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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Cansado de apostas, Felipão espera ter jogadores experientes em 2012

Contratação de atletas desconhecidos nesta temporada não deu certo

Com dificuldades financeiras para fazer contratações neste ano, o Palmeiras teve que se reforçar com atletas que ainda buscam espaço no cenário do futebol nacional e estão longe de ser realidade. Com o aval do técnico Felipão, alguns desconhecidos chegaram ao clube, não renderam o esperado e agora o time tem que se contentar em conseguir uma vaga na Sul-Americana e ficar atento para não entrar na zona de rebaixamento.
Para o próximo ano, o treinador Felipão pretende fazer uma reformulação geral e quer contar com atletas que já rodaram pelo futebol, tenham currículo e possam contribuir para que o Palmeiras volte a conquistar títulos
- Não podemos ter jogadores para compor o grupo aqui no Palmeiras, não vamos fazer apostas novamente. Temos que ter jogadores que já jogaram em alguns times e tenham experiência – declarou Felipão.
fernandão ricardo bueno palmeiras apresentação (Foto: Diego Ribeiro / Globoesporte.com)Fernandão e Ricardo Bueno não deram certo (Foto: Diego Ribeiro / Globoesporte.com)
O treinador que trouxe Ricardo Bueno, Pedro Carmona, Rivaldo, Luan, Fernandão, Gerley, entre outros, parece estar arrependido e não quer correr riscos novamente. Por isso já passou uma lista de reforços para diretoria com nomes conhecidos e que possam ajudar o Verdão em 2012.
Os dirigentes do Palmeiras também estão com o mesmo pensamento de Felipão e já declararam que terão dinheiro em caixa para as contratações. Resta saber se terão capacidade para realizá-las e se conseguirão seduzir os jogadores experientes com suas propostas.

Verdão passa outubro sem vitórias, e rebaixamento volta a preocupar

Nos últimos 21 pontos disputados pelo Palmeiras no Campeonato Brasileiro, a equipe de Felipão ganhou apenas três

Com a derrota para o Atlético-MG, neste domingo, em Sete Lagoas, o Palmeiras somou sua sétima partida sem vencer, sendo o terceiro resultado negativo consecutivo. Além de perder para o Galo por 2 a 1, o time de Felipão já havia sofrido derrotas para Figueirense e Fluminense pelo mesmo placar. O Verdão também fechou o mês de outubro sem sentir o sabor da vitória.
Apesar da distância para a zona de rebaixamento ser de nove pontos, os jogadores do Verdão já começam a ficar preocupados com essa possibilidade. O atacante Luan, autor do único gol na partida com o Atlético-MG, reconheceu o fraco desempenho da equipe e fez um alerta para o decorrer do campeonato.
- Deixamos a desejar de novo, mas vamos trabalhar porque nosso time é de guerreiros. A maioria dos jogos que perdemos não foi merecida. Mas agora temos que nos preocupar sim com a zona de rebaixamento, porque as vitórias não estão acontecendo e os pontos também não – avisou o atacante Luan.
O Palmeiras continua com 41 pontos, na 13ª posição na classificação geral, enquanto o Ceará, o primeiro na zona da degola, tem 32 pontos. A rodada beneficiou o Verdão porque todas as equipes que estavam na parte inferior da tabela perderam seus jogos.
O técnico Luiz Felipe Scolari é mais otimista em relação a escapar do rebaixamento e, de acordo com sua matemática, mais um ponto acaba com qualquer possibilidade do Verdão cair outra vez para a Série B.
- Com 42 pontos ninguém desce e, se não fizermos dois ou três pontos em seis jogos, será um absurdo. Quem sabe já não fazemos na próxima rodada. Vamos jogar em casa e podemos conseguir os pontos para ficarmos tranquilos – disse Felipão.
O Palmeiras volta a campo no dia 6 de novembro para enfrentar o Coritiba, às 19h, na Arena Barueri. Depois ainda terá pela frente Grêmio, Vasco, Bahia, São Paulo e encerra a participação no Brasileirão contra o Corinthians.

Felipão fica na bronca com a arbitragem em Sete Lagoas

Treinador reclama da atuação de Marcelo de Lima Henrique: 'Estão ganhando do Palmeiras muitos jogos fora de campo', diz

Apesar de afirmar que as expulsões de Maurício Ramos e Valdivia terem sido justas, o técnico Luiz Felipe Scolari criticou o desempenho do árbitro Marcelo de Lima Henrique (Fifa/RJ) na derrota do Verdão diante do Atlético-MG, neste domingo, em Sete Lagoas.
Ainda nos vestiários da Arena do Jacaré, o treinador do Verdão criticou a falta de critério do trio de arbitragem.
- O que nós vemos nas últimas atuações é absurdo. É o terceiro ou quarto jogo que esse árbitro apita aqui do Atlético. Só tem ele? Pesquisem os jogos dos mandantes. E o lance do Daniel Carvalho? E o pênalti do Maikon Leite? Ninguém viu - criticou Felipão.
O treinador afirmou que o cartão amarelo de Valdivia, logo no início da partida em Sete Lagoas, poderia ter sido evitado pelo árbitro.
- Cartão amarelo porque olha para o árbitro e levanta o braço? Isso é mostrar autoridade? Autoridade se mostra com competência e qualidade. Se ele tem essa autoridade ele não precisaria ter feito nada com o Valdivia no primeiro lance. Seria apenas no segundo lance, quando ele fez uma falta comum - comentou.
Insatisfeito com a arbitragem em todo o Campeonato Brasileiro, Felipão aproveitou para cobrar um posicionamento da diretoria alviverde. Segundo o treinador, o Palmeiras está sendo superado nos bastidores nesta temporada.
- São erros principalmente contra nós. O clube não tem feito absolutamente nada porque eu acho que o Palmeiras pensa que só jogando dentro de campo vai ganhar. E estão ganhando muitos jogos do Palmeiras fora de campo - comentou.

Galo se impõe na Arena do Jacaré, faz 2 a 1 no Palmeiras e sobe na tabela

Vitória deixa o Atlético-MG na 14ª colocação, na zona de classificação
para a Copa Sul-Americana. Palmeiras segue em má fase e ainda pode cair

Uma vitória que parecia tranquila, mas que teve momentos dramáticos no fim, fez o Atlético-MG respirar no Campeonato Brasileiro. Os 2 a 1 sobre o Palmeiras, neste domingo, na Arena do Jacaré, deixaram o Galo quatro pontos à frente do Z-4. Empurrado pelos gritos dos mais de 17 mil torcedores que lotaram as arquibancadas, o time mineiro partiu para cima, em busca da vitória. E ela veio, importante como nunca, com gols de Neto Berola, no primeiro tempo, e Fillipe Soutto, no segundo. Luan ainda descontou no fim da partida.
Neto Berola comemora gol do Atlético-MG (Foto: Bruno Cantini / Site Oficial do Atlético-MG)Neto Berola comemora gol do Atlético-MG (Foto: Bruno Cantini / Site Oficial do Atlético-MG)
Além da apreensão do torcedor atleticano, a partida teve outros motivos para ser dramática e polêmica. No primeiro gol do Galo, comissão técnica e jogadores do Verdão não se conformaram e reclamaram bastante de uma possível posição de impedimento de Neto Berola. Mas o auxiliar acertou no lance. No decorrer do jogo, Maurício Ramos e Valdívia, ambos por faltas violentas, foram expulsos pelo árbitro Marcelo de Lima Henrique. No fim, mesmo com dois a menos, o Palmeiras fez uma pressão incrível e quase empatou.
Com o resultado, o Galo chegou aos 36 pontos, se aproveitou de uma rodada perfeita - já que Bahia, Cruzeiro, Ceará, Atlético-PR, Avaí e América-MG perderam - e deu um salto na tabela de classificação. O time mineiro chegou à 14ª posição, já na zona de classificação à Copa Sul-Americana. Já o Palmeiras, com mais uma derrota, permaneceu com 41 e ainda corre um risco, mesmo que pequeno, de ser rebaixado.
Os dois times voltarão a campo no próximo fim de semana. No sábado, às 19h (de Brasília), o Atlético-MG receberá o Grêmio na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. No domingo, também às 19h, o Palmeiras terá seu algoz na Copa do Brasil, o Coritiba, pela frente. O jogo será realizado na Arena Barueri.
Galo melhor e mais efetivo
O primeiro momento interessante do jogo se deu logo após a saída de bola. Uma interferência no sistema de som da Arena do Jacaré fez com que uma emissora de rádio fosse retransmitida pelos alto-falantes. A arbitragem paralisou a partida por cerca de dois minutos.
Depois que a bola rolou, o jogo se desenvolveu em um roteiro que já era esperado. O Atlético-MG, pressionado pela posição dramática na tabela, demonstrava mais interesse e buscava o gol com maior constância. A dupla de meias Bernard e Daniel Carvalho estava inspirada, buscava espaços e construía boas jogadas para Neto Berola. O problema é que André não estava no mesmo ritmo.
Por outro lado, o Palmeiras, mesmo sem grandes objetivos no Brasileirão, não estava morto. Ainda que não fosse tão efetivo no ataque, levava perigo a Renan Ribeiro. O goleiro atleticano, aliás, evitou gol certo do Verdão, quando Fernandão, da entrada da pequena área, bateu forte. Renan fez uma defesa salvadora.
Mas o futebol não perdoa. E no primeiro ataque do Galo após o erro de Fernandão, Neto Berola abriu o placar, aos 36 minutos, aproveitando lindo passe do jovem Bernard. Os palmeirenses reclamaram bastante de impedimento.
Após o gol, o Palmeiras se encolheu e, nos minutos finais do primeiro tempo, foi dominado pelo time mineiro, que tentou ampliar o placar, mas não conseguiu. A vitória parcial foi justa e premiou o time que mais jogou bola nos primeiros 45 minutos.
Vitória no sufoco
O segundo tempo começou com o Palmeiras mais ligado na partida e o Atlético-MG passivo em campo. O problema do time paulista continuava com a lentidão de Fernandão. O jogador, que tem no cabeceio sua principal característica, era refém de um esquema de jogo que não privilegiava a bola aérea.
Porém, o Galo equilibrou o jogo. E bastou deixar as ações parelhas para ampliar o placar. Aos 17 minutos, Fillipe Soutto arrancou com a bola, de cabeça erguida, tabelou com André, e recebeu livre na área. Com muita frieza, tocou no canto de Deola, para dar tranquilidade ainda maior ao Atlético-MG.
O Palmeiras sentiu o golpe. Felipão mandou Maikon Leite e João Vitor para o jogo mas, logo depois, Maurício Ramos foi expulso. O Atlético-MG, senhor da partida, tocava a bola tranquilamente, colocando o adversário na roda. Até que Valdívia perdeu a cabeça, recebeu o segundo cartão amarelo, após um carrinho por trás em Pierre, e também foi expulso.
Quando parecia que o jogo caminharia tranquilo para uma vitória do Galo, foi o Palmeiras quem marcou, com Luan, aos 38 minutos, após boa jogada de Maikon Leite. O Verdão ainda esboçou um sufoco para cima do Galo. Teve uma sequência de escanteios, pressionou e quase empatou. Mas os torcedores atleticanos puderam comemorar uma importante vitória.

