Enquanto elenco e Felipão seguem em silêncio, Mago fala, brinca e dá últimos passos para voltar. Time carece de criação no meio-campo
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(Foto: Piervi Fonseca/Agência Estado)
Com oito jogos e só um gol no Brasileirão, Valdivia fez falta mais pelo seu potencial do que pelo que efetivamente fez desde que voltou ao clube, na metade de 2010. Cada retorno é tratado como definitivo, na expectativa de o jogador se livrar de vez da sequência de lesões. Só neste ano foram três mais graves, duas na coxa esquerda e a atual na coxa direita. Para não forçar demais a região recém-lesionada, o Mago até “regrediu” seu tratamento na quarta-feira. Depois de ter treinado com bola na terça, passou o dia fazendo fisioterapia e trabalhos físicos na academia.
O Mago se envolveu em polêmicas, sim – a quase transferência para o Al-Sadd, do Qatar, recusada pelo presidente Arnaldo Tirone, e o atraso para uma reunião entre Tirone e os jogadores no CT, há pouco mais de uma semana (o deslize lhe custou R$ 2 mil). Por outro lado, está totalmente alheio às trocas de farpas entre jogadores e o técnico Luiz Felipe Scolari, principalmente depois do empate por 1 a 1 com o Atlético-GO, em Goiânia, quando o Verdão cedeu a igualdade com dois jogadores a mais em campo.
Como o Valdivia é de extrema qualidade, mesmo sem ritmo faz algo bom"
Felipão
- O Valdivia vai começar a treinar com bola, mas é uma incógnita. Tomara que não tenha mais problemas de lesão, mas não posso garantir que ele tenha totais condições de jogar. Geralmente, o jogador volta sem ritmo para aguentar a partida toda. Mas como o Valdivia é de extrema qualidade, mesmo sem ritmo faz algo bom – afirmou Felipão, após o empate em Goiânia.
Diretoria e treinador concordam em um ponto: ninguém no elenco foi capaz de substituir Valdivia à altura. Felipão testou Patrik e Tinga na função de meia centralizado, sem sucesso. O recém-chegado Pedro Carmona jogou poucos minutos contra o Atlético-GO e ainda não teve tempo suficiente para mostrar serviço. Até pela falta de opções, Arnaldo Tirone desistiu de negociar o jogador com o futebol do Oriente Médio. A proposta era tentadora e renderia 5,25 milhões de euros (R$ 12,9 milhões) aos cofres palmeirenses, dinheiro que ajudaria a pagar dívidas referentes ao próprio jogador, como a carta de crédito cedida pelo Banco Banif para sua contratação do Al-Ain, em agosto de 2010.
Valdivia, porém, deve dar apenas uma prévia de sua condição no sábado. Convocado para a seleção chilena que disputa jogos das Eliminatórias contra Argentina e Peru, o meia vai desfalcar o Palmeiras contra Santos e Flamengo, para revolta da comissão técnica, contrária ao chamado. Da última vez em que saiu para o Chile, voltou machucado. Desta vez, o Palmeiras espera que o desfecho seja bem diferente.
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