sem se encontrar no segundo turno, o Palmeiras completou o sexto jogo sem vitória. Nas arquibancadas, ninguém foi poupado. Todos saíram vaiados de campo - só Valdivia foi "poupado" por uma parte da torcida.
Na próxima rodada o Verdão tenta a reação contra o Atlético-MG no domingo que vem, às 18h (de Brasília), na Arena do Jacaré. No mesmo dia, o Figueirense recebe o Bahia no Orlando Scarpelli, às 16h.
maikon leite juninho palmeiras x figueirense (Foto: Agência Estado)Juninho, do Figueirense, e Maikon Leite, do Palmeiras, em disputa de bola (Foto: Agência Estado)

Alguém para o Wellington? Nem...
A timidez do atacante Wellington Nem na saída do gramado no primeiro tempo contrastou com seu comportamento dentro de campo. Endiabrado, ele foi peça-chave do Figueirense no Canindé e a todo momento segurou os zagueiros Maurício Ramos e Henrique apenas em sua marcação. Muito pouco para deter o jogador mais habilidoso da equipe catarinense.
O Palmeiras parecia tranquilo demais para uma equipe que só venceu uma partida no segundo turno do Brasileirão. A apatia alviverde foi rapidamente percebida pelo Figueirense, quando Jorginho deixou Túlio na proteção da zaga e liberou Jônatas para avançar. Sem marcação alguma no meio-campo, ele rapidamente se destacou e fez um lançamento primoroso para Wellington Nem.
Aos 10 minutos, o atacante deu corte seco em Henrique e abriu o placar com tranquilidade.
Sem reação alguma, o Palmeiras deu campo para Wellington Nem brilhar. Deu tempo de driblar, dançar e até ensaiar um chute no vácuo, marca registrada do palmeirense Valdivia. Henrique, Maurício Ramos e Cicinho não conseguiram parar o atacante, que foi soberano pelo lado esquerdo do ataque.
Mesmo sem brilhar, Valdivia foi o único a tentar algo diferente. Ricardo Bueno, escalado para dar mais opções de jogadas ao Mago, sequer conseguia acertar um chute na direção do gol. Só foi percebido quando prendeu a chuteira em uma placa de publicidade. Retrato de um Palmeiras completamente perdido e sem imaginação. Nas arquibancadas, o torcedor sentiu o golpe. Pouco vaiou a equipe na saída do gramado e se limitou a aplaudir o acesso da Portuguesa à Série A, anunciado pelo sistema de som do Canindé.
Irritação que só aumenta
Satisfeito com o 1 a 0, o Figueira começou o segundo tempo na dele, só esperando as investidas do Palmeiras. E com que dificuldade esse Palmeiras arma jogadas... Aos trancos e barrancos, em bolas divididas, e nas já famosas bolas paradas. Mesmo sem Marcos Assunção, o time apostou nas jogadas aéreas para tentar o empate. Muito pouco para animar os 3.897 pagantes que acompanharam o duelo no Canindé (renda de R$ 116.475,00).
Enquanto o Figueira tocava a bola com facilidade e embalava os gritos de “olé” dos poucos torcedores alvinegros no estádio, os palmeirenses já começavam a fazer contas. Se antes a preocupação era com título e vaga na Taça Libertadores, agora até mesmo a presença na Copa Sul-Americana passa a ser dúvida. Os mais pessimistas já olham até para a zona de rebaixamento.
A revolta aumentou aos 30 minutos, quando Wellington Nem (de novo), deixou Cicinho para trás e encontrou Júlio César sozinho na área: 2 a 0 Figueira, oito gols para Nem, nove para Júlio. No Figueira, a guerra é para saber quem vai terminar o Brasileirão como artilheiro da equipe.
No Palmeiras, a guerra e os problemas são bem mais profundos. Nome a nome, parte da torcida xingou todos os jogadores presentes em campo, inclusive Valdivia. Uma parte maior rebateu e começou a gritar o nome do Mago. Não deu nem para comemorar o golzinho de Ricardo Bueno, nos acréscimos. Nem nas arquibancadas os palmeirenses se entenderam, em mais um dia melancólico, em mais um dia que já vai se tornando rotina no cotidiano alviverde.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Felipão volta, comanda treino e busca definição para Kleber

Técnico retorna de Portugal cheio de atribuições, e espera reunião com presidente Tirone para decidir se atacante seguirá treinando separado

