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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Felipão detona arbitragem e ameaça não ficar no banco contra Corinthians

Na véspera do julgamento que pode puní-lo em 720 dias, técnico reclama de
pênalti em Kleber e diz: 'O prazer deles é olhar para mim e botar para fora'

Luiz Felipe Scolari voltou a esbravejar contra os árbitros neste domingo, após o empate por 1 a 1 do Palmeiras contra o São Paulo, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro. Um dia antes de ser julgado pelo STJD, podendo pegar até 720 dias de suspensão, o treinador reclamou de um pênalti não marcado em Kleber pelo juiz Cleber Wellington Abade e ameaçou até não sentar mais no banco de reservas a partir do duelo frente ao arquirrival Corinthians, no próximo domingo, em Presidente Prudente, pela última rodada do primeiro turno.
-Não vou mais a banco. Vou ficar fora. Na única vez que olhei para o árbitro por estarem segurando meu jogador, só faltou ele me morder. Se for possível, não vou mais a campo, fico lá fora. Não dá mais – esbravejou. - Quantas faltas fez o zagueiro central no Kleber? Seis, oito? O Cicinho fez duas, e ele deu o cartão. O zagueiro bateu 200 vezes e não teve cartão. Se olhar o jogo de um ano atrás, o pênalti dado em determinado jogador foi a mesma jogada no Kleber – emendou.
O comandante alviverde disse que pode até dirigir a equipe das tribunas no clássico do próximo fim de semana, no interior de São Paulo, para não correr risco de ser expulso novamente. No entanto, acredita que o auxiliar técnico Flávio Murtosa também sofrerá bastante por ficar na função dele.
- No primeiro ou segundo jogo, o Murtosa também vai ser expulso. O prazer deles (árbitros) é olhar para mim e botar para fora. Estou pior que cachorro na chuva. Não adianta nada, vai o Murtosa – disse Scolari, que vê certa perseguição também contra seus atletas.
- Hoje, nem coloquei o Kleber como capitão porque ele tem dois amarelos. Se fosse falar qualquer coisa, poderia levar cartão. Se o Valdivia olhar atravessado, leva cartão. Eu coloco o Marcão, que nunca vai no meio de campo falar qualquer coisa. Espero que as coisas se modifiquem. Ele não precisava ter tido aquela ameaçada para mim. Acho que estou sendo mais ameaçado do que em qualquer outra vez na minha vida. Deixo os árbitros mais a vontade para expulsar o Murtosa daqui para frente - afirmou.
Felipão será julgado nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro, pela expulsão contra o Atlético-MG, em partida válida pelo Brasileirão. Ele foi denunciado em três artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. Na súmula da partida, o árbitro Sandro Meira Ricci relatou que o treinador "gritou para seus jogadores, batendo o dorso de uma mão contra a palma da outra mão: 'Podem chegar o pau! Cheguem o pau! Eles não dão nada mesmo!'”. Em seguida, teria chamado o auxiliar Roberto Braatz de “safado”.

- Infelizmente, se brigar comigo ou me expulsar, é lucro. Não é ofensivo dizer ao árbitro que meu jogador está sendo puxado. Não é falta de educação. Se é para ser assim, para que ficar no banco? Não precisa, fico lá em cima, que é difícil de me expulsar de lá. Posso pegar alguns jogos, e o bandeira que me expulsou estará lá de novo. Vou olhar para ele? Não vou, não! – finalizou.

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