sábado, 29 de outubro de 2011

Após reunião com diretoria, Felipão sai otimista e quer reforços 'prontos'

Fortalecido após saída de Kleber, técnico do Palmeiras recebe cúpula do clube e tem garantia: elenco será bem mais qualificado em 2012


Felipão Scolari Palmeiras (Foto: Ag. Estado)Felipão mostra otimismo para 2012: diretoria vai
contratar nomes de peso (Foto: Ag. Estado)
A sala do técnico Luiz Felipe Scolari ficou cheia na última semana. Uma reunião com o auxiliar Flávio Murtosa, o presidente Arnaldo Tirone, o vice-presidente Roberto Frizzo e outros membros da cúpula do Palmeiras definiu planos importantes para a próxima temporada. Fortalecido no clube após o afastamento do atacante Kleber, Felipão acredita que seus pedidos de reforços serão atendidos, e o time será bem mais competitivo em 2012.
A lista de 12 reforços está nas mãos de Tirone, com opções para cada posição. Na reunião, Felipão falou sobre suas expectativas e insatisfações, e também ouviu dos diretores palmeirenses palpites e opiniões sobre o trabalho realizado pela comissão técnica. O técnico saiu com a certeza de que teria uma equipe mais qualificada - o clube já corre atrás dos nomes pedidos para tentar fechar o elenco até o início de janeiro.
- Foi uma ótima reunião, espero que proporcionem esses encontros pelo menos uma vez por mês, é ótimo para a explicação de algumas coisas e solicitação de outras. Expliquei à direção aquilo que achava necessário, fiquei muito contente. Se fizermos assim, tudo tem solução – comemorou o técnico.
Depois da derrota por 2 a 1 para o Figueirense, sábado passado, no Canindé, Felipão assumiu a culpa pela maioria das contratações realizadas nesta temporada. Poucas deram certo, e por isso uma lista de dispensa também já é preparada. O técnico tem todo o respaldo da diretoria para a montagem do novo elenco - a segurança de que Luiz Felipe Scolari precisava para descartar a possibilidade de deixar o Palmeiras antes do término de seu contrato, em dezembro de 2012.
- As possibilidades de um bom cenário são grandes. Alguns jogadores estão saindo de determinados clubes, vamos acertando detalhes e no ano que vem poderemos ter uma equipe qualificada em todos os setores. Não sei quantos vão chegar, vamos discutir à medida que sai um ou outro, porque teremos saídas - reconheceu Felipão.
Desta vez, porém, o técnico tem a promessa de que a reposição será bem mais qualificada. Em 2011, as restrições financeiras impostas pela administração de Arnaldo Tirone fizeram o clube apostar em nomes desconhecidos e de poucas passagens por clubes grandes. Resultado: após bom início, o time é hoje o 13º colocado no Campeonato Brasileiro, com 41 pontos e chances remotas de classificação para a Taça Libertadores.
- O que eu quero explicar à torcida do Palmeiras é que a reposição não será da mesma forma que foi nesse ano, em apostas, mas sim em nomes que são prontos, que em outros clubes deram resultados – avisou o comandante.

Felipão relaciona 19 jogadores para duelo contra o Atlético-MG

Ricardo Bueno, emprestado pelo Galo, não enfrenta o ex-time neste domingo. Em fase final de recuperação, Marcos Assunção segue fora

jogadores palmeiras treino (Foto: Diego Ribeiro / Globoesporte.com)Palmeiras treinou antes de viajar para Minas Gerais
(Foto: Diego Ribeiro / Globoesporte.com)
O técnico Luiz Felipe Scolari definiu os relacionados para a partida contra o Atlético-MG, neste domingo, às 18h (horário de Brasília), em Sete Lagoas (MG). As únicas ausências da lista são o atacante Ricardo Bueno, o goleiro Marcos e o volante Marcos Assunção.
Uma cláusula no contrato de empréstimo de Ricardo Bueno impossibilita o atleta de enfrentar seu ex-clube. Já Marcos Assunção está em fase final de recuperação de uma luxação no ombro direito, sofrida na partida contra o Flamengo, no último dia 12 de outubro.
Apesar de não ter definido a equipe titular que enfrenta o Atlético, a única dúvida de Felipão para a partida em Sete Lagoas está na lateral-esquerda. Rivaldo disputa a posição com Gabriel Silva. O Verdão deve entrar em campo com Deola, Cicinho, Maurício Ramos, Henrique e Rivaldo (Gabriel Silva); Chico, Márcio Araújo, Valdivia e Luan; Maikon Leite e Fernandão.
Os relacionados do Palmeiras
Goleiros: Deola e Raphael
Laterais: Cicinho e Gabriel Silva
Zagueiros: Maurício Ramos, Thiago Heleno e Henrique
Volantes: Márcio Araújo, João Vitor, Chico e Rivaldo
Meias: Tinga, Pedro Carmona, Valdivia, Patrik e Luan
Atacantes: Vinícius, Maikon Leite e Fernandão

domingo, 23 de outubro de 2011

'Começamos a nos preocupar com o rebaixamento', diz goleiro Marcos

Lesionado, ídolo palmeirense vai ao Canindé e lamenta nova derrota do time

Mesmo sem poder jogar, por causa de dores no joelho esquerdo, Marcos foi até o Canindé e participou da preleção do técnico Luiz Felipe Scolari para os jogadores do Palmeiras. O “Santo” não deu sorte. O time perdeu por 2 a 1 para o Figueirense e se manteve estacionado na 13ª posição com 41 pontos.
A distância para a zona do rebaixamento ainda é enorme – dez pontos separam o Verdão do Cruzeiro, 17º colocado. Mas a fase é tão ruim que fez com que Marcos se recordasse de um antigo pesadelo palmeirense: o do rebaixamento, drama vivido em 2002.
– Você tem quatro coisas para fazer na competição: ser campeão, chegar à Copa Libertadores da América, à Sul-americana ou lutar contra o rebaixamento. Libertadores e título ficaram difícil. Começamos a nos preocupar com a zona de rebaixamento – disse o goleiro, em entrevista às emissoras de rádio no Canindé, logo após a derrota para o Figueirense.
– Falta confiança. O time não ganha há muito tempo e fica sem confiança. Isso só arruma com trabalho. Sabemos que todo time entra em fase ruim, mas temos de sair – emendou.
Marcos tratou de minimizar as vaias das torcidas organizadas aos jogadores do Palmeiras. Durante todo o segundo tempo, atletas como Valdivia foram hostilizados por parte do Canindé, enquanto a outra parte tentava apoiar o time.
– O torcedor apoiou o time o tempo inteiro. A organizada xingou o Valdivia e o restante do estádio vaiou, apoiando o Valdivia. A organizada vaiou, mas a maioria não é da torcida organizada. A torcida é o espelho daquilo que acontece no campo – disse Marcos.
 

Atacante palmeirense lamenta: 'Está tudo difícil demais pra gente'

Ricardo Bueno, autor do gol de honra do Palmeiras na derrota para o Figueirense, foi o único a dar entrevistas após o jogo no Canindé

Após mais um vexame palmeirense – derrota para o Figueirense por 2 a 1 no Canindé, neste sábado –, só um jogador se sentiu confortável para parar diante dos jornalistas e tentar explicar mais uma péssima atuação da equipe: o atacante Ricardo Bueno.
Escalado como titular, o jogador teve um primeiro tempo apático, mas conseguiu fazer o gol de honra do Palmeiras já nos acréscimos, de cabeça, desviando cruzamento de Tinga.
– Estou feliz pelo gol, mas o trocaria pela vitória. Está tudo difícil demais pra gente – disse Ricardo Bueno.
– O time está lutando, está brigando, mas falta mais concentração. Está difícil. A gente estava bem e aí eles vieram e fizeram o gol – emendou o atacante.
A fase é tão ruim que Ricardo Bueno protagonizou um lance bizarro, ao ficar preso numa placa de publicidade após lance no primeiro tempo.
A torcida, que compareceu em pequeno número (só 3.897 pagantes), não perdoou. Todos os jogadores foram vaiados. Alguns, mais que os outros, como Valdivia, Maurício Ramos, Chico, Marcos Assunção, Rivaldo e Tinga. Uma pequena parte da torcida, porém, tentou calar a voz da maioria, quando as vaias foram direcionadas ao meia chileno. Esses torcedores entenderam que Valdivia, apesar da derrota, mostrou empenho diante do Figueirense.
ricardo bueno edson silva PALMEIRAS X FIGUEIRENSE (Foto: Agência Estado)Edson Silva, do Figueirense, e Ricardo Bueno, do Palmeiras, em disputa de bola  (Foto: Agência Estado)

Com facilidade, Figueirense bate Palmeiras e sonha com Libertadores

Figueira domina, faz 2 a 1 e se aproxima do G-5 no Brasileirão. Apático em campo e na arquibancada, Verdão já olha para parte de baixo da tabela

Uma constatação: o Figueirense, mesmo jogando no Canindé, entrou como favorito contra o Palmeiras e, com bela atuação, confirmou esse favoritismo, garantindo uma vitória tranquila, sem sustos. Feliz momento da equipe catarinense. Triste rotina alviverde no Campeonato Brasileiro.
Neste sábado, o Figueira manteve sua ótima fase na competição e, com enorme facilidade, fez 2 a 1 no Verdão. Há dez jogos sem perder, o time treinado por Jorginho vê cada vez mais vivo o sonho por uma vaga na Taça Libertadores. E até o palmeirense admite: deu a lógica.
O Figueira chegou aos 47 pontos, mesmo número do Internacional, e vai chegando nos ponteiros. Na rodada passada, o time comemorava o fim do risco de rebaixamento. Uma semana depois, a conversa já é outra, e bem mais animada. Os artilheiros Wellington Nem e Júlio César jogaram muito e deixaram um gol cada. Ricardo Bueno diminuiu nos acréscimos para o Palmeiras.
O time de Luiz Felipe Scolari segue com 41 pontos. A sete rodadas do fim, até a vaga na Copa Sul-Americana já está em perigo. Sem se encontrar no segundo turno, o Palmeiras completou o sexto jogo sem vitória. Nas arquibancadas, ninguém foi poupado. Todos saíram vaiados de campo - só Valdivia foi "poupado" por uma parte da torcida.
Na próxima rodada o Verdão tenta a reação contra o Atlético-MG no domingo que vem, às 18h (de Brasília), na Arena do Jacaré. No mesmo dia, o Figueirense recebe o Bahia no Orlando Scarpelli, às 16h.
maikon leite juninho palmeiras x figueirense (Foto: Agência Estado)Juninho, do Figueirense, e Maikon Leite, do Palmeiras, em disputa de bola (Foto: Agência Estado)