Felipão no treino do Palmeiras (Foto: Paulo Liebert / Agência Estado / AE)Felipão comanda treino do Palmeiras nesta quarta
(Foto: Paulo Liebert / Agência Estado / AE)
O técnico Luiz Felipe Scolari comandou nesta quarta-feira seu primeiro treino no Palmeiras desde que viajou para Portugal e acompanhou o casamento de seu filho, no sábado passado. Felipão desembarcou em São Paulo na noite de terça, e só foi ao CT nesta quarta. Antes da atividade, o comandante fez uma breve reunião com seus jogadores. Bastante enérgico, cobrou reação depois da derrota por 2 a 1 para o Fluminense, no Canindé.
- Ele falou que viu o jogo, comentou os erros, mas ressaltou que mesmo com o time perdendo tivemos momentos bons. Sabemos que temos de melhorar – informou o lateral-direito Cicinho.
Ainda nesta semana, o técnico terá outra importante atribuição: vai se reunir com o presidente Arnaldo Tirone para definir os próximos passos do caso Kleber. O atacante treinou separado na terça e também na manhã desta quarta-feira. Para quinta-feira, a programação deve ser mantida. No entanto, Tirone tentará convencer o técnico de que uma reconciliação é o melhor caminho – Felipão disse que Kleber não jogaria mais sob seu comando.
Sem o Gladiador, Felipão comandou um treino coletivo em campo reduzido, mas sem dar pistas da equipe que enfrenta o Figueirense no próximo sábado, às 18h (de Brasília), no Canindé. Os prováveis titulares foram misturados em três diferentes equipes, que se revezavam no gramado. A novidade será a volta de Cicinho, que cumpriu suspensão contra o Flu. O zagueiro Thiago Heleno, suspenso, dará lugar a Maurício Ramos.

Pensando em 2012, Cicinho avisa: ‘Pipoqueiro não joga no Palmeiras’

Com moral no elenco, lateral-direito diz que recentes confusões não afetam possíveis contratações. Para ele, joga no Verdão quem tem personalidade

Cicinho  Palmeiras (Foto: Diego Ribeiro/Globoesporte.com)Cicinho mostra personalidade em entrevista no CT
(Foto: Diego Ribeiro/Globoesporte.com)
A má fase do Palmeiras não tira o sono do lateral-direito Cicinho. De volta ao time para o duelo contra o Figueirense, neste sábado, às 18h (de Brasília), no Canindé, Cicinho é um dos jogadores mais acionados do elenco na hora das crises – que não foram poucas em 2011. Bem articulado, o lateral respondeu com firmeza a todas as perguntas feitas a ele nesta quarta-feira, inclusive as que envolveram o afastamento do atacante Kleber e a briga de torcedores com o volante João Vitor.
Perguntado se as atuais confusões do clube atrapalhariam o planejamento da diretoria para a próxima temporada, Cicinho avisou que o Palmeiras não deve se preocupar com a possível rejeição de jogadores a propostas alviverdes. Para o lateral-direito, só vai jogar no Verdão quem tiver personalidade forte.
- Aí vai do jogador. Se ele tem personalidade e não tem medo de enfrentar as dificuldades, vem sim para o Palmeiras. Se é pipoqueiro, não joga no Palmeiras. Se me fizessem uma proposta hoje, eu viria do mesmo jeito para tentar a sorte. Poderia sair daqui como um heroi – justificou Cicinho.
Clique e assista a vídeos do Palmeiras
- Para jogar aqui é só falar Palmeiras. É time grande, tem títulos, mais de 14 milhões de torcedores. Antes eu jogava para 15, 20 gatos pingados, então não tenho nem o que falar – emendou.
Se me fizessem uma proposta hoje, eu viria do mesmo jeito"
Cicinho
O bom humor de Cicinho contrasta com a má fase do Palmeiras. Com 41 pontos na tabela do Campeonato Brasileiro, o time caiu demais de produção e está hoje na zona intermediária, longe da zona de classificação para a Taça Libertadores do ano que vem. A alegria do lateral vem por conta da motivação natural que tem ao atuar pelo Verdão.
- Meu pai sempre fala que futebol se joga com alegria. Se for trabalhar forçado, não anda nada. Eu venho todo dia feliz, de cara boa. Se eu chegar de cara amarrada não é bom. Bate muito na minha cabeça o que eu já passei na vida, e estou aqui hoje. Por isso tenho de ter alegria sempre, em primeiro lugar – ressaltou o jogador.
Cicinho volta de suspensão e é a única boa novidade para o jogo contra o Figueirense. Thiago Heleno, suspenso, dará lugar a Maurício Ramos na zaga. O atacante Kleber segue fora, afastado pelo técnico Luiz Felipe Scolari.