Vice-presidente se torna vidraça para grupo de Mustafá. Felipão, que deseja profissional no departamento, esclarece caso com Carpegiani
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(Foto: Julyana Travaglia / GLOBOESPORTE.COM)
O processo de “fritura” de Roberto Frizzo atingiu ponto culminante nesta quarta-feira, quando o jornal “O Estado de S. Paulo” publicou reportagem dizendo que o vice já teria tudo acertado com Paulo César Carpegiani em caso de queda de Felipão. Ao saber da notícia, o atual técnico se revoltou e deu um ultimato a Arnaldo Tirone na concentração: queria um novo nome no comando do futebol. Hoje, Felipão praticamente exerce a função de diretor, viabilizando reforços e administrando situações internas no grupo.
Carpegiani, atualmente desempregado, disse na tarde desta quinta-feira a vários veículos que sequer conhece o vice-presidente do Palmeiras, e que ligou para Felipão para esclarecer o assunto. O treinador alviverde também se manifestou, através de sua assessoria de imprensa, confirmando a conversa com Carpegiani e, sem dar nomes, mostrou publicamente que se sente perseguido por alguém da diretoria palmeirense. Confira a nota oficial:
Para Scolari, ficou claro que este episódio é mais uma ação de determinada pessoa da direção do Palmeiras que visa sua saída"
Felipão, em nota oficial
Tirone visitou a concentração da delegação na manhã desta quinta-feira, às vésperas do jogo contra o Bahia. Ouviu novas reclamações de Felipão a respeito de informações que vazam de dentro do clube. O técnico não acredita em má fé de Frizzo, mas acha que a falta de cuidados já chegou a um nível insustentável, e por isso prefere a profissionalização do departamento de futebol, com alguém que tenha distanciamento dos problemas políticos do clube. Após a publicação da reportagem, o vice se defendeu em nota oficial e reiterou sua postura ao GLOBOESPORTE.COM.
- Já me manifestei em nota e a opinião é aquela. Todos vocês sabem que há ratazanas no clube que não suportam ver um trabalho sério sendo realizado. Acham que podem destruir o Palmeiras. Não vou sair por causa de pressões. O presidente tem muitas preocupações, e consigo dar conta do futebol. A presença de um outro profissional não é prioridade, mas vamos ver o que acontece – desabafou Frizzo.
Os detratores são bem conhecidos da torcida palmeirense. Conselheiros ligados ao ex-presidente Mustafá Contursi e ao polêmico Gilto Avallone confirmam que Roberto Frizzo é alvo desse grupo, mas negam que Mustafá tenha participação na divulgação do interesse em Carpegiani. Recentemente, o ex-presidente rompeu com Arnaldo Tirone, a quem apoiou nas eleições, porque não viu seus desejos atendidos: a queda de Frizzo e a redução de gastos no futebol.
Luiz Felipe Scolari tem contrato com o Palmeiras até o fim de 2012 e não tem a menor intenção de deixar o cargo. Enquanto não houver resolução sobre o poder no futebol, Felipão seguirá acumulando as funções de técnico, “psicólogo” e diretor.
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