Alguém para o Wellington? Nem...
A timidez do atacante Wellington Nem na saída do gramado no primeiro tempo contrastou com seu comportamento dentro de campo. Endiabrado, ele foi peça-chave do Figueirense no Canindé e a todo momento segurou os zagueiros Maurício Ramos e Henrique apenas em sua marcação. Muito pouco para deter o jogador mais habilidoso da equipe catarinense.
O Palmeiras parecia tranquilo demais para uma equipe que só venceu uma partida no segundo turno do Brasileirão. A apatia alviverde foi rapidamente percebida pelo Figueirense, quando Jorginho deixou Túlio na proteção da zaga e liberou Jônatas para avançar. Sem marcação alguma no meio-campo, ele rapidamente se destacou e fez um lançamento primoroso para Wellington Nem.
Aos 10 minutos, o atacante deu corte seco em Henrique e abriu o placar com tranquilidade.
Sem reação alguma, o Palmeiras deu campo para Wellington Nem brilhar. Deu tempo de driblar, dançar e até ensaiar um chute no vácuo, marca registrada do palmeirense Valdivia. Henrique, Maurício Ramos e Cicinho não conseguiram parar o atacante, que foi soberano pelo lado esquerdo do ataque.
Mesmo sem brilhar, Valdivia foi o único a tentar algo diferente. Ricardo Bueno, escalado para dar mais opções de jogadas ao Mago, sequer conseguia acertar um chute na direção do gol. Só foi percebido quando prendeu a chuteira em uma placa de publicidade. Retrato de um Palmeiras completamente perdido e sem imaginação. Nas arquibancadas, o torcedor sentiu o golpe. Pouco vaiou a equipe na saída do gramado e se limitou a aplaudir o acesso da Portuguesa à Série A, anunciado pelo sistema de som do Canindé.
Irritação que só aumenta
Satisfeito com o 1 a 0, o Figueira começou o segundo tempo na dele, só esperando as investidas do Palmeiras. E com que dificuldade esse Palmeiras arma jogadas... Aos trancos e barrancos, em bolas divididas, e nas já famosas bolas paradas. Mesmo sem Marcos Assunção, o time apostou nas jogadas aéreas para tentar o empate. Muito pouco para animar os 3.897 pagantes que acompanharam o duelo no Canindé (renda de R$ 116.475,00).
Enquanto o Figueira tocava a bola com facilidade e embalava os gritos de “olé” dos poucos torcedores alvinegros no estádio, os palmeirenses já começavam a fazer contas. Se antes a preocupação era com título e vaga na Taça Libertadores, agora até mesmo a presença na Copa Sul-Americana passa a ser dúvida. Os mais pessimistas já olham até para a zona de rebaixamento.
A revolta aumentou aos 30 minutos, quando Wellington Nem (de novo), deixou Cicinho para trás e encontrou Júlio César sozinho na área: 2 a 0 Figueira, oito gols para Nem, nove para Júlio. No Figueira, a guerra é para saber quem vai terminar o Brasileirão como artilheiro da equipe.
No Palmeiras, a guerra e os problemas são bem mais profundos. Nome a nome, parte da torcida xingou todos os jogadores presentes em campo, inclusive Valdivia. Uma parte maior rebateu e começou a gritar o nome do Mago. Não deu nem para comemorar o golzinho de Ricardo Bueno, nos acréscimos. Nem nas arquibancadas os palmeirenses se entenderam, em mais um dia melancólico, em mais um dia que já vai se tornando rotina no cotidiano alviverde.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Felipão volta, comanda treino e busca definição para Kleber

Técnico retorna de Portugal cheio de atribuições, e espera reunião com presidente Tirone para decidir se atacante seguirá treinando separado

Felipão no treino do Palmeiras (Foto: Paulo Liebert / Agência Estado / AE)Felipão comanda treino do Palmeiras nesta quarta
(Foto: Paulo Liebert / Agência Estado / AE)
O técnico Luiz Felipe Scolari comandou nesta quarta-feira seu primeiro treino no Palmeiras desde que viajou para Portugal e acompanhou o casamento de seu filho, no sábado passado. Felipão desembarcou em São Paulo na noite de terça, e só foi ao CT nesta quarta. Antes da atividade, o comandante fez uma breve reunião com seus jogadores. Bastante enérgico, cobrou reação depois da derrota por 2 a 1 para o Fluminense, no Canindé.
- Ele falou que viu o jogo, comentou os erros, mas ressaltou que mesmo com o time perdendo tivemos momentos bons. Sabemos que temos de melhorar – informou o lateral-direito Cicinho.
Ainda nesta semana, o técnico terá outra importante atribuição: vai se reunir com o presidente Arnaldo Tirone para definir os próximos passos do caso Kleber. O atacante treinou separado na terça e também na manhã desta quarta-feira. Para quinta-feira, a programação deve ser mantida. No entanto, Tirone tentará convencer o técnico de que uma reconciliação é o melhor caminho – Felipão disse que Kleber não jogaria mais sob seu comando.
Sem o Gladiador, Felipão comandou um treino coletivo em campo reduzido, mas sem dar pistas da equipe que enfrenta o Figueirense no próximo sábado, às 18h (de Brasília), no Canindé. Os prováveis titulares foram misturados em três diferentes equipes, que se revezavam no gramado. A novidade será a volta de Cicinho, que cumpriu suspensão contra o Flu. O zagueiro Thiago Heleno, suspenso, dará lugar a Maurício Ramos.

Pensando em 2012, Cicinho avisa: ‘Pipoqueiro não joga no Palmeiras’

Com moral no elenco, lateral-direito diz que recentes confusões não afetam possíveis contratações. Para ele, joga no Verdão quem tem personalidade

Cicinho  Palmeiras (Foto: Diego Ribeiro/Globoesporte.com)Cicinho mostra personalidade em entrevista no CT
(Foto: Diego Ribeiro/Globoesporte.com)
A má fase do Palmeiras não tira o sono do lateral-direito Cicinho. De volta ao time para o duelo contra o Figueirense, neste sábado, às 18h (de Brasília), no Canindé, Cicinho é um dos jogadores mais acionados do elenco na hora das crises – que não foram poucas em 2011. Bem articulado, o lateral respondeu com firmeza a todas as perguntas feitas a ele nesta quarta-feira, inclusive as que envolveram o afastamento do atacante Kleber e a briga de torcedores com o volante João Vitor.
Perguntado se as atuais confusões do clube atrapalhariam o planejamento da diretoria para a próxima temporada, Cicinho avisou que o Palmeiras não deve se preocupar com a possível rejeição de jogadores a propostas alviverdes. Para o lateral-direito, só vai jogar no Verdão quem tiver personalidade forte.
- Aí vai do jogador. Se ele tem personalidade e não tem medo de enfrentar as dificuldades, vem sim para o Palmeiras. Se é pipoqueiro, não joga no Palmeiras. Se me fizessem uma proposta hoje, eu viria do mesmo jeito para tentar a sorte. Poderia sair daqui como um heroi – justificou Cicinho.
Clique e assista a vídeos do Palmeiras
- Para jogar aqui é só falar Palmeiras. É time grande, tem títulos, mais de 14 milhões de torcedores. Antes eu jogava para 15, 20 gatos pingados, então não tenho nem o que falar – emendou.
Se me fizessem uma proposta hoje, eu viria do mesmo jeito"
Cicinho
O bom humor de Cicinho contrasta com a má fase do Palmeiras. Com 41 pontos na tabela do Campeonato Brasileiro, o time caiu demais de produção e está hoje na zona intermediária, longe da zona de classificação para a Taça Libertadores do ano que vem. A alegria do lateral vem por conta da motivação natural que tem ao atuar pelo Verdão.
- Meu pai sempre fala que futebol se joga com alegria. Se for trabalhar forçado, não anda nada. Eu venho todo dia feliz, de cara boa. Se eu chegar de cara amarrada não é bom. Bate muito na minha cabeça o que eu já passei na vida, e estou aqui hoje. Por isso tenho de ter alegria sempre, em primeiro lugar – ressaltou o jogador.
Cicinho volta de suspensão e é a única boa novidade para o jogo contra o Figueirense. Thiago Heleno, suspenso, dará lugar a Maurício Ramos na zaga. O atacante Kleber segue fora, afastado pelo técnico Luiz Felipe Scolari.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Cansado de apostas, Palmeiras mira jogadores experientes para 2012

Vice de futebol afirma que clube terá recursos financeiros para contratar atletas que cheguem para resolver

Roberto Frizzo  palmeiras (Foto: Julyana Travaglia / GLOBOESPORTE.COM)Frizzo promete contratações de peso para 2012
(Foto: Julyana Travaglia / GLOBOESPORTE.COM)
Sem ganhar um título desde 2008, quando foi campeão paulista, o Palmeiras pretende fazer uma reformulação em seu elenco e trazer atletas que já possuam uma certa rodagem no mundo do futebol para tentar voltar a vencer os campeonatos que disputa. Nos últimos 11 anos, o Paulistão foi a única conquista do Palmeiras.

Com poucos recursos financeiros, a diretoria foi obrigada a trazer apenas atletas que ainda estão trilhando a carreira e que no futuro poderão se transformar em bons jogadores. Exceção feita ao zagueiro Henrique, campeão pelo Verdão em 2008.

Mas a partir do próximo ano, o clube pretende mudar essa filosofia e vai atrás de jogadores que cheguem para resolver.

- Precisamos robustecer o time. Trazer elementos que venham de fato somar e fazer o grupo se fortalecer. Quando assumimos não tínhamos condições de fazer isso. Mas tudo foi bem trabalhado e certamente em 2012 teremos mais gordura para agregar bons valores para o nosso grupo de jogadores – comentou o vice-presidente de futebol do Palmeiras, Roberto Frizzo.
Enquanto alguns clubes formam jogadores em suas categorias de base ou até contratam jovens atletas para que eles rendam algo no futuro, o Palmeiras adota outra filosofia e vai na mão contrária.

