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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Meu Jogo Inesquecível: Diana Bouth sabe por fax bomba de RC no Verdão

Apresentadora estava no Japão e recebeu recado da mãe avisando que lateral do Palmeiras havia feito um gol quase do meio de campo

Louca por esportes radicais, Diana Bouth gosta da adrenalina que envolve o skate e o surfe. Nas ondas do mar, acaba cercada pelo azul das águas e o verde da mata, que também dá o toque especial no seu lar, em São Conrado. Ali, quando a apresentadora de TV está na companhia de seus grandes amores, o filho Pedro. o marido, o surfista Simão Romão, e a mãe, a atriz Ângela Figueiredo, gosta também de curtir boa música. Rap, soul, reggae... O gênio Bob Marley é um dos seus preferidos, a ponto de ganhar como homenagem uma bela estampa em sua prancha.

O sentimento de amor que mais a surpreendeu, no entanto, surgiu do outro lado do mundo. Quando iniciou carreira de modelo com 14 anos, Diana passou um tempo no Japão. Lá, era enorme a saudade do Brasil. E a curiosidade para saber informações do Palmeiras. Foi quando recebeu, da mãe, a notícia que mudaria a batida de seu coração. E que a faria se perguntar, como o querido Bob na conhecida canção: "Is this love, is this love, that I'm feeling?..."
Diana Bouth (Foto: ANDRÉ DURÃO / Globoesporte.com)Surfe, Bob Marley e Palmeiras, três paixões de Diana Bouth (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
- Na época não havia email nem celular. Eu me comunicava com minha mãe por fax a cada dois dias . Naquele, ela começou a mensagem de forma diferente. Em vez de "Oi, minha filha, como você vai, estou morrendo de saudades", ela mandou assim: "Você não sabe. No jogo da Libertadores, o Roberto Carlos fez um gol quase do meio de campo, e o Palmeiras venceu o Grêmio por 3 a 2." Olha, foi incrível. Achei surreal a emoção que esse fax me causou do outro lado do mundo. Ali, tive a certeza de minha paixão pelo Verdão - disse a apresentadora, prestes a estrear programa no GNT, "Mãe & Cia.", com dicas para cuidar bem dos filhos.
A bomba santa de Roberto Carlos que chegou por fax para Diana Bouth foi o primeiro dos três gols marcados pelo Palmeiras no triunfo no dia 21 de fevereiro de 1995. O jogo inesquecível, que a apresentadora não viu, foi a estreia dos clubes na Libertadores, e os ventos pareciam soprar a favor do time paulista, cheio de craques.
 Os rivais voltariam a se enfrentar nas semifinais. Os gaúchos eliminaram o Verdão em jogos com duas goleadas - a primeira, de 5 a 0, a favor dos tricolores, e a segunda, por 5 a 1, emocionante, para os alviverdes - e dispararam rumo ao segundo título sul-americano. Nada que abalasse as boas lembranças de Diana, uma carioca que escolheu um clube paulista para torcer.

- Quando brincam comigo por isso, costumo dizer que sou uma cariolista ou paulistoca. Fui para São Paulo dos 7 aos 17 anos. Uma fase importante. Minha primeira experiência com futebol tinha sido no Maracanã, com meu avô, rubro-negro, mas não me empolguei. Aí, em São Paulo, minha família de lá e meu padrasto - o músico Branco Mello, dos Titãs - são, na maioria, palmeirenses. Ainda por cima, gostei da camisa verde logo de cara. E o Palmeiras começava a montar aquele timaço, a Parmalat patrocinando... Não deu outra: passei a ir aos jogos.
Diana Bouth (Foto: ANDRÉ DURÃO / Globoesporte.com)O verde da camisa foi um dos motivos que a fizeram virar palmeirense, além da influência dos parentes de São Paulo e a boa fase do time na época  (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
No Palestra Itália, a proximidade com o campo permitia à menina Diana ver de perto seu grande ídolo, o lateral Roberto Carlos. Ela era uma entre tantas que não gostavam só do futebol do lateral-esquerdo como também das tão faladas coxas. Nem o fato de o jogador ter parado recentemente no Corinthians abalou a admiração pelo ídolo.

- Depois de conviver muito com esporte e, principalmente, de saber numa entrevista que Roberto Carlos confessava ser santista de infância, passei a entender melhor essas coisas. Isso está bem resolvido. A grande frustração da minha vida, na verdade, foi nunca ter conseguido conhecê-lo pessoalmente. No minimuseu da minha família, temos luvas do Marcos, camisas do Cafu, Denilson, Edmundo... - afirmou Diana, que já foi apresentada a outros craques daquele time bicampeão brasileiro em 1993-94, depois paulista de 1996 - todos comandados pelo técnico Vanderlei Luxemburgo.
Diana Bouth (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Diana Bouth é fã até hoje de Roberto Carlos
(Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Na partida contra o Grêmio pela Libertadores em 1995, o técnico era Valdir Espinosa. E Edmundo foi o grande nome daquela partida, que começou com o gol surpreendente de Roberto Carlos, em falta cobrada pouco depois do círculo central do meio de campo, aos 18 minutos. O Grêmio, aguerrido em campo, empatou com Jardel, aos 37.

Veio o segundo tempo, e Rivaldo, outro ídolo de Diana, desempatou aos 11. A partida, emocionante, esquentou quando Goiano empatou dois minutos depois. Mas o dia era de Edmundo, que marcou o terceiro aos 24, sacramentando a vitória palmeirense. A vibração, eufórica, justificava o apelido de Animal dado pela torcida alviverde. E assim que voltou do Japão, Diana Bouth fez questão de ver, pela fita cassete, os melhores momentos de seu jogo inesquecível.

Depois, a apresentadora teve outros ídolos palmeirenses. Djalminha, Paulo Nunes... Ainda chegaram o goleiro Marcos e o técnico Felipão, esses fundamentais na conquista da Libertadores de 1999. Com os anos, passou a acompanhar mais o Verdão pela TV. Morando no Rio, fica triste quando o filho, Pedro, e o marido, o surfista Simão Romão, sofrem após as derrotas do Botafogo. Não que tenha se tornado alvinegra. Mas acha melhor ver a casa toda feliz.

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