- Não queremos mais jogadores que venham como promessa, nada contra as promessas, mas precisamos de jogadores com mais experiência, que de mais equilíbrio para a equipe e que venham para ser resolutivos – declarou Frizzo.

Felipão pode ter que engolir a reintegração do atacante Kleber

Presidente do Palmeiras tem reunião marcada nesta terça-feira para tentar resolver o caso. Retorno do Gladiador ao time não está descartado

Quando deixou o Palmeiras para viajar a Portugal na quinta-feira passada, onde foi acompanhar o casamento do filho, o técnico Luiz Felipe Scolari deixou muito claro que o atacante Kleber não fazia mais parte dos seus planos e estava fora do Palmeiras. Porém uma reviravolta mudou o caso e em seu retorno ao Brasil, Felipão vai encontrar um panorama diferente e pode até ter que aceitar o Gladiador de volta ao grupo.
A diretoria estuda uma reconciliação entre as partes envolvidas no caso e o presidente do Verdão, Arnaldo Tirone, terá que atuar como conciliador para não perder o jogador e nem desvalorizá-lo.
camisa palmeiras kleber traidor (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Torcida do Palmeiras fez protesto contra o Gladiador no Canindé (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Depois de dizer que Kleber não vestiria mais a camisa do Palmeiras, o vice-presidente de futebol, Roberto Frizzo, adota cautela e pode dar outro rumo ao caso. Uma reunião está agendada para está terça-feira entre os envolvidos.
- Eles vão conversar. O Felipe volta de Portugal e tem que haver um bom senso nessa hora, equilíbrio e inteligência. Ele é um atleta, um patrimônio do clube e tudo isso precisa ser cuidado. Quando várias pessoas se sentam para conversar todas as possibilidades são estudas - disse Frizzo.
Sem vencer há cinco jogos e atravessando uma crise nos bastidores, o Palmeiras quer resolver essa situação porque não pode se dar ao luxo de deixar um jogador que tem um alto custo financeiro encostado
- O Palmeiras contratou o Kleber e na ocasião fez um esforço financeiro significativo. Ele é um jogador extremamente bem remunerado e quando se faz tudo isso não se faz para não ter o atleta em campo – comentou Frizzo.
Resta saber se Felipão irá aceitar essa situação que a diretoria irá colocar e se estará disposto a ceder para que Kleber volte ao elenco. O auxiliar Flávio Murtosa, que comandou a equipe na derrota para o Fluminense, não quis se envolver no caso.

Fred de novo! Capitão marca dois e garante vitória do Flu sobre o Verdão

No Canindé, Camisa 9 decide - outra vez! - e mantém o Tricolor vivo na luta pelo título. Sem Felipão, Palmeiras completa quinto jogo sem vitória

Quatro dias, dois jogos e cinco gols. Inspirado e de bem com as redes, Fred pegou mais um. Na tarde deste domingo, o capitão tricolor fez os gols da vitória por 2 a 1 sobre o Palmeiras, no Canindé, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. De quebra, manteve o clube das Laranjeiras mais vivo do que nunca na disputa pelo tetracampeonato nacional. De pênalti, mal marcado, Valdívia descontou para o Alviverde.
Com a vitória, a oitava em onze jogos do returno, o Fluminense pulou para os 50 pontos e terminou a rodada na quinta posição, na zona de classificação para a Libertadores de 2012. Sem Felipão, que foi a Portugal para o casamento de um dos seus filhos, o Palmeiras completou a marca de cinco jogos sem vencer e estacionou nos 41 pontos. Foi ainda a primeira derrota do Verdão no Canindé na temporada 2011.
O Palmeiras volta a campo no próximo sábado, às 18h (de Brasília), para enfrentar o Figueirense, também no Canindé, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. No mesmo dia e horário, o Fluminense recebe o Atlético-MG, no Engenhão.
Domínio tricolor e, de novo, Fred 
O início do jogo foi um reflexo do momento das duas equipes. Líder do segundo turno e na luta pelo título, o Fluminense tocava a bola com tranquilidade. E encontrava espaços diante de um Palmeiras em crise por causa da agressão de torcedores ao volante João Vítor e do afastamento do atacante Kléber. Com o domínio da posse de bola, não demorou muito para o Tricolor abrir o placar no Canindé. Marquinho já tinha obrigado Deola a fazer grande defesa quando, aos 10 minutos, Carlinhos cruzou da esquerda e Fred, livre na pequena área, cabeceou para marcar o primeiro gol da partida.
Do outro lado do estádio, a torcida tricolor demorou alguns segundos para entender que a bola tinha entrado e comemorou atrasado. Mas o clube carioca não perdeu o ritmo e quase ampliou nos dois lances seguintes, ambos com Rafael Sobis. Perdido em campo, o Palmeiras não conseguia acertar três passes seguidos. E a pressão continuava. Após lindo passe de Deco, Mariano cruzou e a bola passou por Fred na frente do gol palmeirense. Na sequência da jogada, quase replay do primeiro gol. Carlinhos cruzou, mas dessa vez Thiago Heleno conseguiu cortar antes de Fred mandar para as redes.
O Palmeiras só conseguiu equilibrar as ações a partir dos 25 minutos. Ainda assim, sem levar perigo ao gol de Diego Cavalieri. A opção do técnico Abel Braga pela dupla de volantes Valencia e Fernando Bob se mostrava acertada, com uma boa proteção à defesa e saídas rápidas para o ataque. No meio, Deco também se destacava. Do lado palmeirense, nada dava certo. De volta ao time após defender a seleção chilena, Valdívia pouco tocava na bola, fazendo assim com que o trio Maikon Leite, Luan e Ricardo Bueno fosse pouco acionado.
No banco de reservas, a insatisfação do auxiliar Murtosa, substituto de Felipão, era visível. Tanto que ele fez a primeira alteração ainda aos 32 minutos do primeiro tempo, colocando o volante Rivaldo improvisado na lateral-direita na vaga de Paulo Henrique. A mudança fez o Palmeiras crescer, mas a melhor oportunidade, em uma cabeçada de Ricardo Bueno, parou em Cavalieri.
Pênalti mal marcado, empate e, sempre ele, Fred
A bronca de Murtosa no intervalo deve ter sido grande. Porque o Palmeiras voltou para o segundo tempo ligado e pressionando o Fluminense. Aos dez, o técnico Abel Braga foi obrigado a tirar Deco, que sentiu a panturrilha pesada, e optou pela entrada do volante Diogo. No minuto seguinte, quase foi castigado. Após cruzamento na área tricolor, a bola sobrou para Luan, que chutou rasteiro para defesa sensacional de Diego Cavalieri.
Com três volantes em campo, Abel chamou ainda mais o Palmeiras para o ataque. Mas tentou corrigir a escalação logo depois, com Martinuccio no lugar de Marquinho. O domínio alviverde continuou, mas quem quase ampliou foi o Fluminense. Martinuccio recebeu na cara do gol e tocou para fora. Em seguida, um erro grave do árbitro, que viu pênalti do atacante argentino do Flu em Luan, que, na realidade, caiu sem ser tocado. Valdívia cobrou com categoria e deixou tudo igual no Canindé.
O empate colocou fogo na partida. No minuto seguinte, Thiago Heleno acertou Fred por trás e gerou uma discussão entre os jogadores. O juiz deu apenas cartão amarelo ao zagueiro palmeirense. O Palmeiras se lançou com tudo ao ataque em busca da vitória e quase chegou ao gol em duas oportunidades, mas deixou defesa aberta. Depois de Lanzini perder boa chance em um contra-ataque, Fred decidiu de novo. Aos 40, Martinuccio se esforçou, evitou a saída da bola e cruzou para o camisa 9, outra vez livre, empurrar para as redes. Quatro dias, dois jogos e cinco gols. Fred pegou mais um. E manteve o Fluminense vivo na luta pelo tetracampeonato brasileiro.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Caso João Vitor: testemunhas dizem não saber quem começou a briga

Em Boletim de Ocorrência, balconista e cliente de bar que fica em frente ao local da confusão afirmam não ter visto quem iniciou o tumulto

 
As primeiras testemunhas ouvidas pela polícia no caso João Vitor afirmaram não saber quem começou a briga – se o volante palmeirense e seus amigos ou o torcedor que ofendeu o jogador, identificado como Wellington Oliveira Almeida. A confusão ocorreu na terça-feira, em frente à loja oficial do clube, no bairro de Perdizes, em São Paulo (veja as imagens no vídeo ao lado).
O GLOBOESPORTE.COM teve acesso ao Boletim de Ocorrência (B.O.), registrado no 7º D.P. de São Paulo. João Vitor e Wellington aparecem como “autor/vítima” e não quiseram prestar queixa um contra o outro.
Duas testemunhas foram ouvidas – Erivaldo Pereira Rocha, um balconista do bar Alviverde, que fica em frente ao Palestra, e Rodrigo Joaquim Gonçalves, auxiliar-administrativo que estava no Alviverde. Os dois admitiram conhecer Wellington, “que frequenta sempre o bar”, mas não souberam dizer quem começou a briga.
João Vitor afirma que foi ofendido por Wellington e que, depois de ter o carro chutado pelo torcedor, os dois amigos que o acompanhavam desceram do veículo para protegê-lo. O jogador sustenta que foi Wellington quem o agrediu primeiro. Já o torcedor nega ter ofendido o volante. Disse que "apenas fez cobranças" e que então passou a ser agredido pelas pessoas que acompanhavam João Vitor.
E aí, João Vitor, seu p* no c*
do c*! Tá andando de nave, mas jogar que é bom, nada, né?"
Frase atribuída a Wellington Almeida por
João Vitor, em depoimento
– A hora que vi, tinha três pessoas batendo no Wellington, que estava no chão. Mas não sei quem começou a briga – disse Erivaldo, no depoimento.
– Só vi o Wellington sendo chutado e depois outros torcedores chegaram, e um tumulto foi instalado – disse Rodrigo.
Os policias que atenderam à ocorrência também não souberam dizer quem começou a briga. Eles relataram ter visto três pessoas - no caso, João Vitor e seus dois amigos - apanhando de "mais de 15 pessoas" e agiram para apartar a briga. Wellington, o torcedor acusado, sustenta que "do nada, apareceram alguns palmeirenses" e que "não viu" se João Vitor e seus amigos foram agredidos.
João Vitor estava acompanhado pelo cunhado, Cristiano Jorge Santos, e um amigo, Rafael Santos. Os três foram à loja do clube no Palestra porque o jogador queria gravar seu nome e número em camisas oficiais para dar de presentes a eles, que são seus conterrâneos de Alagoas.
No depoimento, João Vitor relata que, ao sair da loja, a caminho de seu veículo, foi abordado por Wellington, que estaria parado, ao lado do carro. Segundo o jogador, o torcedor o ofendeu da seguinte forma:
– E aí, João Vitor, seu p* no c* do c*. Tá andando de nave, mas jogar que é bom, nada! (N. do R.: "Nave" é uma gíria paulistana para carro imponente)
O jogador diz que, ao entrar no veículo, abaixou o vidro e disse que estava ali para estampar o nome e o número em uma camisa do clube, e que Wellington deveria fazer as cobranças no centro de treinamento. Nesse instante, Wellington teria dado um chute no carro de João Vitor. Foi quando Rafael e Cristiano desceram do carro para tomar satisfações com o torcedor.
– Eles ficaram do meu lado e o Wellington deve ter imaginado que fôssemos brigar – disse João Vitor, no depoimento.
joão vitor palmeiras agressão (Foto: Oslaim Brito / O Globo)Com lábio inchado, João Vitor deixa delegacia após
depoimento (Foto: Oslaim Brito / O Globo)
Ainda de acordo com o volante, Wellington disse “não tenho medo dos três” e, então, partiu para a agressão.
– Eu me defendi e meus amigos me ajudaram – disse João Vitor, no depoimento.
O volante contou que vários outros torcedores “se aglomeraram” sobre ele e os dois amigos, agredindo-os fisicamente. O relato bate com a versão dos policiais que passavam pelo local e intercederam para apartar a confusão.
O cunhado de João Vitor, Cristiano Jorge Santos, e o amigo, Rafael Santos, também relataram que Wellington primeiro ofendeu o jogador e depois o agrediu fisicamente. Ambos afirmaram ter intercedido em defesa de João Vitor. Wellington nega ter tomado a iniciativa da briga.
– Eu estava indo para a faculdade quando vi um carro importado parado na frente da loja. Vi o João Vitor e fui conversar com ele. Perguntei se ele estava satisfeito com o desempenho do time e ele me ironizou – disse Wellington, no depoimento.
Wellington negou ter chutado o veículo.
– Não xinguei o João, apenas fiz cobranças, perguntando se ele estava feliz da vida em sua nave. Não sei como o João interpretou isso – disse Wellington, no depoimento.
Ainda segundo o torcedor, logo depois de entrarem no veículo, os amigos de João Vitor saíram do carro e foram para cima dele.
– Começaram a me agredir sem que eu tivesse feito nada. Caí no chão e eles me chutaram.
Wellington disse que, na sequência, “do nada, apareceram alguns palmeirenses” e que teve um “tumulto”.
– Mas não vi se João e os amigos apanharam – completou Wellington, no depoimento.
O GLOBOESPORTE.COM tentou entrar em contato com Wellington, mas ele não atendeu as ligações.

Palmeiras confirma saída de Kleber: ‘Não há mais volta’

Atacante está afastado e vai treinar separadamente até resolver seu futuro. Roberto Frizzo diz que Gladiador não queria mais jogar pelo time

Roberto Frizzo  palmeiras (Foto: Julyana Travaglia / GLOBOESPORTE.COM)Frizzo confirma: Kleber está fora do Palmeiras
(Foto: Julyana Travaglia / GLOBOESPORTE.COM)
O Palmeiras ratificou a decisão do técnico Luiz Felipe Scolari de afastar o atacante Kleber do elenco. No desembarque da delegação após o empate por 1 a 1 com o Flamengo, no Engenhão, o vice-presidente Roberto Frizzo confirmou que o Gladiador não faz mais parte dos planos do clube. Na tarde desta quinta-feira, uma reunião deve selar os próximos passos do caso: afastado, o atacante deve treinar separadamente enquanto negocia com outros clubes. Um dos clubes interessados nele é o rival Corinthians.
- Depois que alguém declara que não quer mais jogar aqui, o Palmeiras também não pode querer um jogador assim. Acho que não há mais volta. Acabamos de chegar, em meio a essa confusão, e vamos nos reunir para definir – destacou Frizzo.
- Não foi ele que declarou que não queria mais jogar? Então... – emendou.
Por volta das 11h desta quinta-feira, Kleber foi informado pelo gerente administrativo Sérgio do Prado, por telefone, de que não deve mais se apresentar na Academia de Futebol para treinar na tarde desta quinta-feira. A orientação é para que aguarde os desdobramentos de uma reunião entre a diretoria e seu representante, Giuseppe Dioguardi. O presidente do clube, Arnaldo Tirone, ainda deve ligar para conversar com o jogador.
A decisão pela saída do atacante serviu para reanimar a relação entre Felipão e Frizzo, que andava fria. No entanto, o vice-presidente não considera que o técnico foi um “vencedor” na disputa com Kleber. O Gladiador liderou uma corrente que não quis se concentrar para o jogo contra o Fla após o incidente envolvendo o volante João Vitor, que brigou com torcedores na tarde de terça-feira. Após um ultimato do jogador, todos foram para suas casas e só se encontraram no aeroporto, na manhã de quarta.
- A situação do Felipão está ótima, mas não tem essa de que ele saiu fortalecido. Temos de ser uma equipe, então não há favorecimento a A ou B – explicou o vice-presidente.
Kleber tinha amizades no grupo, e clube e comissão técnica chegaram a temer alguma manifestação contra a saída do atacante. No entanto, a boa atuação contra o Flamengo tranquilizou Roberto Frizzo.
- Não sei se os jogadores concordaram ou não com a situação, o que sei é que conversamos internamente e houve união. A reação foi vista em campo. Tivemos uma exibição superlativa contra o Flamengo – disse o dirigente.
O elenco se reapresenta no CT na tarde desta quinta, em atividade fechada para a imprensa. O volante João Vitor, que afirmou que prestaria esclarecimentos em entrevista coletiva, permanecerá calado por orientação do departamento jurídico.

Por telefone, Kleber é informado de que não pode mais treinar no CT

Orientação ao Gladiador é para que aguarde o resultado de uma reunião entre a diretoria palmeirense e seu empresário

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo
Kleber pretendia se apresentar normalmente para treinar na Academia de Futebol às 15h30m desta quinta-feira, apesar de o técnico Luiz Felipe Scolari já ter dito que não pretende mais trabalhar com ele. Mas, por telefone, foi comunicado pelo gerente administrativo Sérgio do Prado de que não deve mais aparecer no CT até que a diretoria palmeirense defina sua situação.
Segundo o empresário do atacante, Giuseppe Dioguardi, não havia, até as 11h desta quinta, nenhum comunicado da diretoria para que o jogador não se apresentasse no CT para treinar. Por isso, Kleber iria normalmente à Academia, para não configurar abandono de emprego, o que renderia rescisão unilateral de contrato sem que ele fosse ressarcido.
Mas, na chegada da delegação palmeirense a São Paulo, na manhã desta quinta, o vice-presidente Roberto Frizzo deixou claro que Kleber é carta fora do baralho no Palmeiras. Logo depois, Sérgio do Prado ligou para o Gladiador, para comunicá-lo da decisão da diretoria.
Dioguardi ressalta ainda que Kleber em nenhum momento disse que não gostaria de trabalhar mais com Felipão – o que ocorreu foi o contrário.
Jogador e treinador sempre tiveram um relacionamento conturbado. Kleber chegou a se queixar do comandante até no Twitter, durante o Campeonato Paulista. A paciência de Felipão acabou na terça-feira, após uma discussão entre ambos sobre o caso envolvendo o volante João Vitor.
Kléber no treino do Palmeiras (Foto: Ag. Estado)Kleber pretendia se apresentar para treinar nesta quinta-feira, na Academia de Futebol (Foto: Ag. Estado)

Felipão diz por que desistiu de Kleber: ‘Não vale mais a pena’

Treinador tenta sepultar polêmica envolvendo atacante e garante que clima está bom no elenco: ‘Às vezes, as coisas acontecem para melhor’

Felipão Scolari Palmeiras (Foto: Ag. Estado)Acabou a paciência de Felipão com Kleber
(Foto: Ag. Estado)
Depois de gols, polêmicas, idas, vindas, e um caso de amor e ódio, chegou ao fim a passagem de Kleber pelo Palmeiras. E quem garantiu isso após o empate por 1 a 1 com o Flamengo, quarta-feira, no Engenhão, pela 29ª rodada do Brasileirão, foi Luiz Felipe Scolari. Logo ele, um de seus principais defensores na Academia nos últimos tempos, como no caso em que o atacante teria forçado a barra para se transferir justamente para o Rubro-Negro carioca.
Questionado sobre os motivos que o fizeram mudar de ideia, Felipão fez mistério, mas deixou clara a decepção com o Gladiador.

- Não vale mais a pena. Ele também não quer. Ótimo. Encerrado o assunto. Quando dois não querem, não brigam. Ou quando um não quer dois não brigam... Encerrado. Está ótimo esse grupo aí.

Após o episódio em que o volante João Vítor foi agredido por torcedores, levantou-se a suspeita de que Kleber teria influenciado na reação de protesto do grupo de jogadores. Felipão, por sua vez, disse não querer mais saber do poder, ou não, do Gladiador no elenco.

- Não sei se ele estava tentando dividir (o grupo) e nem quero saber mais. Agora, é só seguir em frente. Acabou.

Scolari falou também sobre uma possível revolta de alguns atletas com o desligamento de Kleber e rebateu da seguinte maneira:

- Vocês (jornalistas) não sabem nada. Quem passa as notícias, passa de acordo com os interesses. Esqueçam. Tem coisas que nunca vão ser passadas e nem precisam. É assunto interno, resolvido, acabado, e ponto final.

O treinador garantiu ainda que não existem arestas a serem aparadas no grupo alviverde. Segundo ele, o ocorrido foi encarado até de maneira positiva internamente.

- Não tem muito o que fazer, não. Não tem nada para consertar. Às vezes, as coisas acontecem para melhor. O que mudou foi o espírito, a vontade, a dedicação. Sabemos das nossas limitações e em cima disso vamos trabalhar com afinco para buscar as vitórias.

Por fim, Felipão afirmou que os jogadores quase que em sua totalidade estão satisfeitos no Palestra Itália e lembrou que o trabalho que não deu muitos resultados em 2011 visa à próxima temporada.

- Tenho tentado, desde que cheguei e ainda não consegui, organizar uma equipe que esteja totalmente à minha disposição e que faça o que desejo. Sempre tem uma situação tumultuando. Vamos conseguir na medida em que formos avançando em um projeto que vem desde o início do ano e que é para o ano que vem. Digo que 70, 80, 90% dos jogadores estão satisfeitos.

Com 41 pontos, o Palmeiras é o nono colocado no Brasileirão, e encara o Fluminense, domingo, às 16h (de Brasília), no Canindé, pela 30ª rodada.

Após caso João Vitor, Andrés defende protesto e até suspensão de rodada

Presidente cobra empenho do sindicato dos atletas e diz que, se problema fosse no Corinthians, o time não entraria em campo

Montagem frames do momento da agressão ao joão vitor, do palmeiras (Foto: Reprodução/RedeTV)Imagens do momento da agressão a João Vitor, do
Palmeiras (Foto: Reprodução/RedeTV)
O presidente do Corinthians, Andrés Sanches, defendeu a união entre atletas e clubes contra a violência no futebol. O dirigente é a favor da suspensão de alguma rodada do Campeonato Brasileiro depois que o volante João Vitor foi agredido por torcedores do Palmeiras em frente à loja do clube, em São Paulo. O mandatário disse ainda que, se o problema tivesse ocorrido no Timão, a equipe não teria entrado em campo contra o Botafogo.
- Quando vira agressão, todo futebol brasileiro tem de se unir. Não deveria haver rodada hoje. É coisa grave, estão perdendo o controle em alguns clubes. Daqui a pouco, alguém vai dar tiro, facada. Os jogadores são profissionais, acertaram e erram. Um atleta tomar um tapa é um absurdo. Temos de nos preocupar muito, fazer um protesto grande. Não podemos admitir agressão. É preocupante. Se fosse aqui, o Corinthians não entraria em campo – afirmou.
O presidente corintiano cobrou mais atitude do sindicato dos atletas e se colocou à disposição para não deixar o caso ser esquecido. No início do ano, após a eliminação na Taça Libertadores, torcedores do Corinthians foram até o CT Joaquim Grava para protestar. O carro de alguns funcionários chegou a ser danificado por pedras. Na chegada do ônibus que transportava os jogadores, mais objetos foram arremessados. Ninguém se feriu.
- No que depender de mim, vou fazer de tudo para haver um protesto de atletas e clubes. Fui criticado por deixar portão aberto para torcedor entrar. Xingar e cobrar faz parte. Agressão é um absurdo. Daqui a pouco, ninguém mais vai querer jogar futebol. No Palmeiras é a quarta ou quinta vez que acontece. O sindicato tem que tomar alguma atitude forte – ressaltou.
Sanches, aliás, é um dos fundadores de uma das principais torcidas organizadas ligadas ao Corinthians. O dirigente, porém, evitou generalizar o caso.
- Eu sou de torcida organizada, mas nunca bati em ninguém. Recebo todas as organizadas no Corinthians, já abri portão para protestar e incentivar, mas tudo dentro de um limite – completou.

Felipão bate martelo sobre Kleber: 'Ele não quer, eu não o quero. Acabou’

Postura do Gladiador diante do caso João Vítor desagrada treinador, que o descarta e garante permanência em 2012: ‘Continuo fazendo meu trabalho’

Kléber não joga mais pelo Palmeiras mesmo. Pelo menos esta é a posição enquanto Luiz Felipe Scolari for técnico da equipe. Depois de barrar o atacante da partida contra o Flamengo, nesta quarta, no Engenhão, e dizer antes do empate por 1 a 1 que “não sabia” qual seria a decisão definitiva, o treinador bateu o martelo em entrevista coletiva (assista ao vídeo).
- A situação está resolvida. Agora, é assunto da direção. O Kleber disse que não tem mais interesse em jogar no Palmeiras, eu também não tenho interesse que ele jogue. Não é mais assunto meu. Ele não quer, eu não quero. Acabou o assunto.
Uma situação que irritou o treinador palmeirense foi o fato do Gladiador ter dito que as declarações do comandante pedindo por reforços teriam ajudado a causar a agressão ao volante João Vítor na terça-feira. Segundo Felipão, esse tipo de postura é comum nesta época de fim de temporada e foi deturpada por Kléber.
- É preciso examinar declarações anteriores. Em todo lugar se fala em time para o ano que vem. Todo mundo está pensando em A, B ou C. Quando chegar em dezembro, não tem quem comprar. Se isso é incitar torcida, todos os técnicos estão incitando a torcida. É preciso olhar um pouco o conteúdo do que as pessoas falam.
Sobre qualquer possibilidade do caso afastá-lo do Verdão em 2012, Scolari garantiu que uma reunião com a diretoria praticamente selou sua continuidade no clube.
- Já reavaliei com o presidente e tomei a decisão de seguir em frente. Independentemente do resultado de hoje, já estava definido: 99% ou 100% de que continuo fazendo o meu trabalho.
O técnico palmeirense negou ainda que os jogadores tenham pensado em não entrar em campo contra o Flamengo em apoio a Kleber.
- Não tenho conhecimento disso. Boicote de quê? De não jogar? Isso não existe. Todos sabem que se não viessem jogar o Palmeiras perderia seis pontos, mais o julgamento, e eles não são burros: seria justa causa. Pelo amor de Deus. Não tem nada disso.
Por fim, o treinador falou sobre a partida contra o Rubro-Negro e as perspectivas alviverdes até o fim do Brasileirão.
- O pessoal tem muita força física. Temos um bom time. Em determinados momentos, cometemos erros que nos fizeram perder alguns pontos. Senão, estaríamos brigando entre os primeiros. Essa é a equipe do Palmeiras. Temos algumas dificuldades, mas esse ano é isso que devemos fazer.
Com 41 pontos, o Palmeiras é o nono colocado no Brasileirão, e encara o Fluminense, domingo, às 16h (de Brasília), no Canindé, pela 30ª rodada.
 

Palmeiras perde Marcos Assunção e Cicinho para duelo contra o Flu


Felipão não poderá contar com os dois jogadores, suspensos. Por outro lado, Valdivia deve retornar ao time após rodada das Eliminatórias

Além dos diversos problemas fora de campo, o técnico Luiz Felipe Scolari ganhou mais dor de cabeça para a próxima rodada. No domingo, o Palmeiras enfrenta o Fluminense, no Canindé, e não poderá contar com o lateral-direito Cicinho e com o volante Marcos Assunção, que receberam o terceiro cartão amarelo contra o Fluminense e terão de cumprir suspensão automática.
A lista de desfalques do Verdão ainda pode aumentar se Marcos, ausente dos últimos cinco jogos, não seja liberado para retornar ao time. Kleber, que entrou em atrito com a comissão técnica, não deve mais vestir a camisa do clube.
A única boa notícia do Palmeiras para o duelo contra o Flu deve ser o retorno de Valdivia. O jogador, que foi desfalque nas partidas contra Santos e Flamengo porque participou das partidas do Chile contra Argentina e Peru, válidas pelas Eliminatórias Sul-Americanas, deve voltar ao time.
Por outro lado, Marcos Assunção pode ficar afastado dos gramados por mais tempo. O jogador sofreu uma luxação na clavícula do lado direito em disputa de bola com Bottinelli e foi substituído ainda na primeira etpaa do duelo contra o Flamengo.

Em jogo de baixo nível, Fla cede empate ao conturbado Palmeiras

Thiago Neves abre o placar, e Maikon Leite deixa tudo igual no Engenhão em duelo muito corrido, mas com pouca inspiração dos dois lados

Depois de três vitórias seguidas, o Flamengo jogou mal nesta quarta-feira, no Engenhão, e empatou em 1 a 1 com o Palmeiras, que completou o quarto jogo sem vitória. Thiago Neves abriu o placar e Maikon Leite deixou tudo igual no duelo válido pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time rubro-negro sentiu a ausência de Ronaldinho Gaúcho, que não chegou a tempo para a partida. Do lado do time paulista, os muitos capítulos da crise vivida pelo clube foram sentidos em campo. Sem Kleber, afastado pela diretoria, o time paulista jogou ainda marcado por tensão após o volante João Vitor ter sido agredido por torcedores. O empate no Rio, diante de tantos problemas, pelo menos serve como um alento para deixar o clima menos pesado.
Com o resultado diante de 18.397 torcedores pagantes, 22.573 presentes e renda de R$ 522.325,00, o Flamengo chegou aos 48 pontos, segurando a quinta colocação. O Palmeiras chega a 41. Na próxima rodada, o time rubro-negro tem pela frente o Ceará, no Presidente Vargas, enquanto o Verdão, sem Felipão, que viajará para o casamento do filho, em Portugal, enfrenta o Fluminense, domingo, no Canindé.
O Palmeiras começou a partida marcando sob pressão, dificultando a saída do Flamengo, que errava muitos passes. O time de Felipão chegava com mais perigo, mas sentia a falta de um passe mais qualificado no meio. Maikon Leite e Fernandão lutavam muito na frente, mas raramente recebiam a bola em boas condições. No Flamengo, Devid jogava isolado, já que Thiago Neves recuava demais para buscar o jogo.
Willians Flamengo x Palmeiras (Foto: André Portugal / VIPCOMM)Willians faz o combate durante Flamengo x Palmeiras no Engenhão (Foto: André Portugal / VIPCOMM)
Marcos Assunção levava o perigo de sempre nas bolas paradas, mas foi o time da casa que ameaçou para valer num lance incrível aos 15 minutos. Leonardo Moura cruzou, Cicinho se antecipou a Deivid e cortou com o peito, mas a bola sobrou para Bottinelli, que cabeceou no travessão. Na volta, Thiago Neves, também de cabeça, mandou à queima-roupa para a ótima defesa de Deola. O novo rebote chegou na cabeça de Leo Moura, que, a dois metros do gol, mandou no travessão.
Até os 20 minutos, o Flamengo tinha 66% de posse de bola, contra apenas 34% do Palmeiras. Mas o time paulista não abdicava do jogo. Pelo contrário. Com uma tática vertical, explorando a saída rápida para o ataque, o time de Felipão deu trabalho para a defesa rubro-negra. Ao ouvir os primeiros sinais de insatisfação na arquibancada, o Flamengo saiu mais decidido, mas passou a explorar sem sucesso os chutes de longa distância. Foi assim com Thiago Neves, Renato e Bottinelli.
Welinton inicia a jogada do gol
O Palmeiras perdeu Marcos Assunção, com luxação na clavícula, substituído por Rivaldo. E faltou capricho para Maikon Leite conseguir abrir o placar no final da primeira etapa. O chute forte, de dentro da área, explodiu em Alex Silva. O retrato da atuação apenas regular do Flamengo foi a mexida dupla feita por Vanderlei Luxemburgo no intervalo. Deivid e Willians - este muito mal em campo - saíram para as entradas de Negueba e Jael.
O Flamengo voltou melhor para o segundo tempo e não demorou a abrir o placar. Aos 10 minutos, Welinton deu desarme providencial e iniciou a jogada. Renato fez o lançamento longo para Thiago Neves, que dominou e, do bico da área pela direita do ataque, chutou. Jael, que estava em impedimento na área, errou a cabeçada, e a bola entrou direto: 1 a 0.
O time paulista não sentiu a desvantagem no placar e saiu para buscar o resultado até conseguir a meta aos 18 minutos. Cicinho fez as vezes de meia armador e deixou Maikon Leite na cara do gol. O atacante fuzilou e deixou tudo igual.
A última alteração do Flamengo foi Fierro no lugar de Airton aos 26 minutos. E Jael só não desempatou aos 32 porque Deola fez grande defesa em chute cruzado. O Palmeiras também ameaçava, e Luan subia com perigo. Mas, aos poucos, o desgaste foi sentido dos dois lados. E o placar ficou mesmo no 1 a 1.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Contra o Fla, Palmeiras deve seguir sem Marcos, Kleber e Cicinho

Felipão diz que trio não deve ter condições de jogo na quarta-feira, e descarta operação para trazer Valdivia a tempo de atuar

Felipão Scolari Palmeiras (Foto: Ag. Estado)Felipão já pensa no Flamengo (Foto: Ag. Estado)
O Palmeiras deve seguir bem desfalcado no confronto contra o Flamengo, quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), no Rio de Janeiro. O goleiro Marcos, o atacante Kleber e o lateral-direito Cicinho terão apenas dois dias de preparação para o duelo, e por isso o técnico Luiz Felipe Scolari praticamente descarta a utilização do trio na quarta-feira. Marcos vem sendo poupado, com dores no joelho esquerdo, enquanto Kleber e Cicinho estão recém-recuperados de lesões.
- Dificilmente algum desses terá chances de jogo. Marcos está 99% fora, o Kleber ainda não tenho ideia e o Cicinho também não posso garantir. Vamos ver a reação nos treinos - avisou Felipão.
Valdivia também está fora do duelo, pois joga na terça-feira com a seleção chilena contra o Peru, pelas Eliminatórias para a Copa de 2014. O Palmeiras não vai fazer qualquer operação especial para ter o Mago em campo contra o Flamengo.
- O Valdivia tem chance zero, pois joga na noite de terça, volta de manhã, vai chegar aqui cansado... Isso não existe - disse o técnico.
Reforço mesmo só Luan, que cumpriu suspensão na derrota por 1 a 0 para o Santos, neste domingo, na Vila Belmiro. O retorno resolve parte do problema do ataque alviverde, que contou com Maikon Leite e Fernandão no clássico.
 

'Malandragem' de Léo incomoda Deola. Para Felipão, zaga foi inocente

Lance do gol causou controvérsia. Ala chegou a parar para atendimento de Danilo, mas seguiu com o lance e cruzou para Borges marcar

O gol de Borges, que deu ao Santos a vitória sobre o Palmeiras, por 1 a 0, neste domingo, na Vila Belmiro, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro, nasceu de uma jogada que causou controvérsia entre os palmeirenses. O lance ocorreu aos 30 minutos do segundo tempo. Danilo ficou caído no chão e Léo chegou a parar, dando a impressão de que tiraria a bola de jogo para que o companheiro fosse atendido.
O próprio ala alvinegro admite que chegou a interromper a jogada. No entanto, continuou o lance e acertou o cruzamento na cabeça de Borges. O goleiro Deola, do Verdão, disse que o alvinegro foi “malandro”.
- Eu parei. Como eles vieram para cima, dei continuidade ao lance. Não vou ficar chateado com o Deola. Se não tivesse saído o gol, ele não abriria a boca - provocou Léo.
Já o técnico palmeirense, Luiz Felipe Scolari, afirma que seus zagueiros foram inocentes demais.
- Eles ficaram olhando o Léo, esperando que ele colocasse a bola para fora. Isso é uma piada no futebol, não existe mais. Vem acontecendo em outros jogos. Não dá para pensar que nosso adversário vai ter uma atitude de fair play. Tem de ser um pouquinho mais esperto. Se não for esperto paga o pecado como nós pagamos.
Borges Léo gol santos (Foto: Ag. Estado)Borges comemora com Léo o gol do Santos na Vila (Foto: Ag. Estado)

Palmeirenses saem de campo irritados com gol sofrido em falha

Repetição dos erros em jogadas aéreas é o que mais chateia os atletas. Volante Chico disse que o Verdão 'deu o gol' para o Santos

Jogadores, torcedores e técnico do Palmeiras vão passar a noite deste domingo com a cabeça quente. Não só por ter perdido para o Santos no Campeonato Brasileiro pela primeira vez desde 2006, mas por perder por mais uma falha na marcação em jogada aérea. Confira os melhores momentos no vídeo ao lado.
Mesmo jogando contra três defensores altos, o Santos conseguiu cabecear seis vezes a gol. Marcou em uma destas tentativas, com Borges. Os atletas do Verdão mostraram irritação na saída de campo. O zagueiro Henrique saiu de campo confuso.
- Não sei o que está nos faltando, se a gente soubesse não estaria perdendo. Temos de baixar a cabeça e trabalhar.
O atacante Fernandão estava menos radical. Mesmo perdendo uma grande oportunidade de marcar aos 36 do segundo tempo, teve a cabeça mais fria e fez a análise do jogo.
- Não criamos dificuldade para o Santos. Tínhamos que ter colocado mais a bola no chão. Agora vamos rever com o Felipão os nossos erros pra podermos acertar. Temos uma sequência difícil, mas com condições de ganhar.
Nas próximas duas rodadas, o Palmeiras enfrenta o Flamengo, fora de casa, e o Fluminense, no Canindé.

Borges quebra a monotonia e dá ao Peixe vitória sobre o Verdão na Vila

Artilheiro, que não marcava havia duas partidas, garantiu o triunfo alvinegro, num jogo fraco. Palmeiras cai uma posição e vê G-5 cada vez mais longe

Foi um jogo fraco tecnicamente. Com os dois times bastante desfalcados, o clássico entre Santos e Palmeiras deu sono. Uma monotonia que só foi quebrada graças ao oportunismo de Borges. O artilheiro do Peixe, com uma cabeçada certeira, garantiu o triunfo santista, por 1 a 0, neste domingo à tarde, na Vila Belmiro, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro. Foi o 20º gol do camisa 9 santista, principal goleador da competição.
Com o triunfo, o Peixe quebra uma sequência de três derrotas consecutivas, vai a 38 pontos e fica, momentaneamente, na 11ª posição. Já o Verdão permanece com 40 pontos, caindo para nono, e vê a zona de classificação para a Libertadores ficar cada vez mais longe.
O resultado também coloca fim a um tabu. O Santos não vencia o Palmeiras havia sete jogos. A última vez tinha sido nas semifinais do Paulistão de 2009. Nesse período, foram cinco vitórias do Verdão e dois empates.
Ibson Márcio Araujo Santos x Palemiras (Foto: Ag. Estado)Ibson, do Santos, e Márcio Araujo, do Palmeiras, em disputa de bola (Foto: Ag. Estado)
De bom, só a bandinha
Dois times desfigurados. Santos e Palmeiras não tiveram alguns de seus principais destaques. Neymar, servindo à Seleção Brasileira, não esteve em campo para ajudar o Peixe. Já o Verdão sentiu a falta de Kleber, machucado. Juntando todos os desfalques, foram nada menos do que 15 ausências no clássico. A equipe da Vila, por exemplo, além de Neymar, não teve Ganso, Arouca, Elano e Edu Dracena, só para citar os titulares. O time do Palestra Itália também não pôde escalar Marcos, Valdivia, Cicinho, Luan e João Vitor.
Os dois técnicos, então, tiveram de se virar com o que sobrou. Na prática, ambos optaram pelo esquema 3-5-2. O Verdão tinha três zagueiros de fato (Henrique, Maurício Ramos e Thiago Heleno). No Peixe, o volante Adriano, pela direita, completava a linha de três defensores com Bruno Rodrigo e Durval.
As equipes, mais preocupadas em marcar do que em armar jogadas, protagonizaram um jogo chato, repleto de chutões para o alto e faltas duras. O Palmeiras, como tem se tornado rotina, só chegava em faltas cobradas por Marcos Assunção. O volante chegou a carimbar o travessão de Rafael aos 10 minutos num de seus chutes traiçoeiros. Já o Santos, preso, insistia em jogar a bola na direção de Borges, que, cercado, mal conseguia dominar a bola. Quando resolveu jogar pela lateral, quase marcou. Aos 45, Danilo foi à linha de fundo e cruzou na cabeça de Alan Kardec, que golpeou bem. A bola quicou e bateu no travessão. Deola já estava batido.
Foi só isso. Com um jogo tão ruim, a bandinha que anima os jogos de futsal do Peixe e foi convidada pela diretoria para animar o clássico, quebrou a monotonia com marchinhas. Apenas 7.373 pessoas pagaram para ver a partida. A renda foi de R$ 177.340,00.
Borges fura o bloqueio pelo alto
O Santos voltou para o segundo tempo mais a fim de jogo. Marcando bem e buscando jogadas pela lateral, algo que faltou no primeiro tempo, chegou a encurralar o Palmeiras. Passou a alçar bolas na área, no melhor estilo Muricy Ramalho. No total, o time tentou seis cabeçadas ofensivas: recorde da equipe no Brasileirão. Aos 6 minutos, após cruzamento da esquerda, executado por Léo, Alan Kardec subiu e acertou uma firme testada na bola. Deola espalmou.
O Palmeiras não conseguia passar do meio-campo e o Peixe teve mais uma boa chance aos 16, numa falta dentro da pequena área - o árbitro assinalou recuo de Márcio Araújo para Deola. Na cobrança, Kardec passou para Henrique, que chutou de primeira. Seu xará palmeirense salvou.

O gol santista parecia questão de tempo. Curiosamente, mesmo com três zagueiros altos, o Verdão tinha dificuldades para cortar cruzamentos. Sorte de Borges. Com apenas 1,76m, mas sempre muito bem colocado, o goleador aproveitou ótimo passe de Léo e escorou de cabeça, abrindo o placar, aos 30 minutos. Após dois jogos sem marcar, o artilheiro do Brasileirão conseguiu furar a melhor defesa do torneio (agora com 27 gols sofridos) e marcou seu 20º na competição.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Cicinho treina com bola e deve reforçar Verdão contra o Santos

Lateral participa de toda a atividade técnica na tarde desta quarta-feira e não sente tornozelo. Kleber fica na academia, mas segue programação do clube

Cicinho treino Palmeiras (Foto: Agência Lance)Cicinho pode jogar o clássico (Foto: Agência Lance)
O lateral-direito Cicinho aumentou suas chances de voltar ao Palmeiras no clássico deste domingo contra o Santos, às 16h (de Brasília), na Vila Belmiro. Nesta quarta-feira, o lateral participou bem das atividades com bola comandadas pelo técnico Luiz Felipe Scolari, e ainda tem mais três dias para aperfeiçoar o condicionamento físico antes do clássico. O lateral passou três semanas se recuperando de uma torção no tornozelo direito.

Já o atacante Kleber, que treinou com bola pela manhã, passou a tarde de quarta-feira na academia, em fortalecimento muscular. Apesar disso, o Gladiador segue liberado pelo departamento médico e deve mesmo voltar contra o Peixe. Na quinta-feira, ele é esperado para participar do treino coletivo que define a equipe que começa o jogo.

Com os retornos, Felipão deve devolver a vaga na lateral a Cicinho e promover uma disputa entre Chico e Márcio Araújo no meio-campo. Márcio vinha sendo improvisado na direita nos jogos que Cicinho perdeu. No ataque, Kleber formaria trio com Maikon Leite e Fernandão, já que Luan está suspenso.

No gramado, Felipão dividiu o elenco em duas partes. Os jogadores de defesa e meio-campo ficaram em um setor, participando de um treino técnico em campo reduzido. Do outro lado, os atacantes treinaram finalizações à exaustão: Luan, Maikon Leite, Fernandão, Vinícius e Ricardo Bueno passaram mais de uma hora praticando chutes a gol.

Kleber volta a treinar com bola e deve encarar o Santos na Vila Belmiro

Gladiador ainda treina separado, mas deve trabalhar com o restante do elenco à tarde. Marcos, Cicinho e João Vitor são dúvidas para o clássico

Kléber no treino do Palmeiras (Foto: Ag. Estado)Kleber tem chance de pegar o Santos (Ag. Estado)
O atacante Kleber, que se recupera de uma tendinite no joelho esquerdo, voltou a treinar com bola nesta quarta-feira pela manhã. O atacante fez apenas uma movimentação leve, com passes para o preparador físico Marco Aurélio Schiavo, mas deve retornar às atividades da equipe ainda nesta quarta e tem grandes chances de entrar em campo no clássico contra o Santos, no domingo, às 16h, na Vila Belmiro.
Por conta da lesão, Kleber ficou fora do empate com o América-MG, no último sábado. Liberado pelo departamento médico desde a última terça, o Gladiador voltou ao gramado nesta quarta, mas treinou separado do elenco, ao lado do lateral Cicinho, que também se recupera de lesão. Caso o Gladiador não se reabilite a tempo para o duelo de domingo, Maikon Leite é a opção mais provável do técnico Luiz Felipe Scolari para a vaga no setor ofensivo, posto que o atacante, ex-santista, já ocupou na partida contra o América-MG.
Cicinho, que desfalca o Verdão há três semanas devido a uma torção no tornozelo direito, também tem chances de disputar o clássico. No entanto, como ficou muito tempo longe dos gramados, precisa correr contra o tempo para readquirir ritmo de jogo.
Se Kleber e Cicinho podem voltar à equipe, João Vitor virou dúvida. O volante teve uma lesão no ligamento colateral medial do joelho esquerdo e não participou das atividades desta quarta na Academia de Futebol. Os demais jogadores fizeram um treinamento físico no campo do CT e depois seguiram para a musculação na academia do clube. O time volta a treinar na tarde desta quarta.
Poupado nos últimos três jogos do Verdão, o goleiro Marcos também não tem presença garantida no confronto com o Santos. Ele não foi ao gramado na manhã desta quarta. Dúvidas à parte, Felipão tem dois desfalques certos para o clássico: o atacante Luan, suspenso, e o meia Valdivia, integrado à seleção chilena.

domingo, 2 de outubro de 2011

Felipão vê vaga na Libertadores mais distante: 'Nossa situação é horrível'

Treinador, no entanto, isenta diretoria de responsabilidade, dizendo que hoje o clube está priorizando a parte financeira para depois investir em reforços

Felipão Scolari Palmeiras x Atlético-PR  (Foto: Ag. Estado)Felipão se preocupa com vaga na Libertadores 2012
(Foto: Ag. Estado)
A cada jogo que passa, a vaga na Taça Libertadores da América de 2012 para o Palmeiras é um objetivo mais distante. Hoje, o time tem quatro pontos de desvantagem para o Fluminense, que seria o último na tabela a ficar com vaga. O próprio técnico Luiz Felipe Scolari, ciente da situação, já muda um pouco o seu discurso otimista de jogos anteriores.
- Temos algumas situações nesse momento. Uma que estamos em posição confortável em relação ao rebaixamento. Outra que estamos em colocação confortável para a Sul-Americana. Para a Libertadores, é horrível, se tivéssemos feito quatro pontos a mais estaríamos no bolo. Não adianta agora ficar lamentando. Tem que seguir em frente com o campeonato.
Felipão sabe que, para continuar na briga, o time precisará de uma sequência grande de vitórias, o que é complicado alcançar nesta fase do campeonato, já que o equilíbrio é muito grande.
- Se observarmos esse torneio, veremos que o Fluminense, nos últimos oito jogos, teve seis vitórias. O Santos, até o jogo contra o Figueirense, vinha de cinco vitórias seguidas. Daqui para frente, o equilíbrio é grande e dificilmente alguém fará mais do que dez pontos a cada cinco jogos. E isso é uma coisa que nos preocupa.
Felipão não concorda que a situação atual do Palmeiras seja culpa da diretoria, que não contratou reforços de peso, o que gerou muitas críticas da torcida.
- Não cobrem da direção mais reforços. Não tínhamos essa possibilidade nesse ano. Os reforços que trouxemos são apostas até o final do ano. O trabalho que está sendo feito por essa direção é de saneamento na parte financeira. Se isso for bem feito, o que está ocorrendo, existe a possibilidade de quatro atletas de peso chegarem no início do próximo ano para darem mais força ao elenco atual, que é muito bom. Isso independe do que vai acontecer daqui para frente.

Felipão perde Luan e Valdivia para o clássico contra o Santos

Camisa 11 levou terceiro cartão amarelo e terá de cumprir suspensão. Já meia vai para a seleção do Chile, o que rendeu novas críticas do treinador

Ainda com chances matemáticas de brigar por uma vaga na Taça Libertadores da América de 2012, o Palmeiras terá uma semana para se preparar para o clássico de domingo, contra o Santos, na Vila Belmiro. E, para essa partida, o treinador já sabe que não poderá com dois jogadores importantes do seu elenco: Luan e Valdivia. O primeiro levou o terceiro cartão amarelo contra o América-MG, no empate por 1 a 1 (assista aos melhores momentos), e terá de cumprir suspensão automática, enquanto o segundo estará na seleção do Chile, que enfrentará Argentina e Peru pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014.

Ao ser questionado sobre a atuação de Valdivia neste sábado, o treinador elogiou o camisa 10 do Verdão, mas lamentou a sua ausência nas partidas contra Santos e Flamengo.

- Vimos hoje que ele jogou até os 70 minutos de uma forma muito boa. Recuperado, deu ritmo ao time, prendeu a bola, organizou o jogo. Depois cansou, o que é normal. Foi bem, acho que agora ele vai crescer fisicamente, mas não aqui. Vai voltar para a seleção e não sabemos o que vai acontecer. Vamos ficar de novo na espera para quando voltar e recomeçarmos todo o processo – ressaltou o treinador.

Sem duas peças no meio-campo, Felipão poderá finalmente dar uma chance a Pedro Carmona, contratado junto ao Criciúma, no time titular. Tinga e Patrik são as outras opções. Quem poderá retornar é o atacante Kleber, que não enfrentou o América por estar com dores no joelho. Ele será reavaliado pelo departamento médico no início da semana.

Felipão ironiza pichações contra Kleber: 'Só estão gastando tinta'

Treinador diz que jogadores estão dando o máximo dentro de campo e que a situação é continuar trabalhando para evoluir no campeonato

Protesto Kleber Palmeiras (Foto: Wagner Eufrosino / Globoesporte.com)Pichações contra Kleber no Palestra Itália
(Foto: divulgação)
Após uma semana de bico fechado, o Palmeiras voltou a campo neste sábado para enfrentar o América-MG. Porém, na noite de sexta-feira, parte de uma torcida organizada resolveu fazer um protesto contra o atacante Kleber. Primeiro, eles foram ao condomínio onde o atleta mora e ofenderam o camisa 30 com gritos de “mercenário” na portaria. Depois, picharam os muros do Palestra Itália chamando o jogador de Judas e pedindo a sua saída do clube.
Neste sábado, a mesma torcida resolveu pegar no pé do técnico Luiz Felipe Scolari. Com o empate por 1 a 1, o time viu complicar ainda mais o sonho de conquistar uma vaga na Taça Libertadores da América.
Questionado sobre o assunto, o treinador partiu para as ironias.

- Eles criticam o Kleber, o Felipão, o Pedro, o Paulo. Acho que podiam parar de gastar tinta porque nada no clube vai mudar enquanto eu estiver aqui. Podíamos chamar grafiteiros para fazer um trabalho bonito no local – ironizou o treinador.
Felipão deixou claro que não pensa em sair do Palmeiras.

- Eu falei três ou quatro vezes para os meus dirigentes que eles estão livres para fazer o que quiserem. E, em várias manifestações de A, B ou C, o discurso é o mesmo, de que vamos sguir o trabalho. Então nada muda. Já falei que montei um projeto de vida para jogar aqui e para sair, será muito difícil - ressaltou.

Felipão saiu em defesa dos seus jogadores, que mais uma vez mostraram várias deficiências na partida contra o lanterna do Campeonato Brasileiro.

- Eu não sei como posso cobrar mais vontade do meu time. Posso cobrar qualidade, passe, posicionamento. Vontade não tem mais de onde tirar. Dentro da característica de cada um, todos estão dando o máximo. Temos dificuldades que outros times talvez não enfrentem – ressaltou o
comandante palmeirense.